Depois de uma etapa tão desgastante e rigorosa quanto esta, o pelotão, na etapa seguinte, optou por controlar um pouco mais a corrida, principalmente sendo uma etapa quase plana. Assim, os sprinters poderiam discutir a vitória entre si e os principais favoritos “descansarem” um pouco da complicada etapa anterior.
Com um final não tão simples quanto parecia, José Gonçalves ataca bem ao seu jeito e consegue uma vitória mais do que justa por tudo o que fez até àquele dia na prova. O homem da Caja Rural mostra-se pronto para voltar a ser uma das maiores surpresas na Volta a Espanha!
Samuel Caldeira e Francesco Gavazzi bem tentaram, mas Gonçalves tinha aqui um final bem ao seu estilo e aproveitou-o da melhor forma. Na geral individual, tudo na mesma, apesar de Gustavo Veloso bem ter tentado conseguir chegar às bonificações, mas ficando “apenas” em 4.º lugar e não chegando, por pouco, às tais bonificações de tempo.

Fonte: Volta a Portugal
A oitava etapa, que terminou na Arruda dos Vinhos, foi provavelmente a mais polémica de toda a Volta. Não pelo desfecho final da etapa, mas sim por algo que aconteceu quando a fuga já tinha uma vantagem de mais de 6 minutos para o pelotão principal.
Os ciclistas, em vez de seguirem por uma rotunda, continuaram em frente, possivelmente também seguindo alguma moto que igualmente se enganou. A verdade é que, pouco depois, a organização apercebeu-se de tal falha e, a partir daí, foi o “caos”… Protestos, fuga parada, pelotão a ir a um ritmo de “passeio” até chegar a um certo sítio, etapa neutralizada e outras situações. Incrível o que se passou.
No meio disto tudo, os homens da fuga tiveram de ficar parados imenso tempo, à espera que os do pelotão chegassem ao seu sítio, para, então, retomarem a corrida e esperar que eles voltassem a ter os tais 6 minutos e pouco de distância. Até houve oportunidade para existirem entrevistas em direto aos próprios ciclistas da fuga, durante a etapa…algo surreal!