Antevisão WEC | Os testes que deixam água na boca e pulga atrás da orelha

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    Será no sábado, dia 02 de março, que o Campeonato Mundial de Resistência (World Endurance Championship, ou simplesmente “WEC”) dará início à sua temporada 12, e com ela chegam as duas únicas categorias em participação – Hypercars e GT3. Estes irão estrear-se no Circuito de Lusail, no Qatar e nenhum português participará este ano.

    Com o fim do prólogo, também no Qatar, que conclusões podemos tirar? Não esquecendo que são apenas (e enfase na palavra) testes, portanto há muito jogo que não foi completamente desvendado.

    HYPERCARS

    A Hertz JOTA surpreendeu no primeiro dia, ao ficar no topo dos tempos com ambos os carros (#12 e #38) entre os três primeiros. Já no segundo dia, o domínio pertenceu à Porsche Penske, que deixou o seu #5 em primeiro em ambas as sessões. O melhor tempo foi conseguido na quarta e última sessão de testes e foi de 1.40,404s.

    A Toyota, com a sua nova (e bastante) diferente pintura, não foi além da sexta posição, na terceira sessão, com o carro #7. Porém, este resultado pode não ter muito significado em termos de corrida ou até mesmo para a conquista da pole position.

    Já a Ferrari parece estar encaminhada para bons resultados, com ambos os carros da equipa e com a própria AF Corse logo atrás. Apesar de não ter liderado nenhum teste, esteve dentro do TOP5 e à frente da sua rival do ano passado, não sabendo se será o suficiente para este ano.

    A Alpine, que correu com um LMP1 num campeonato de hypercars em 2022 (e deu mais luta até nos testes), encontrava-se perto do fim da tabela de tempos com um carro da categoria certa. A posição mais alta foi abaixo do TOP 10, com um 12º lugar na terceira sessão (1.43,457s) feito por Mick Schumacher. Deixa na dúvida se poderão fazer algo para surpreender.

    Não esquecendo da Peugeot, que continua sem asa traseira (mesmo depois de ter circulado certas fotos com uma), conseguiu manter-se dentro do TOP10, terminando mesmo a terceira sessão na segunda posição (1.41,260s).

    Quem ficou mais aquém do esperado foram as novas equipas. Começando pela BMW, que tem dois carros em competição (#15 e #20) só conseguiram um nono lugar, com o tempo de 1.41,282s. A Lamborghini, somente com o carro #63, não fez melhor que a 15ª posição (1,42,627). E para finalizar, a Isotta Franschini, com o #11, conseguiu um terceiro lugar na primeira sessão (participaram só três hypers); quando mais carros pisaram a pista, a posição da equipa italiana desceu para a 19ª e de lá não saiu. Pode ser que na primeira corrida, possamos ver o verdadeiro potencial de todas estas equipas.

    GT3

    Foi a primeira sessão de sempre na WEC para os GT3 e novamente, duas equipas tomaram conta das quatro sessões de treinos – o United Autosport #59 (que liderou as sessões do dia um) e o D’Station Racing #777 (que liderou as sessões do dia dois). Com o melhor tempo de 1.54,480s na segunda sessão de testes, a United leva assim a volta mais rápida dentro da categoria.

    Os nomes que já andavam nos GTE a temporada passada e que trocaram de carros para este ano ainda se estão a habituar aos mesmos. As Iron Dames, que trocaram o Porsche pelo Lamborghini, tiveram dificuldades em manter-se no TOP10 e falharam mesmo a última sessão. O melhor tempo foi de 1.57,081s na primeira sessão de testes, onde terminaram em sétima (quarto à categoria; participaram apenas seis GT3).

    Já a TF Sport, que se mudou para o Corvette #81 e #82 não esteve tão longe do TOP5 como se poderia esperar. Se não contarmos com a primeira sessão, fizeram uma terceira posição na categoria (22ª à geral) com o tempo de 1.58,112s e ainda uma quinta posição na segunda sessão. Apontam para bons resultados.

    A WRT, que entra na categoria com a BMW, ficou um pouco distante do que seria de esperar. Conseguiram uma sétima posição na última sessão e o carro #46, em homenagem a Valentino Rossi, conseguiu apenas um oitavo lugar. Mas mantenhamo-nos atentos a eles, pois poderão fazer das suas.

    Quem trouxe de volta para a WEC uma marca bem conhecida foi a Proton Competition, que corre com o Ford Mustang #77 e #88, mas não vieram consigo bons momentos. Somente ficaram no TOP10 na última sessão, onde não participaram seis carros. De resto, não conseguiram entrar acima dos dez primeiros com todos os carros em ação na pista. Não me parece que esta temporada façam muito mais que lutar pelo penúltimos lugares.

    Poderá ser uma temporada animada, com apenas duas categorias, mas com cerca de 37 carros no total, mais cinco que no ano passado. Esta diferença ocorre pela chegada dos GT3, sendo eles carro mais acessíveis para as equipas, e a chegada de mais construtores não só para os mencionado acima, como para a categoria mais rápida. São oito circuitos pelo mundo que os esperam, contando claro, com as 24h de Le Mans, que se realiza a 15 de junho.

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    Ana Catarina Ventura
    Ana Catarina Venturahttp://www.bolanarede.pt
    Esta é a Ana Catarina. Apaixonou-se pela Fórmula 1 com 14 anos e a partir desse momento, descobriu o mundo do desporto motorizado. Graças a isso, seguiu o caminho do jornalismo até se licenciar em Jornalismo e Comunicação, na capital do Alto Alentejo.