O futuro
Nunca é fácil de projetar o futuro de um(a) jovem, que tanto pode vir a confirmar as credenciais, como pode vir a revelar-se uma enorme promessa sem resultados enquanto sénior. Várias vezes apontada como a maior promessa da velocidade feminina mundial – a norte-americana Candace Hill – enfrentou um ano dificílimo de transição. Em 2018, contou com 0 vitórias e tempo bem longe do que aqueles que já havia feito. A jovem relata aquilo que passou durante este ano num recente artigo para a IAAF, lançado este semana.
Ainda assim, Boldon não deixa de apontar alto e coloca os objetivos de Briana nas grandes competições dos próximos anos, incluindo os Jogos Olímpicos de Tóquio e Los Angeles, relembrando que ele próprio é um dos poucos atletas da história a alcançar títulos mundiais na velocidade quanto jovem e depois como sénior também. Será que veremos Briana já nos Mundiais de Doha? Não será nada fácil. Num país que, na velocidade, (de 100 e 200) conta com nomes como Elaine Thompson, Shelly-Ann Fraser-Pryce, Shericka Jackson ou Jura Levy, a qualificação e apuramento nunca será fácil. Sendo que já não existem Mundiais Juvenis (a última edição foi em Nairboi, em 2017), poderemos ter dois tipos de abordagem de Ato Boldon e Briana: uma abordagem a pensar numa possível qualificação para os Mundiais de Doha, com o foco nos Trials Jamaicanos, ou poderemos ter um ano mais resguardado de Briana, com o foco total na preparação para os Jogos de 2020, em que já terá 18 anos e certamente objetivos superiores. Qualquer uma das possibilidades parece ser forte neste momento – embora, na entrevista ao IAAF Inside Athletics, a jovem tenha dito que quer estar em Doha -, mas, para já, a certeza é a de que 2018 foi um ano que Briana Williams nunca irá esquecer e que a colocou definitivamente nas bocas do mundo.
Texto revisto por: Mariana Coelho
Foto de Capa: Spikes IAAF