A CRÓNICA: UM JOGO CONSTIPADO
Na presença de um estado gripal que assolou a maioria do plantel, o objetivo do Vitória FC era um: vencer, cimentar a oitava posição e pressionar o SC Braga. Os primeiros 25 minutos da partida estiveram doentes; contudo, após essa marca, surge o primeiro tento leonino, a remate de Ristovski, e o segundo, sete minutos depois, na conversão de uma grande penalidade por Bruno Fernandes. Com o intervalo, veio a acalmia durante o quarto de hora inicial e uma bomba do meio da rua pelos pés de Carlinhos. Pressentia-se mais um sofrimento pela intranquilidade e o tremelicar de pernas dos jogadores leoninos. Luciano Vietto lesionava-se e a pouca criatividade esbatia-se. Um cabeceamento à barra atormentava Luís Maximiano e a equipa encolhia-se no terreno. A machadada final esteve confinada a uma súbita arrancada de Rafael Camacho, que assistiu o oito do reino do leão para o terceiro golo, último da partida. Limitações à parte, salienta-se o espírito guerreiro dos pupilos de Júlio Vélazquez.
A FIGURA
Bruno Fernandes – O astro bateu o pé à exibição cinzenta do clube de Alvalade. Ele, sempre ele a decidir, a passar, a rematar, a defender, a atacar. Qualidade acima da média (baixa), espírito combativo e um querer inabalável, conferem ao leão de Silas mais três pontos na luta pelo terceiro posto. Um leão de verdade!
O FORA DE JOGO
Luís Maximiano – A inexperiência de uma promessa quase que resultava noutro desaire da formação verde e branca. Intranquilo entre os postes, pouca destreza nos momentos em que foi chamado a intervir e mal no lance do golo sadino (repartindo a culpa com Mathieu, autor da perda de bola). A qualidade está lá, faltam sucessivas demonstrações da mesma.
ANÁLISE TÁTICA – V. SETÚBAL
Relativamente à última partida, o onze sadino conheceu sete mudanças, excetuando André Sousa, Éber Bessa, Zequinha e Carlinhos. Júlio Velázquez utilizou o modelo 4-3-3 e sua formação, nos momentos iniciais, demonstrou perspicácia, conquistando faltas no meio campo ofensivo. A dupla desvantagem, aliada à pressão alta efetuada pela formação verde e branca, intimidaram equipa da região do Sado. A segunda parte trouxe a audácia atacante e a exploração integral do flanco esquerdo. Os remates de longa distância induziam a crença e a vontade de conquistar pontos. Após a busca incessante do golo do empate e o depósito da maioria dos jogadores no meio campo leonino, uma falha defensiva comprometeu tal aspiração e ditou o resultado final.
11 INICIAL E PONTUAÇÕES
Milton Raphael (5)
Mano (5)
João Meira (5)
Bruno Pirri (6)
André Sousa (7)
Leandro Vilela (6)
Zequinha (7)
Éber Bessa (7)
Carlinhos (7)
Rodrigo Mathiola (6)
Guedes (6)
SUBS UTILIZADOS
Mansilla (5)
Leonardo Chão (4)
ANÁLISE TÁTICA – SPORTING CP
Após o desaire caseiro diante do FC Porto (1-2), Acuña e Idrissa Doumbia (castigo) deram lugar a Borja e Battaglia, respetivamente. Silas repetiu o sistema tático utilizado no clássico (4-3-3), apostando num miolo de posse e circulação. A lateralização constante e as bolas distendidas ao longo do terreno davam água pela barba à defesa sadina, bem como as triangulações efetuadas. Após o golo sadino, a preocupação foi matéria dominante e a mudança de extremos fomentou a incapacidade de criar perigo no reduto de uma equipa fragilizada. No período de descontos, foi desenhada uma jogada de contragolpe que primou a eficácia à qualidade: jogo sentenciado.
11 INICIAL E PONTUAÇÕES
Luís Maximiano (4)
Stefan Ristovski (7)
Jérémy Mathieu (5)
Sebástian Coates (6)
Cristián Borja (6)
Rodrigo Battaglia (6)
Bruno Fernandes (8)
Wendel (6)
Luciaano Vietto (6)
Luíiz Phellype (5)
Yannick Bolasie (5)
SUBS UTILIZADOS
Rafael Camacho (6)
Pedro Mendes (4)
Jésé Rodriguez (-)
Foto de Capa: Liga Portugal
artigo revisto por: Ana Ferreira