O “coach” Ato Boldon
Briana Williams é também conhecida pelo facto de ser treinada por um ex-atleta, campeão mundial, medalhado olímpico e um dos nomes que mais se destacam no Atletismo depois de terminada a carreira: Ato Boldon. Boldon é considerado um dos principais comentadores desportivos da atualidade; é colaborador da IAAF (onde apresenta o programa IAAF Inside Athletics, onde já entrevistou…Briana Williams) e é um técnico da nova vaga, que tem em Briana Williams e Khalifa St.Fort (uma promessa de Trinidad & Tobago) as suas principais apostas.
Muitas vezes acusado por colegas de profissão de ser um “curioso” que não sabe o que está a fazer, os métodos de Ato Boldon estão, para já, a mostrar-se assertivos, com os resultados a aparecerem a olhos vistos. O técnico continua a sua aposta em não sobrecarregar os seus atletas com demasiadas provas, apostando criteriosamente nas provas a participar e focando o pico de forma para os meses de verão. Boldon começou a sua carreira sem cursos de treinador, sem certificados e raramente é visto a dar conselhos a nível de treinos nas redes sociais – como se vê em muitos técnicos norte-americanos. Confessa que baseia a sua metodologia na sua experiência e naquilo que sabe de outros desportos. Procura atualizar-se tecnologicamente (sem esquecer métodos clássicos), afirmando que os técnicos de outros desportos estão bastante mais avançados – a nível de treinos e de aplicações tecnológicas – do que os do Atletismo, que é onde vê o futuro do treino do nosso desporto.
Também em Trinidad & Tobago, Boldon, que foi o primeiro campeão mundial daquele pequeno país das Caraíbas, é alvo de contestação e polémica.
Muitos acusam Ato Boldon de competir contra o seu próprio país, dizendo que o técnico favorece Briana Williams em relação à promessa de Trinidad, Khalifa St. Fort. As acusações são negadas por Ato Boldon, que, ainda assim, não deixa de atacar sucessivamente a Federação Nacional e grande parte dos media, utilizando também, como bandeira, os feitos da jovem St.Fort, afirmando que esta é a mais bem-sucedida atleta nacional dos últimos anos, com 8 medalhas internacionais entre 2015 e 2017. Constata ainda que ele também é parte desse sucesso, explicando o seu 2018 de menor rendimento com a normalmente difícil transição para atleta sénior.