Passes Curtos
Bola na Rede: No FM 22 tens o passe, a técnica, a compostura e a agressividade como atributos principais, achas que faz jus a ti como jogador?
Telmo Castanheira: Sim, acho que não está mal.
Bola na Rede: Três coisas boas ou que se destacam na Islândia, que te fazem querer gostar do país?
Telmo Castanheira: Qualidade de vida, natureza e comida.
Bola na Rede: Preferias vencer o campeonato islandês ou jogar a fase de grupos de uma Liga Europa?
Telmo Castanheira: A fase de grupos é uma fase grupos, mas um título também é um título, é complicado. Mas, talvez, ser campeão, até porque depois dá acesso à Liga Europa e há sempre chance de lá chegar. O ÍBV foi à Liga Europa no ano anterior, da minha entrada, através da taça. As equipas que investem mais têm como grande sonho chegar à fase de grupos de uma Liga dos Campeões, mas nunca conseguiram e ainda estão um pouco distantes disso.
Bola na Rede: Número preferido para a camisola?
Telmo Castanheira: Oito.
Bola na Rede: No Trofense, era o número dez, correto?
Telmo Castanheira: Sim, era, eles na altura não tinham dez e pediram-me para eu ficar com ele. Eu não queria muito, porque não acho que joguei como um dez. As pessoas, quando veem um dez, esperam coisas um pouco diferentes, e eu sou um pouco mais prático dentro de campo, não tenho a fantasia do número dez, digamos assim, que em Portugal é normal ter. Eles pediram, eu fiquei, e acabei por dar um pouco de fantasia com a bicicleta, se calhar foi por causa disso (risos).
Bola na Rede: Tática preferida?
Telmo Castanheira: Eu gosto do 4-2-3-1. Mas, agora, vejo a tática do Rúben Amorim a jogar, e quem é que não gosta? É incrível o trabalho que ele está a fazer, é fantástico, gosto dele dentro de campo, nas conferências de imprensa, da postura, a forma da equipa dele jogar, tudo, tem sido um trabalho a roçar a perfeição! A relação dele com os jogadores, com a imprensa, a postura dele é fantástica, tem sido muito bom ver o Rúben Amorim.
Bola na Rede: Achas que, neste momento, é o melhor treinador em Portugal?
Telmo Castanheira: Outros treinadores já têm currículo para trás. Se avaliarmos pelo que está a ser feito, tem que se dar esse mérito. O Sérgio Conceição já tem uma história bonita no Porto, Jorge Jesus já tem a sua história no Benfica, no passado, e no Flamengo, apesar do campeonato brasileiro ser um pouco diferente. Mas, em Portugal, tem de ser dar mérito ao Rúben, sem dúvida.
Bola na Rede: Qual é o teu passatempo preferido?
Telmo Castanheira: Falámos no FM, é um dos meus passatempos preferidos. Tudo o que seja relacionado com futebol, neste momento, ver o canal 11, os comentadores a falar dos jogos e a analisar. Gosto de ler livros relacionados com futebol, de debates de treinadores a falar de táticas, jogadores e da parte mental do jogo.
Bola na Rede: Existe alguma recomendação de livro, que possas dar?
Telmo Castanheira: O último livro que estava a ler foi um livro feito na quarentena, escrito pelo Rémulo, que agora é diretor-desportivo do Leixões, o livro chama-se: “Descodificando o treinador e o jogo”. São partilhas dos treinadores sobre várias situações de jogo, desde a construção a sair a jogar, a transição, jogar em posse, gestão de plantel, e cada treinador vai dando o seu feedback. É um livro interessante, gosto sempre de saber o que os treinadores pensam, a maneira deles de ver o jogo, até para o meu futuro como treinador.
Bola na Rede: Qual é a tua comida preferida?
Telmo Castanheira: Não sou nada esquisito em termos de alimentação. Muito difícil, não tenho nenhum prato preferido. Gosto muito da nossa comida, do nosso peixinho e da nossa carne.
Bola na Rede: Muito obrigado, pela entrevista, Telmo, foi uma conversa muito fluída!
Telmo Castanheira: Agradeço pelo interesse em fazer esta entrevista. Tenho todo o gosto, estando fora, este tipo de entrevistas tem um peso diferente, gostei muito [cão ladra] e o meu cão também (risos).