Volta a Portugal 2016 – O “gregário” que destronou o “líder”

    Após todas estas incidências, eis que chegada o último dia da prova. A habitual chegada a Lisboa, desta vez com um contrarrelógio individual com cerca de 32 km’s para percorrer, desde Vila Franca de Xira até à Praça do Comércio. Gustavo Veloso, novamente, partia como favorito e não desapontou. Fez o seu trabalho no CR e cumpriu com o que deveria, à partida, fazer, ganhando mais a sua terceira etapa nesta corrida.

    Mas a verdade é que provavelmente não esperaria um Rui Vinhas tão forte nesta especialidade (a camisola amarela tem os seus “efeitos”, também). O camisola amarela perdeu apenas 54 segundos para o vencedor da etapa e foi, inclusive, quarto classificado, à frente de nomes como Joni, Vilela, Amaro ou Gonçalves. Simplesmente incrível etapa (e Volta a Portugal) por parte do português.

     Veloso despede-se desta Volta com sentimentos mistos, não cumprindo o seu maior objetivo, mas tendo um colega de equipa a ganhar a prova  Fonte: Volta a Portugal
    Veloso despede-se desta Volta com sentimentos mistos, não cumprindo o seu maior objetivo, mas tendo um colega de equipa a ganhar a prova
    Fonte: Volta a Portugal

     

    Rui Vinhas, ciclista da W52-FC Porto e colega de Gustavo Veloso, surpreendeu tudo e todos nesta prova, inclusive a própria equipa, e, graças a um movimento certeiro na entrada para uma fuga que acabou mesmo por vingar, conseguiu destacar-se na liderança e nunca mais a largou. Superou etapas de alta montanha, média montanha, etapas planas e, por fim, este longo contrarrelógio. Cinco anos depois, um português volta ao lugar mais alto do pódio na prova de ciclismo que mais move todos os portugueses.

    Na luta pelo pódio, Gustavo Veloso foi um segundo lugar sem contestação, sendo o ciclista mais forte ao longo de toda a prova, vencendo, provavelmente, as 3 etapas mais importantes da mesma. Daniel Silva, da Rádio Popular Boavista, segurou a preciosa vantagem que tinha e venceu a “medalha de bronze”.

    Esta é a quarta vitória consecutiva da W52, dirigida por Nuno Ribeiro. O FC Porto consegue aqui, desta vez em parceria com a W52, a sua 14.ª vitória na Volta a Portugal, sendo que a última ocorreu em 1983, por meio do bem conhecido Marco Chagas. Esta equipa, além de ter tido os dois primeiros da geral individual, conseguiu meter 6 ciclistas no top’13…impressionante. Raúl Alarcon ficou no quarto lugar, António Carvalho em 12.º e Ricardo Mestre em 13.º lugar. Por meio de Veloso, venceram igualmente a camisola dos pontos e, por fim, foram igualmente a equipa vencedora da classificação por equipas.

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    Nuno Raimundo
    Nuno Raimundohttp://www.bolanarede.pt
    O Nuno Raimundo é um grande fã de futebol (é adepto do Sporting) e aprecia quase todas as modalidades. No ciclismo, dificilmente perde uma prova do World Tour e o seu ciclista favorito, para além do Rui Costa, é Chris Froome.                                                                                                                                                 O Nuno escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.