As 5 contratações mais sonantes do mercado | Ciclismo

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    Mark Cavendish (Deceuninck Quick-Step) – E por falar em nomes com uma dimensão impactante no ciclismo, Mark Cavendish é um dos senhores do ciclismo que ainda se mantém no ativo. A realidade, comparável à do seu compatriota Chris Froome, leva-nos para uma análise fria se atentarmos àquilo que o Manxman é capaz de oferecer nesta fase descendente da sua carreira.

    O antigo campeão do mundo de ciclismo tem estado arredado das grandes decisões desde 2017, ano em que foi diagnosticado com o vírus Epstein-Barr, responsável por influenciar seriamente a sua condição física e que até o obrigou a fazer uma pausa na carreira. Desde então, o ciclista por 30 vezes vencedor de etapas no Tour de France tem feito uma autêntica travessia pelo deserto, numa luta para voltar às grandes aparições do passado.

    Sem sucesso, marcado por quedas – as mazelas sofridas na polémica queda com Peter Sagan no Tour de 2017 tardaram em sarar – e com resultados muito aquém das expectativas: o período de tempo que se sucedeu a esse ano complicado para Cavendish não reservou muitas coisas boas para aquele que é considerado por muitos como o melhor sprinter da História.

    Agora com 35 anos, o que mudou? O regresso à estrutura da Deceuninck Quick-Step, da qual fez parte entre 2013 e 2015, e onde sempre fez questão de demonstrar o quão entrosado, feliz e motivado se sentiu enquanto correu pela equipa belga, leva-nos a admitir que estão criadas as condições amímicas para o velocista sair da sombra que tem sido, porém, qual será a verdadeira função de Cavendish na equipa de Patrick Lefevere?

    Não é segredo para ninguém que o sprinter é um atleta extremamente ambicioso, assim como o objetivo de se tornar como o ciclista mais vitorioso de sempre no Tour é um desejo meio que descartado pela generalidade do público, mas que na cabeça de Cavendish… ainda é possível. As suas palavras condizem exatamente com isso, com a vontade de voltar a ser uma figura de destaque: «Não estou à procura de um final feliz, eu sei que ainda sou bom».

    Experiência, liderança, impacto e sabedoria é algo que o veterano certamente trará a uma equipa jovem, muito jovem. Esse papel é inquestionavelmente o que fará mais sentido na ótica dos diretores da Deceuninck Quick-Step. Numa situação semelhante a Froome, e também Cavendish com uma vasta concorrência, será interessante observar a trajetória do sprinter britânico ao longo da temporada de 2021 em termos individuais.

    Superficialmente, trata-se de um regresso ao passado de uma das associações que mais frutos originou na história recente do sprint e, inclusive, em termos técnicos, em termos de domínio, de preparação para o sprint e dos tão famosos “comboios”. Será Cavendish capaz de voltar a ser a figura de proa do sprint mundial?

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    Ricardo Rebelo
    Ricardo Rebelohttp://www.bolanarede.pt
    O Ricardo é licenciado em Comunicação Social. Natural de Amarante, percorreu praticamente todos os pelados do distrito do Porto enquanto futebolista de formação, mas o sonho de seguir esse caminho deu lugar ao objetivo de se tornar jornalista. Encara a escrita e o desporto como dois dos maiores prazeres da vida, sendo um adepto incondicional de ciclismo desde 2011.