GP México: Red Bull arrisca e Verstappen petisca dois recordes

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    A CORRIDA: POUCAS ULTRAPASSAGENS, O “SHOW” ESTEVE NAS BOXES

    A 2338 metros de altitude, as expetativas para o Grande Prémio do México eram elevadas. Depois de 19 corridas marcadas por um duelo entre Red Bull e Ferrari, os “flechas de prata”, parecem finalmente estar de volta à luta pela vitória nos grandes prémios. Era antecipada uma luta entre os três melhores construtores do campeonato depois do equilíbrio verificado ao longo do fim de semana.

    Verstappen voltou a arrecadar uma “pole position”. O bicampeão do Mundo foi o único piloto a baixar do minuto e 17 segundos na qualificação. Apenas desta forma conseguiu bater a dupla da Mercedes. Nem Sérgio Pérez, com apoio eufórico dos compatriotas, conseguiu bater Lewis Hamilton e George Russell.

    O suspense era grande em relação à estratégia de pneus e paragens que cada equipa ia utilizar. Começar com pneus macios, parando duas vezes para colocar dois conjuntos de médios ou arrancar com os médios, parando apenas uma vez para colocar um conjunto igual. Pareciam ser as melhores estratégias a adotar.

    Ao fim de dezoito anos de existência, a equipa da Red Bull não deixa de surpreender. Arrancou com pneus macios, assim como a Ferrari. A Mercedes arrancou com um conjunto de médios, destinados a um ataque mais prolongado do que a uma ultrapassagem na primeira curva.

    No arranque, Verstappen não fraquejou e chegou à primeira curva em primeiro. Hamilton forçou Russell a ultrapassar ligeiramente os limites da pista, o que ajudou o britânico de 24 anos a perder o lugar do pódio para “Checo”. Charles Leclerc ultrapassou Valtteri Bottas para se juntar a Carlos Sainz. É basicamente tudo o que há para saber sobre a corrida da Ferrari.

    As ultrapassagens foram inexistentes na frente. No meio do pelotão, Daniel Ricciardo passou Guanyu Zhou sem grande luta do chinês da Alfa Romeo. Pierre Gasly e Lance Stroll andaram um pouco mais “pegados”. Primeiro, o francês tocou na roda do canadiano, sem conseguir a ultrapassagem, pelo que Gasly acabou por forçar Stroll a sair da pista, para conseguir a posição. O piloto da Alpha Tauri levou cinco segundos de penalização.

    Após 22 voltas ao Autodromo Hermanos Rodriguez, os pneus de Verstappen começaram a acusar desgaste, mas foi Pérez quem seguiu para a box, tendo uma paragem desastrosa que afastou o mexicano da luta pela vitória. Verstappen parou logo a seguir, com uma sorte muito maior.

    A surpresa chegou quando Hamilton parou. A Mercedes colocou um conjunto de pneus duros no britânico, o que dificultava ganhos imediatos ao vencedor do campeonato e mostrava uma esperança da Mercedes numa segunda paragem dos pilotos da Red Bull.

    Verstappen não perdia tempo para Hamilton. A Mercedes esperou pela tal segunda paragem… que nunca chegou a acontecer. Aos poucos, Lewis Hamilton e a Mercedes foram percebendo que o conjunto de médios de Pérez e Verstappen iria durar até ao fim do Grande Prémio.

    E assim foi, com “Super Max” a chegar às 14 vitórias numa só época, recorde que partilhava com Michael Schumacher e Sebastian Vettel. Já Sérgio Pérez fecha o pódio e ultrapassa Charles Leclerc na luta pelo segundo lugar do campeonato.

    Na corrida dos “outros” Sainz e Alonso protagonizam uma das poucas batalhas por posição do dia, com Sainz a ganhar facilmente uma posição. Já Esteban Ocon, colega de Alonso, passou Bottas por fora numa das zonas de DRS mas não sem resposta arriscada do finlandês. O ataque de Bottas fica calmo quando Ocon faz um pequeno “brake test”.

    Outro episódio ocorreu na volta 48, quando Ricciardo forçou pelo interior de Tsunoda na Volta 51 e mandou o japonês da Alpha Tauri para fora da pista. Tsunoda foi mesmo forçado a abandonar e Ricciardo levou uma penalização de 10 segundos. O outro abandono foi de Alonso na volta 65, devido a problemas mecânicos, pelo que o espanhol demonstrou uma frustração notável.

    Foto de Capa: Formula 1

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    Filipe Pereira
    Filipe Pereira
    Licenciado em Ciências da Comunicação na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, o Filipe é apaixonado por política e desporto. Completamente cativado por ciclismo e wrestling, não perde a hipótese de acompanhar outras modalidades e de conhecer as histórias menos convencionais. Escreve com acordo ortográfico.