Tribuna VIP: Depois dos grupos de aperitivos, chega o prato principal!

    O Grupo D teve igualmente três equipas apuradas. A anfitriã Inglaterra fez de Wembley fortaleza, não sofrendo golos, mas deixando muito a desejar no que concerne à produção ofensiva. Duas vitórias por 1-0 e um mistério quanto às opções táticas de Southgate (Foden perde brilho encostado à direita, Kane pareceu em sob-rendimento no arranque e Sancho e Rashford parecem não ter relevância para o selecionador). Do lado positivo, apresentam-se a solidez defensiva e o crescimento tático de unidades como Reece James, Kalvin Phillips ou Jack Grealish.

    A Croácia e a República Checa ficaram também apuradas neste grupo, com os balcânicos a agarrarem-se às botas cirúrgicas do “comandante” Luka Modrić, para contrariar a falta de criatividade e acerto demonstrada na estreia frente aos ingleses. Gvardiol foi a revelação croata da fase de grupos. Já os checos mostraram consistência defensiva, numa estratégia de marcações por vezes mais individualizadas e privilegiaram os corredores laterais para atacar. Schick, Souček e Vaclík foram nomes em destaque neste apuramento.

    Quanto à Escócia, terminou em último lugar e entre os traços de um jogo mais arcaico (exploração de bola direta para Dykes e vertigem nas laterais), mostrou também que há jogadores desta nova geração que possuem potencial técnico para brilhar em próximas grandes competições (Robertson, Tierney, Gilmour ou até McGregor).

    Finalmente, olhamos para o Grupo E, em que a organizada Suécia levou avante, face a uma Espanha intermitente. Os nórdicos mostraram a solidez tática do 4-4-2, com capacidade para colocar várias unidades atrás da linha da bola e aguentar o ímpeto ofensivo adversário (duelo com os espanhóis) e versatilidade ofensiva para lançar uma seta criativa, forte nos apoios e a ganhar espaço para o remate (Alexander Isak), complementada por elementos como Forsberg ou Olsson.

    A Roja começou com dois empates e muita frustração com a escassa produção ofensiva, mas tirou a barriga de misérias com a goleada frente à Eslováquia (5-0), num jogo em que Luis Enrique finalmente decidiu lançar jogadores para as posições de origem, abdicando de adaptações que nem sempre deram o melhor resultado.

    Os eslovacos foram afastados, mas nos dois primeiros duelos, o selecionador Tarković exibiu o cardápio de versatilidade tática, com o duo criativo Hamsik-Duda em plano de evidência.

    Já a Polónia de Paulo Sousa mostrou fragilidades táticas, entre a incapacidade para pegar no jogo e fazê-lo fruir no ataque posicional e os desequilíbrios defensivos quando assume uma estratégia mais ousada (frente à Espanha, com um bloco bem mais baixo, sofreu menos).

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