Giro d’Itália 2016: Nibali de vilão a herói

André Cardoso – O ciclista português obteve a sua melhor classificação de sempre em provas de 3 semanas, com o 14.º lugar na geral individual. Mas o maior destaque é o facto de tê-lo feito não sendo chefe de equipa, sendo que até foi dos que mais trabalhou para os seus colegas. Mais uma excelente prestação do ciclista da Cannondale.

Majka/Uran/Hesjedal/Landa – Os dois primeiros, Majka e Uran, conseguiram ficar no top’10 (já agora, aproveito para destacar o último homem dos 10 melhores que ainda não destaquei: o bielorrusso Kanstantsin Siutsou, ciclista da Dimension Data, que fez uma prova muito regular e merece a entrada nos 10+), mas podiam ter feito ainda melhor do que aquilo que fizeram. Um excelente quinto lugar para Majka, mas o ciclista da Tinkoff poderia ter agitado mais a corrida durante certas alturas. Em relação a Uran, não fosse a tal primeira semana, poderíamos ter tido o colombiano a discutir um possível pódio, provavelmente. Do lado oposto, Hesjedal e Landa. Por razões diferentes, mas ambos abandonaram este Giro quando se esperava que fossem dos maiores agitadores da prova quando chegasse a alta montanha. Isso não aconteceu e foi o espetáculo a perder (noutro patamar, esteve Domenico Pozzovivo, que não correspondeu às expetativas depositadas nele, principalmente quando chegou a alta montanha, aparecendo apenas melhor numa ou noutra etapa).

 André Cardoso consegue o seu melhor resultado de sempre, um 14.º lugar Fonte: cyclingandthoughts.b logspot.pt

André Cardoso consegue o seu melhor resultado de sempre, um 14.º lugar
Fonte: cyclingandthoughts.b logspot.pt

Colombianos – Queria fazer um último destaque a uma dada particularidade. Dos homens no top’10, três deles são colombianos: Chaves, Uran e Atapuma. Já destaquei, de uma forma ou doutra, cada um desses ciclistas, mas é de realçar o bom trabalho que a Colômbia tem feito ao ter tantos ciclistas de topo, ultimamente, ou a ter grandes jovens promessas que, a qualquer altura, poderão aparecer em maior foco. Sem dúvida, um trabalho muito bem feito e que só vem ajudar ao espetáculo (principalmente, quando o terreno começa a inclinar).

Portanto, foram realmente 3 semanas de puro espetáculo! Voltas e reviravoltas, surpresas e quedas, destaques e desilusões. Um Giro d’Itália que teve todos os ingredientes necessários para uma grande prova e, para mim, foi das melhores Grandes Voltas dos últimos anos. Resta-nos, agora, esperar pelo tão aguardado Tour de France…!

Foto de capa: cyclingnews.com 

Nuno Raimundo
Nuno Raimundohttp://www.bolanarede.pt
O Nuno Raimundo é um grande fã de futebol (é adepto do Sporting) e aprecia quase todas as modalidades. No ciclismo, dificilmente perde uma prova do World Tour e o seu ciclista favorito, para além do Rui Costa, é Chris Froome.                                                                                                                                                 O Nuno escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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