Análise das Seleções Presentes no Mundial | Andebol

    GRUPO G

    Egito

    Campeão Africano em 2022, o Egito tem vindo a crescer enquanto referência no andebol. A seleção egípcia apurou-se para 17 mundiais, nomeadamente para todas as edições desde 1993. O melhor resultado obtido foi o quarto lugar em França, no ano de 2001.

    Os “Faraós” chegam numa condição curiosa, com melhoria constante de resultados entre o campeonato do Mundo de 2015 (com um décimo quarto lugar)  e o de 2021 (com um sétimo lugar). A esta melhoria acresce o quarto lugar nos Jogos Olímpicos de Tóquio, numa campanha que viu o Egito ultrapassar equipas como Portugal, Suécia e Alemanha, caindo apenas perante a França nas meias-finais e perante a Espanha no jogo pelo bronze

    Nos jogos de preparação o Egito fechou 2022 com uma vitória esmagadora sobre a Argélia e outra vitória, desta feita sobre a Eslováquia. No início deste ano, venceu a Chéquia, mas perdeu pela margem mínima contra a França. É, portanto, uma seleção com possibilidades de chegar longe neste campeonato do Mundo, sendo uma potencial candidata às medalhas.

    O guarda-redes egípcio, Karim Hendawy é um dos melhores jogadores da seleção. Atua ao serviço do Zamalek, tem 34 anos e brilhou na campanha olímpica mais recente dos egípcios, com uma percentagem de defesas igual aos guarda-redes da Dinamarca e da Alemanha. Para além de Hendawy, os “Faraós” contam com nomes sonantes como o lateral esquerdo do Dinamo Bucareste, Ali Zein e o ponta direito do Nimes, Mo Sanad.

    Croácia

    Duas vezes campeões olímpicos e uma vez campeões do Mundo, aos croatas só falta o Campeonato da Europa. A Croácia ganhou o Mundial em Portugal, no ano de 2003. Passou sempre para a “Main Round” e apenas em 3 ocasiões, duas delas nos últimos dois Mundiais, é que a Croácia não passou a “Main Round”.

    Desde que ganharam a possibilidade de se qualificar em 1995, a Croácia nunca falhou uma presença no Mundial. A Croácia já não chega, contudo, á final de um Campeonato do Mundo desde que foi anfitriã em 2009 e não conquista uma medalha desde o bronze conquistado na Espanha em 2013. No que aos jogos de preparação diz respeito, a Croácia marcou 40 golos numa vitória por 40-34 contra a Itália. Em seguida, abriu o ano com demonstrações de talento ofensivo ao ganhar por 40-34 á Macedónia do Norte e de forma esmagadora por 38-23 a Israel.

    Os croatas estão prontos para o Mundial, mas não sem baixas, sobretudo na defesa. Os centrais, Tin Lucin e Domagoj Pavlovic, bem como os laterais esquerdos, Halil Jaganac e Marko Mamic. Aos problemas na defesa, acresce a ausência do ponta direito, Ivan Cupic que ajudou a equipa a chegar às medalhas em 2009 e em 2013.

    Marrocos

    Marrocos parte para a oitava participação num Mundial, tendo apenas por uma ocasião fechado acima do vigésimo posto. Os marroquinos repetem a presença conquistada em 2021, na altura, quebrando um jejum de 14 anos no que a presenças no Mundial diz respeito. A nível continental, Marrocos repetiu em 2022 o melhor resultado da sua história num Campeonato Africano de Seleções, ao fechar na terceira posição, tal como em 2006.  Fez três jogos de preparação e perdeu frente á Bélgica, Polónia e Irão. Tirando o resultado frente á Polónia, as demais derrotas foram todas pela margem mínima.

    Estados Unidos

    Já os Estados Unidos vão para a sétima presença em campeonatos do Mundo, sendo que nunca passaram da fase preliminar, nem foram capazes de vencer uma única partida. Em 2021, os americanos tiveram uma situação igual á dos caboverdianos, com a abundância de infeções por COVID 19 a impedir os EUA de alinhar no Mundial desse ano.

    Com essa exclusão os americanos chegam á Suécia para disputar o primeiro jogo num Mundial de andebol, desde 2001. Os EUA contam com algumas conquistas no palmarés mas apenas uma no século XXI: a vitória no Campeonato da América do Norte, em 2022. Nos Pan-americanos, os EUA já não ganham uma medalha desde o bronze de 1996, tendo a falhado a qualificação para a última edição deste torneio, em 2018. A partir daí, passou a existir uma divisão entre as duas américas, tal como no futebol.

    Os EUA são a única seleção da América do Norte no Mundial e prepararam-se na Noruega, tal como Portugal e Brasil.

    Para os americanos, a participação na Gjensidige Cup não foi nada positiva, com a equipa dos Estados Unidos a perder frente ao Brasil, a Portugal e á Noruega e de forma clara nos últimos dois encontros, em particular frente aos noruegueses, com um resultado de 43-26. Frente á “Canarinha” os americanos ainda tiveram uma palavra a dizer, mas perderam na mesma com uma desvantagem de cinco golos, o jogo mais competitivo por parte dos americanos.

    O Grupo G é, desta forma, encabeçado pelos titãs Egito e Croácia. Para Marrocos e EUA, o jogo entre africanos e americanos tem tudo para ser decisivo na luta que se adivinha pelo terceiro lugar do grupo.

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    Filipe Pereira
    Filipe Pereira
    Licenciado em Ciências da Comunicação na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, o Filipe é apaixonado por política e desporto. Completamente cativado por ciclismo e wrestling, não perde a hipótese de acompanhar outras modalidades e de conhecer as histórias menos convencionais. Escreve com acordo ortográfico.