Curiosamente o ataque de Terpstra não teve mais intervenientes e o holandês seguiu sozinho na busca do trio que seguia na cabeça da corrida. Sagan ainda tentou mas o estrago estava feito e sozinho não tinha chances de recuperar para o holandês que seguia a um ritmo muito forte passando pelo trio da frente sem estes conseguirem responder, o único que ainda tentou foi o jovem Mads Pedersen mas a experiência bateu a juventude e a perseverança de Terpstra valeu lhe a vitória numa prova que nunca tinha conseguido vencer, tendo já um 3.º e um 2.º lugar.
Mais uma vez a Quick Step a sair em grande de uma corrida em que jogou bem com a vantagem numérica que tinha em relação às outras equipas, que sem ideias não tiveram argumentos para vencer aquela que é a melhor equipa a correr no pavê.
Com o término do Tour de Flandres, termina também uma série de provas que ocorrem nesta zona da Bélgica. Tivemos de tudo a que temos direito nestas provas, avarias, quedas, cortes no pelotão por causa do vento, algumas surpresas, algumas desilusões e muita, muita emoção na melhor altura da época para quem gosta de ciclismo.
À medida que ia acompanhando o Tour de Flandres, ia me apercebendo que o ciclismo não é só feito de provas de 3 semanas, cada ano que passava, cada prova nova que ia acompanhando, davam-me ainda mais certezas que o ciclismo internacional não é só a Volta à França nem as outras grandes voltas, há mais espectáculo para além dessas provas, e para mim, os Flandres guardam um espaço cada vez maior no meu calendário, destacando-se das demais provas.
Se ficaram entusiasmados com estes resumos, preparem-se porque domingo vem aí “O Inferno do Norte”.
Foto de Capa: Ronde Van Vlaanderen