Giro d’Itália 2016: Nibali de vilão a herói

    A etapa 6 foi protagonizada pelo êxito de uma fuga, que deu a vitória ao belga Tim Wellens, na primeira etapa mais dura desta edição e que levou a algumas diferenças entre os homens favoritos para a geral. Nova etapa, nova vitória para o alemão da Lotto. Greipel, novamente sem a presença de Kittel, desta vez tem maior luta dos seus principais adversários, particularmente de Nizzolo, Modolo e Ewan, mas ainda assim conseguiu ser o homem mais rápido. Estava confirmado que, sem Kittel, Greipel era o homem mais forte ao sprint.

    Na etapa seguinte, uma fuga voltou a vingar, mas, desta vez, essa fuga resultou na passagem da camisola rosa para o corpo de Brambilla e a vitória de etapa para o mesmo, sendo o ciclista da Etixx outra das boas surpresas desta Volta a Itália. No final, a classificação geral individual já estava muito mais organizada em termos de principais favoritos a estarem no top’10.

    Chegado novo contrarrelógio individual, as atenções estavam novamente voltadas para Tom Dumoulin e para os principais nomes da geral. Mas foi Primoz Roglic a surpreender, novamente, tudo e todos, e a vencer esta etapa, conseguindo obter a sua “vingança” depois de ter perdido a vitória, por centésimas, para Dumoulin, na primeira etapa. O homem da Lotto beneficiou, também, das condições meteorológicas, visto que os últimos a partir ficaram um pouco condicionados por tais situações. Ainda assim, todo o mérito para este ciclista.

    Roglic surpreendeu a concorrência e conquistou um dos contrarrelógios deste Giro  Fonte: gazzettaworld.com
    Roglic surpreendeu a concorrência e conquistou um dos contrarrelógios deste Giro
    Fonte:gazzettaworld.com

    Destaque para o facto de em nenhum dos CR’s termos tido Cancellara pelo menos no top’3 da etapa (sendo que pouco depois viria a abandonar a prova), neste que será, em princípio, o seu último Giro. Na geral, além de Brambilla, víamos um outro nome surpreendente a vingar nos dez melhores: Bob Jungels, que ficou a 1 segundo de ter a camisola rosa para si.

    Na décima etapa, novamente uma fuga a vingar e, desta vez, com a vitória de mais um prodígio italiano, neste caso, Giulio Ciccone, com uma excelente vitória no alto de Sestola. Foi também a primeira vez que Darwin Atapuma se destacou neste tipo de fugas e de ataques, ele que foi dos ciclistas que mais agitou este Giro, principalmente em fugas (se desse, talvez lhe atribuísse o prémio de ciclista mais combativo desta Volta a Itália, sendo que, infelizmente, não conseguiu vencer mesmo nenhuma etapa).

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    Nuno Raimundo
    Nuno Raimundohttp://www.bolanarede.pt
    O Nuno Raimundo é um grande fã de futebol (é adepto do Sporting) e aprecia quase todas as modalidades. No ciclismo, dificilmente perde uma prova do World Tour e o seu ciclista favorito, para além do Rui Costa, é Chris Froome.                                                                                                                                                 O Nuno escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.