European Le Mans Series: A experiência das 4 horas de Portimão

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    Durante o fim de semana de 14 a 16 de outubro, os aficionados do desporto motorizado viajaram até ao Autódromo Internacional do Algarve para a última corrida do campeonato europeu de resistência, a European Le Mans Series. Este ano, com o ponto alto de um jovem, português, de seu nome Guilherme Oliveira e com apenas 17 anos, estar a lutar pelo campeonato de LMP3 pela Inter Europol Competition.

    Na chegada ao Autódromo, no domingo, o tempo não parecia de chuva (ainda). Entrámos com os bilhetes de acesso ao paddock e seguimos para a sessão de autógrafos com os pilotos da ELMS. Nesse momento, há sempre a oportunidade de uma troca de palavras de “boa sorte” / “boa corrida”, enquanto se recolhe os posters assinados e alguns brindes – este ano, por exemplo, tivemos bandeirinhas com o símbolo e cor do carro dados pela Iron Lynx/Dames

    Além disso, e de podermos andar à vontade dentro da pit lane, tivemos a oportunidade de ver um treino de pit stop com o carro #22 da United Autosport, enquanto os carros se preparavam para ir para a grelha de partida. É o momento ideal para se conhecer o paddock, onde vemos pilotos de outras categorias (como por exemplo, da Le Mans Cup). Este ano, encontrámos Mark Webber, ex-piloto de Fórmula 1 e da WEC, presente em Portimão. Por incrível que seja, não havia grande aparato com a sua presença.

    Com a chegada das 12h30, pudémos ir para dentro do grid, estar mais perto dos carros e dos pilotos, bem como fazer a reta da meta desde o último carro até ao primeiro de todos. Vimos a preparação dos carros, dos pilotos e as várias conversas com personalidades famosas, entre eles estava Ni Amorim, presidente da FPAK.

    Fonte: Ana Catarina Ventura / Bola na Rede

    A corrida, que deveria começar às 13h, teve um atraso de meia hora depois de um acidente na Le Mans Cup. As pessoas presentes no circuito não tinham essa informação, somente vendo a livestream no Youtube. Com a agravante de que, nessa altura, começaria a chover. De recordar que somente a bancada da pit lane e principal são cobertas. Para quem ficasse nas restantes bancadas, levaria com chuva, que não foi pouca.

    Por serem quatro horas de corrida, há mais atividades que podem ser aproveitadas: um simulador onde se pode marcar tempo na pista de Portimão com um carro à escolha, mexer numa wheel gun e testar num pneu usado em corrida, uma loja para comprar recordações do evento, um moto Freestyle, “barraquinhas” para comprar comida dentro do circuito e um painel gigante a passar a corrida com as classificações das classes que corriam.

    O circuito proporcionou (como sempre) um bom entretenimento em qualquer curva que estivéssemos, desde a curva um, passando pela torre VIP, até aos altos e baixos que fazem parte da “montanha-russa” portuguesa. Houve alguns incidentes com o andar da corrida, como os Full Course Yellow, sem nenhum Safety-Car.

    Mais perto do fim da corrida, vimos o piloto português que lutava pelo campeonato a perder todas as chances depois de um toque na segunda curva. O replay passou bastante na transmissão, e sentiu-se um peso de tristeza por Guilherme e os seus colegas, que poderiam ter sido campeões.

    Com o finalizar da mesma, voltámos à pit-lane e vimos os pilotos a serem entrevistados, o pódio a acontecer acima de nós e os carros estacionados. A PREMA #9 venceu a corrida e foi campeã, bem como a Cool Racing #17 para os LMP3 e finalmente nos GTE foi a Proton Competition #77 que venceu o campeonato, ganhando a corrida o #83 da Iron Dames, equipa somente com pilotos femininas, fazendo história na ELMS ao serem as primeiras a conseguir uma pole position e uma vitória totalmente feminina.

    Para terminar, ainda tivemos o prazer de ver os pilotos da PREMA a tomarem um banho na piscina do circuito como forma de celebrarem a vitória e o campeonato.

    Fonte: Ana Catarina Ventura / Bola na Rede

    Compensa sempre ver uma corrida num circuito. O ambiente é fantástico, estar rodeado de pessoas que vêm e gostam da corrida, a ansiedade perante uma partida ou um peão, as reações perante chuva e sol, as conversas que se ouvem de quem irá vencer e perder, tudo faz parte. Porém, algo que me chocou a nível pessoal foi o preço que os bilhetes tinham, tendo em conta a prova anterior, em Spa, e anos que se passaram.

    Para se ter uma noção, em 2019, apenas se pagava 15€ para o paddock, com a Torre VIP incluída; este ano, tivemos bilhetes a chegarem aos 40€ (domingo) / 45€ (3 dias) para paddock mais Torre VIP (25€ apenas domingo, sem a torre; 20€ para bancada normal). Um aumento que não fez sentido, tendo em conta que em Spa, o que se pagou foi a entrada para a pit-lane e grid walk. Ou seja, com paddock e bancadas gratuitas para o público.

    Conclusão? Foi um gosto voltar a Portimão. Tive o prazer de ver o carro #83 vencer à categoria e ver a festa da PREMA em primeira mão. Tirando a chuva, que nos veio molhar a todos, fiz aquilo que mais gosto: ver carros a andar às voltas por 240 minutos. E voltava a repetir, sempre que tivesse chance.

    Foto de Capa: Pedro Pereira (@pedro.pereira16)

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    Ana Catarina Ventura
    Ana Catarina Venturahttp://www.bolanarede.pt
    Esta é a Ana Catarina. Apaixonou-se pela Fórmula 1 com 14 anos e a partir desse momento, descobriu o mundo do desporto motorizado. Graças a isso, seguiu o caminho do jornalismo até se licenciar em Jornalismo e Comunicação, na capital do Alto Alentejo.