De seguida, passou-se para a prova de juniores no feminino. E que prova! Foi uma chegada verdadeiramente ao limite, apertada, entre duas etíopes (Alemitu Tariku e Tsigie Gebreselama) e uma queniana (Beatrice Chebet). Chebet já era considerada a favorita, pelo que havia mostrado em pista na temporada passada (campeão mundial júnior de 5.000) e chegava aos últimos metros na frente. No entanto, aí decidiu festejar com os braços no ar, não se apercebendo, de certo, do quão apertada a chegada seria.
As três atletas terminaram coladas e a organização deu inicialmente os dois primeiros lugares do pódio às etíopes. Mas, consultado o photo finish, razão foi dada a Chebet que venceu mesmo a prova, em 20:50, exatamente o mesmo tempo que as etíopes aos segundos!
Na prova masculina de juniores, havia a curiosidade de se perceber se Jakob Ingebritgsen iria fazer história, uma vez que nos últimos 25 anos, nenhum europeu havia ficado nos dez primeiros. Jakob até começou bem, mas a segunda parte da sua prova foi muito sofrida e foi o atleta que no final mais evidenciou cansaço e os efeitos da dureza do recinto. Na frente, dos dez primeiros, quatro foram etíopes, incluindo os dois primeiros: o vencedor Milkesa Mengesha em 23:52 e Tadese Worku em 23:54.
Um segundo mais lento foi Oscar Chelimo, do Uganda, na terceiro posição. Jakob Ingebrigtsen voltou a cair em si e e a mostrar que é humano (depois da derrota para Lewandowski nos Indoor de Glasgow) e o Quénia não alcançou qualquer medalha, algo que não acontecia desde 1984!