Na classificação geral, destaque, desta vez, para o domínio nacional, com apenas 3 espanhóis para 7 portugueses. Joni Brandão foi um desses portugueses. O ciclista da Efapel bem tentou e bem merecia o pódio, mas não teve a felicidade do lado dele. O quinto lugar é pouco para o que este ciclista fez ou, pelo menos, tentou fazer. Em sexto lugar, ficou Amaro Antunes. O ciclista da LA Alumínios-Antarte fez uma boa prova, mas poderia ter feito ainda melhor, principalmente depois do que fez na Volta ao Algarve deste ano. Estes dois ciclistas portugueses parecem-me ser os próximos dois nomes a irem embora para o estrangeiro – e bem merecem!
O sétimo lugar da geral ficou entregue a Henrique Casimiro, que sempre deu uma boa ajuda ao Joni e foi conseguindo manter o seu lugar por mérito próprio. Em oitavo, talvez a principal surpresa entre todos os que estão no top’10. Vicente de Mateos, ciclista da Louletano, era esperado como um dos grandes nomes para os sprints. Mas ele quis ir para além disso e discutiu praticamente todas as etapas, estando no top’10 na maioria das mesmas. Outro ciclista a ter uma excelente e surpreendente prestação na Volta a Portugal, sem dúvida.
Rui Sousa e Ricardo Vilela, ciclistas da Boavista e da Caja Rural, respetivamente, ficaram com os últimos lugares nos dez melhores. Rui Sousa voltou a tentar cumprir o sonho de vencer a Volta, mas a idade já começa a pesar. Ainda assim, para um ciclista de 40 anos, um 9.º lugar é, claramente, um feito assinalável. Já Vilela fez uma prova em crescendo, conseguindo chegar ao último lugar do top’10 já na última etapa, fazendo um bom CR, ao contrário de Frederico Figueiredo. O ciclista do Boavista fez mais uma boa Volta, mas, sendo um puro trepador, acabou por não conseguir aguentar o seu lugar no top’10 depois do CR.