ABC 34-42 FC Porto: Triunfo sólido em vésperas de clássico

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    A CRÓNICA: PORTISTAS DESCOMPLICAM E PASSAM EM EXAME SEMPRE COMPLEXO

    Era em Braga, capital do Minho, que o Académico Basket Clube recebia no mítico Flávio Sá Leite a formação do FC Porto. Em partida alusiva à sétima ronda do Campeonato Nacional de Andebol seria de esperar um encontro: aliciante, vibrante e frenético dada a igualdade na tabela entre ambos os conjuntos. Os da casa somavam uma derrota diante do SL Benfica ao passo que os forasteiros haviam sido surpreendidos logo de entrada na casa do Águas Santas.

    A partida iniciava bem rasgadinha, equilibrada e ritmada, a comprová-lo estavam os sete tentos registados nos primeiro quatro minutos de contenda. Foi então que os pupilos de Filipe Campos começaram a denotar muita precipitação em algumas ações do jogo, embora este continuasse plenamente em aberto, com os azuis e brancos sempre na frente, estes que vinham de uma derrota apenas por dois golos, 32-30, na casa do todo-poderoso PSG. Por essa altura ambos os ataques iam mantendo uma eficácia assinalável, emergindo um nome: Nikola Mitrevski, o macedónio que ia fazendo com que a diferença fosse subindo de tom: ele e o ataque tripeiro que muito à custa de nomes como: Miguel Alves e Jack Thuring ia tratando de demonstrar o poderio do atual campeão nacional. Em tempo de pausa a diferença era favorável aos tripeiros em quatro golos: 16-20.

    No regresso das cabines e, não obstante os bracarenses até terem aberto as hostilidades, assistiu-se a um domínio claro, evidente e inequívoco dos comandados do sueco Magnus Anderssen, construindo a dada altura um parcial de seis golos sem resposta. Quanto a Thurin ia estando bem “entretido”  com o brasileiro dos anfitriões, Vinícios Carvalho, na luta pelo título de máximo goleador do desafio, com o escandinavo a conseguir impor-se por um. O jogo foi correndo o curso normal e os representantes lusos na competição maior da modalidade a nível Europeu lá foram gerindo os recursos à sua disposição, acabando por tornar simples uma deslocação tradicionalmente tudo menos isso!

    No final e em vésperas de receber o líder SL Benfica no próximo sábado, os jogadores do FC Porto cimentaram deste modo a terceira posição na competição. Exibição,  sóbria, tranquila e consistente do emblema portuense. Já os minhotos, embora a boa réplica oferecida durante os primeiros trinta minutos, mantêm a quarta posição, contando com um plantel em que a juventude é a tónica mais latente.

    A FIGURA

    Jack Thurin – Proveniente do campeonato gaulês, o atleta nórdico parece começar a demonstrar toda a capacidade de explosão de remate já conhecida por todos, conseguindo manter uma assinalável constância nesse departamento. Com muito ainda para desbravar, salvo melhor opinião, será dos melhores no seu posto específico desta Liga. Um jogador com muita qualidade que tem na capacidade de finalizar com êxito um predicado maior.

    O FORA DE JOGO

    José Costa – Já com 38 anos e depois de várias temporadas atuando na Liga Francesa, o veterano e eis internacional pivot nacional parece já estar no ponto baixo de um interessante percurso. Apesar da vontade, garra, sacrifício e espírito de luta que ainda possui é alguém a quem parece já faltar andamento para comandar, dentro de campo, um plantel com uma média de idades tão baixa.

    ANÁLISE TÁTICA – ABC BRAGA

    Com o teste a ser de exigência máxima frente ao FC Porto, o técnico Filipe Campos, um dos mais jovens do campeonato, optou por tentar colocar uma defesa mais zonal, algo que poucos frutos recolheria, pois a dinâmica, a velocidade e a assertividade portistas acabaram por rapidamente “desmontar” tamanho detalhe estratégico. No segundo tempo, tentando que os ataques fossem o mais demorados possível,  averbaram imensas falhas técnicas sem atirar à baliza, algo nefasto e que possibilitou que o desnível entre os conjuntos fosse tão evidente.

    JOGADORES UTILIZADOS

    Humberto Gomes (6)

    Tiago Ferreira (5)

    Pedro Castro(5)

    Hugo Manso (6)

    Vinícios Carvalho (7)

    José Costa (4)

    José Paulo Silva (5)

    Dinis Mota (5)

    Manuel Lima (5)

    Ronaldo Almeida (5)

    André Rei (6)

    Leonardo Abrahão (7)

    Hanser Rodriguez (5)

    ANÁLISE TÁTICA – FC PORTO

    Na ressaca de uma derrota moralizadora pela exibição da passada quinta-feira em Paris, Magnus Anderssen deixou de fora do encontro Diogo Oliveira e Leonel Fernandes, algo que conferiu a Diogo Branquinho a possibilidade de atuar toda a partida. Com a defesa a manter o habitual sistema  6-0 seria no segundo tempo que a mesma subiria a  eficácia e agressividade com Nikola Mitrevski a aumentar o  índice de intervenções bem sucedidas.  Com vários homens na casa da meia dezena  de golos, pode-se considerar uma atuação bem sólida e harmónica entre todos os setores da equipa abrindo grandes perspetivas para uma partida de superior qualidade na receção aos encarnados da capital.

    JOGADORES UTILIZADOS

    Nikola Mitrevski (7)

    Sebastian Frandsen (5)

    Nikolaj Laessoe Christensen (6)

    Miguel Alves (7)

    Pedro Valdés (6)

    Pedro Cruz (6)

    Ignácio Plaza Jimenez (7)

    Jakob Mikkelsen (6)

    Jack Thurin (9)

    António Areia (6)

    Daymaro Salina (7)

    Diogo Branquinho (8)

    Fábio Magalhães (7)

    André Sousa (6)

    Rui Silva (6)

    Victor Iturriza (6)

     

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    Diogo Rodrigues
    Diogo Rodrigueshttp://www.bolanarede.pt
    O Diogo é licenciado em Ciências da Comunicação pela Universidade Lusófona do Porto. É desde cedo que descobre a sua vocação para opinar e relatar tudo o que se relaciona com o mundo do desporto. Foram muitas horas a ouvir as emissões desportivas na rádio e serões em família a comentar os últimos acontecimentos/eventos desportivos. Sonha poder um dia realizar comentário desportivo e ser uma lufada de ar fresco no jornalismo. Proatividade, curiosidade e espírito crítico são caraterísticas que o definem pessoal e profissionalmente.