800 metros (F): Caster Semenya foi ainda mais dominante do que habitualmente, uma vez que foi sozinha para a frente da prova desde muito cedo e nunca mais largou a liderança terminando em 1:55.27.

Fonte: IAAF
Mais um belo tempo da sul-africana, que teve que adotar aqui uma estratégia diferente, muito por culpa da ausência de lebres nesta final, ao contrário do que é habitual em eventos Diamond League. Depois, veio a maior surpresa! Francine Nyonsaba não terminou nem em 2º nem no 3º lugar – aliás, terminou em 6º. Foi a primeira vez que a atleta terminou uma prova da Diamond League fora dos 3 primeiros lugares, tendo-se estreado no Mónaco em 2012! No segundo lugar, ficou a norte-americana Ajee Wilson, ao correr em 1:57.86 e no terceiro chegou a jamaicana Natoya Goule com um tempo de 1:58.49.
1500 metros (M): Esperava-se que fosse uma disputa a dois entre os quenianos Timothy Cheruiyot e Elijah Manangoi e foi isso que aconteceu. E se até aos 100 metros finais, as coisas até pareciam equilibradas, na reta da meta Cheruiyot disparou e Manangoi não conseguiu esboçar qualquer reação.

Fonte: IAAF
Cheruiyot, que é o líder mundial, revalidou o título na Diamond League correndo em 3:30.27 e Manangoi foi segundo em 3:31.16, vendo Ayanleh Souleiman (DJI) chegar colado a si em 3:31.24. Curioso é observar que Cheruiyot venceu todos os 4 duelos com Manangoi em provas Diamond League nos últimos 12 meses, enquanto que, no mesmo período de tempo, perdeu as 3 finais de grandes campeonatos que disputou com Manangoi: Mundiais, Jogos da Commonwealth e Campeonatos Africanos!
5000 metros (F): Era uma das provas mais esperadas da noite e não desiludiu! Não se sabia que tipo de estratégia seria adotada, mas havia em pista protagonistas capazes de se adaptar a qualquer tipo de prova. O tempo não foi o mais rápido, o que se explica pelo facto da corrida “não ter partido” demasiado cedo, tendo existido várias alterações de ritmo ao longo da mesma, provando-se bastante tática. No entanto, isso foi o suficiente para retirar Genzebe Dibaba do jogo, que mais uma vez não soube lidar com a estratégia adotada pelas adversárias. A atleta etíope volta em 2018 a apresentar-se cansada na fase da época em que deveria estar no seu pico, tendo voltado a mostrar o seu melhor rendimento na temporada indoor e nos primeiros tempos da temporada outdoor. Terminou longe, no 6º lugar, num pouco habitual tempo de 14:50.24. Na frente da prova, um duelo apaixonante entre Hellen Obiri (KEN) e Sifan Hassan (HOL), com uma volta final daquelas que dará gosto rever várias vezes, com as duas atletas a dar tudo o que tinham e não tinham.
A queniana venceu em 14:38.39, tendo corrido a última volta na casa dos 58 segundos, com os 200 metros finais a serem percorridos em 27.39 segundos! No final, Sifan Hassan mostrou-se frustrada por ter feito uma prova de grande valia e de ter sprintado desde muito cedo, sem que isso tivesse chegado para a conquista do Diamante, terminando em 14:38.77. No terceiro lugar, chegou a etíope Senbere Teferi, em 14:40.97.
400 metros barreiras (M): Sabia-se que iria ser uma prova equilibrada entre Karsten Warholm – o campeão mundial – e Kyron McMaster – o vencedor da Diamond League 2017. McMaster acabou mesmo por revalidar o título, com uma chegada ao limite, decidida no photo finish! O atleta das Ilhas Virgens Britânicas terminou em 48.08 e o norueguês em 48.10, não sendo suficiente o seu derradeiro esforço. No terceiro lugar, chegou Yasmani Coppelo (TUR) em 48.73 segundos.
No final, podia perceber-se a frustração de Karsten Warholm por desperdiçar esta oportunidade de vencer o Diamante, num dia em que Abderrahman Samba não estava em prova. Para o ano, além de Samba, haverá Rai Benjamin, pelo que se prevê que a dificuldade será ainda maior. Interessante é também constatar que daqui a uma semana na final da IAAF Continental Cup, Samba, McMaster e Warholm estarão lá todos, uma vez que todos representam um diferente continente!