Na etapa seguinte, onde se previa um sprint em pelotão compacto, houve “golpe de teatro” por parte de… Sagan e Froome, nem mais. Dois dos três ciclistas em maior foco deste Tour (a par de Cavendish) e dois dos meus três ciclistas preferidos (a par de Rui Costa, claro). Ambos, juntamente com um companheiro de equipa (Bodnar e Thomas), aproveitaram um corte no pelotão para se escaparem e ganharem uns bons segundos à concorrência, algo mais importante para o britânico, já que o eslovaco estava mais “preocupado” com a classificação por pontos e a vitória na etapa, que acabou mesmo por conseguir. Mas o mais “engraçado” foi mesmo ver o camisola verde e o camisola amarela a fazerem uma disputa ao sprint pela etapa.
Para mim, são estes pormenores que também explicam o porquê destes dois ciclistas estarem no lote dos melhores do mundo da atualidade. E, curiosamente, até então, Chris Froome ganhou tempo à concorrência…numa descida e numa etapa “plana”. Um ciclista verdadeiramente completo (tal como Sagan).
Chegamos, então, à etapa mais controversa, incrível e algo estranha deste Tour de France 2016 e que ficará para a história, sem dúvida alguma! Antes de ir aos “atores principais”, há que destacar mais uma vitória para uma fuga e a discussão da etapa entre Navarro, Pauwels e De Gendt. Este último, o ciclista belga da Lotto, venceu na raça, mesmo chegando quase a perder, a dada altura, as esperanças de tal possibilidade, conseguindo reerguer-se e lutar por esta vitória. Mal sabia ele que a sua vitória acabaria por passar um pouco para “segundo plano” depois do que iria acontecer uns instantes a seguir.