Quanto aos portugueses, como já havíamos referido, apenas tínhamos a participação de Rui Teixeira, que teve uma participação bastante positiva. Com a experiência acumulada, Rui Teixeira fez uma prova de trás para a frente, terminando na 42.ª posição (sétimo melhor europeu), resultado bem melhor do que o que tinha feito há 12 anos, no 123.º lugar e provando que foi uma aposta certa a sua participação neste Mundial.
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De uma forma geral, podemos dizer que o domínio africano foi o que se esperava. Das 27 medalhas, apenas uma não foi africana (!), uma vez que o Japão foi Bronze por equipas na prova feminina júnior. De resto, Marrocos conseguiu uma medalha nas estafetas mistas e todas as outras 25 pertenceram aos países do leste-africano, nomeadamente a Etiópia, o Quénia e o Uganda. A Etiópia foi a força dominadora, vencendo por equipas as duas provas de juniores e a prova feminina sénior. O Uganda venceu a prova masculina sénior pela primeira vez na história e o Quénia ficou sem qualquer vitória coletiva!
Apesar do Quénia (oito) ainda ter tido mais medalhas do que o Uganda (seis) e até ter tido mais Ouros individuais (a única nação com dois), fica óbvio que o Uganda é cada vez mais uma nação que começa a rivalizar lado a lado com os seus vizinhos, tendo alcançado seis medalhas no global. A Etiópia dominou claramente o medalheiro, com 11 medalhas, cinco de Ouro. Quanto às restantes nações, as europeias foram, de uma forma geral, salvo raras exceções (a Espanha e a Grã-Bretanha principalmente), praticamente inexistentes e devem repensar seriamente a forma como encaram o Crosse. Daqui a dois anos há mais em Bathurst, na Austrália e apesar de ser esperado que o domínio africano continue, seria bom ver por lá europeus interessados, porque não é só de medalhas que se faz o Atletismo.
Foto de Capa: IAAF