Baixam as cortinas da Flandres

    O que faz das clássicas pavé serem tão especiais, é que cada corrida conta uma história diferente, não há vitórias iguais, todas elas dependem do momento certo de se atacar ou não, do momento certo de se colocar na posição ideal antes do início de um sector de pavé, do momento certo para estar no sítio certo, à hora certa e não ser apanhado por uma queda, ou ser o próprio a cair.

    Dois dias volvidos após a vitória de Terpstra, os ciclistas estavam prontos para enfrentar a dupla passagem nos muros do Baneberg e Kemmelberg, este por duas vertentes antes da chegada a Welvegem, estavam uns quentes 12º à partida de Deinze em Gent, dando aos ciclistas pelos menos o conforto de um tempo seco.

    A primeira passagem pelo Kemmelberg já deixou o pelotão completamente partido mostrando um campeão do mundo (Peter Sagan) mal colocado, seria bluff?

    Corrida que ia lançada e com algumas quedas de ciclistas importantes, em fuga um português em destaque, José Gonçalves (Team Katusha) juntamente com outros ciclistas iam levando a água ao seu moinho, obrigando o pelotão a trabalhar no duro para recuperar o tempo para a fuga.

    E foi na segunda passagem pelo Kemmelberg que se formou o grupo que iria apanhar a fuga e chegaria a Welwegem. Grupo ainda com vários elementos da Quick Step mas também com a Bora de Peter Sagan, e a BMC de Van Avermaet num total de 29 ciclistas.

    Se na E3 Harelbeke a Quick Step esteve bem, aqui nesta prova e em superioridade numérica a equipa belga poderia e deveria ter feito mais, pois com homens que finalizam bem nestes grupos como são os casos do Sagan, Demare e Van Avermaet, seria de esperar que os elementos da Quick Step fizessem os possíveis para os deixar de fora, claramente a ideia seria outra como se veria no final da corrida.

    Pois é chegada a hora de as equipas lançarem as suas cartas e a Quick Step aposta as suas fichas em Elia Viviani, o poderoso sprinter italiano tinha aqui todas as condições dadas pela equipa para vencer mas um mau posicionamento fez com que o italiano desse demasiado espaço a Peter Sagan que finalizou um sprint de forma algo fácil levando assim para casa o troféu da Gent-Welvegem.

    A dura subida do Kemmelberg
    Fonte: Granfondoguide

    A Dwars door Vlaanderen antecede o Tour de Flandres e serve quase como preparação para a corrida principal, é menos extensa em quilometragem, tem menos sectores em pavê e menos muros mas mesmo assim apresenta dificuldades assinaláveis, das quais destaco o Kluisberg, com três passagens, o sempre difícil Knokteberg com dupla passagem e o sector de pavê final o Nokereberge.

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    Tiago Silva Ferreira
    Tiago Silva Ferreirahttp://www.bolanarede.pt
    O Tiago é uma pessoa que adora desporto, em especial futebol. Tendo praticado andebol e basquetebol, viu que o seu grande talento era a Playstation e por aí ficou! Adora o ciclismo.                                                                                                                                                 O Tiago não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.