5 favoritos à conquista do Giro de Itália 2020

    POSSÍVEIS SURPRESAS

     

    João Almeida (Deceuninck-Quick Step) – Quem vem acompanhando João Almeida desde os escalões mais jovens já sabe há muito da sua enorme qualidade. Está a fazer a sua primeira temporada numa equipa World Tour, e logo na equipa que tem conquistado, ano após ano, o título de melhor equipa do mundo.

    Nesta temporada, tem obtido grandes prestações, começando na Volta ao Algarve, com um excelente trabalho para o seu líder Remco Evenepoel. Ficou na segunda posição da juventude, atrás do seu líder. Na Volta a Burgos, fez vários top dez em etapas, alcançando a terceira posição da geral. No Tour de l´Ain, na França, fechou as três etapas no top dez, ficando em sétimo da geral. Mais recentemente, ficou em segundo lugar na clássica do Giro dell´Emilia, apenas atrás do extraordinário Aleksandr Vlasov, e terminou no terceiro lugar da geral na Settimana Coppi e Bartali. É caso para dizer que tem corrido bem a vida ao português em terras italianas.

    Observando bem as performances do português e sabendo da mais valia que é para a sua equipa, arrisco-me a dizer que será um corredor protegido e que poderá mesmo vencer uma etapa nesta edição do Giro, o que seria notável por parte do jovem caldense.

    Ruben Guerreiro (EF Pro Cycling) – O português de 26 anos está a atravessar uma grande fase da sua carreira. Esteve muito perto da sua primeira vitória no World Tour, terminando no segundo lugar da etapa sete do Tirreno Adriático, apenas superado por um espetacular Mathieu Van der Poel. De salientar ainda a forma como guiou Michael Woods para a vitória na etapa três do Tirreno. Parece em grande forma e, na falta de líderes, é corredor para sobressair na equipa americana, visto que Tanel Kangert e Lawson Craddock não parecem na melhor forma. Jonathan Caicedo começou bem a temporada, mas não se sabe bem a forma que apresenta. Simon Clarke será um nome importante dentro da equipa para a média montanha.

    Ruben Guerreiro vai para a sua primeira participação no Giro, depois de ter estado na Vuelta do ano passado, onde esteve perto de vencer, ao conquistar um segundo lugar na etapa 15, no Santuario del Acebo, batido apenas por Sepp Kuss.

    Jack Haig (Mitchelton-Scott) – O australiano fechou no top dez do Tirreno Adriático, colmatando uma época a bom nível. No início da temporada, esteve perto de conquistar a Volta à Comunidade Valenciana, perdendo apenas para o vencedor da Volta a França, Tadej Pogacar. Na prova seguinte, também em Espanha, na Volta a Andalucia, conquistou uma etapa e esteve, novamente, perto de vencer a prova, perdendo para Fuglsang. Será o líder, caso Simon Yates tenha algum infortúnio e esteja arredado da luta pela geral.

    Giulio Ciccone (Trek-Segafredo) – O italiano vai estar presente numa das suas corridas preferidas, onde já venceu por duas ocasiões: a etapa 10, em 2016; e a etapa 16, no ano passado. Este ano, no seu primeiro dia de competição, começou logo com uma vitória, vencendo o Trofeo Laigueglia. O ciclista irreverente esteve a bom nível nas clássicas italianas, em Gran Piemonte fechou em nono lugar, quinto no Giro da Lombardia, e oitavo no Giro dell´Emilia. É possível que venha a intrometer-se em fugas e, quem sabe, vencer uma tirada. 

    Sam Oomen (Team Sunweb) –O ciclista holandês está de malas feitas para a Jumbo-Visma, e poderá ser a sua última prova dentro da Team Sunweb. Depois do ano de 2019 ter sido apagado devido a lesão, o ciclista de 25 anos parece estar recuperado. A média montanha é a sua praia, mas deverá ser um nome importante para Kelderman na alta montanha.

    Carl Fredrik Hagen (Lotto Soudal) – A equipa belga da Lotto Soudal não leva sprinters, portanto, a aposta deverá cair nas fugas, com nomes experientes neste tipo de andanças, como Thomas de Gendt. Para a geral, a equipa conta com Carl Hagen, que irá mudar de equipa em 2021, pois já assinou com a equipa da Israel Start-Up Nation. O norueguês deverá ter liberdade suficiente para lutar por um lugar nos dez mais da geral. Na Vuelta de 2019, acabou por surpreender, alcançando um oitavo lugar na classificação geral. Será a sua primeira participação no Giro.

    James Knox (Deceuninck-Quick Step)

    Fez uma boa prova no Tirreno Adriático, tendo alcançado o seu melhor nível exibicional da temporada aqui. Em 2019, o ciclista britânico esteve às portas de um top dez numa Grande Volta, acabando na 11.ª posição da Vuelta. Fará parte de uma tripla jovem e ambiciosa, juntamente com João Almeida e Fausto Masnada.

    Brandon Mcnulty (UAE Team Emirates) – Será a primeira Grande Volta do jovem Mcnulty. O jovem americano da UAE Team Emirates teve um bom arranque de temporada, na Volta a San Juan e na Volta a Andalucia, mas, depois da quarentena, ainda não se viu muito. Vai correr com liberdade, numa equipa que vai ter Gaviria para as chegadas ao sprint e Ulissi para a média montanha.

    Meintjes (NTT Pro Cycling) – O sul-africano esteve à beira do top dez no Tirreno Adriático. Será que vamos ter o Meintjes de outros tempos? Ele que já fechou por duas vezes na oitava posição da geral do Tour de França, em 2016 e 2017, e em 2015 terminou no décimo posto da geral na Vuelta. Uma equipa que terá ainda Domenico Pozzovivo, mas não se sabe bem o estado de forma do ciclista experiente italiano.

    Artigo revisto

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    André Filipe Antunes
    André Filipe Antuneshttp://www.bolanarede.pt
    O André é licenciado em Marketing e Publicidade e um fã incondicional de ciclismo. Começou desde pequeno a ter uma paixão pelo desporto, através do futebol. Chegava a saber os plantéis de todas as equipas da Primeira Liga! Com o tempo, abriu-se o horizonte e o interesse para outros desportos, como o Ciclismo, o Futsal e, mais recentemente, a NBA. Diz que no Ciclismo existem valores e táticas que mais nenhum desporto possui e ambiciona um dia ter a oportunidade de assistir ao vivo a um evento deste calibre.