GP México: Afinal não estávamos enganados

    A CORRIDA: ARRANQUE-CANHÃO SEGUIDO DE CORRIDA SOLITÁRIA PARA MAX; CHECO BEM TENTOU, MAS LEWIS NÃO QUEBROU

    Os treinos livres ditavam uma coisa, mas a qualificação aparentava mostrar outra completamente diferente (“Fui bem enganado”, dizia eu quando via a Mercedes fechar a fila da frente na qualificação). Mas afinal, era mesmo a Red Bull que estava mais rápida. Max Verstappen venceu o Grande Prémio da Cidade do México e aumentou a vantagem para Lewis Hamilton no campeonato para 19 pontos.

    Mas muita da vantagem da Red Bull começou a ser ditada no arranque. Valtteri Bottas começava na pole, Hamilton em segundo, seguido de Verstappen e Sergio Pérez. E, dos quatro, foi o pole-sitter a sair pior.

    O arranque em si nem foi mau, mas Hamilton e Verstappen colocaram-se ao lado do finlandês, que travou demasiado cedo, aproveitando Verstappen para passar para a frente, com Hamilton atrás. Pior para Bottas foi o facto de, por ter travado tão cedo, ter sido atingido por Daniel Ricciardo, num incidente que atirou os dois para o fundo da tabela.

    A restante corrida viu um dois para um da Red Bull contra a Mercedes (com Pérez atrás dos candidatos ao título). E se Max nunca mais foi incomodado até ao final da corrida, com Hamilton sem ritmo para o perseguir, o britânico teve Sergio Pérez a incomodá-lo toda a corrida. A Red Bull optou por parar o mexicano 11 voltas depois da paragem de Lewis, mas apesar de ter estado sempre perto, Pérez nunca conseguiu passar e ficou-se pelo terceiro lugar (embora, pela festa nas bancadas depois da corrida, parecesse que Checo tinha ganho a prova).

    Atrás do top-3, Pierre Gasly conseguiu um fantástico quarto lugar após uma corrida solitária para a AlphaTauri, seguido dos pilotos da Ferrari, que estiveram em constantes trocas numa tentativa falhada de passar Gasly (Charles Leclerc à frente de Carlos Sainz). Depois veio Sebastian Vettel, da Aston Martin, e Kimi Räikkönen, a dar dois preciosos pontos à Alfa Romeo.

    Fernando Alonso foi nono pela Alpine, apesar de uma paragem lenta nas boxes, e Lando Norris fechou o top-10 para a McLaren, com um primeiro stint de 45 voltas com pneus médios.

    Fora do top-10 ficaram Antonio Giovinazzi (Alfa Romeo) em 11.º, Ricciardo no segundo McLaren em 12.º, Esteban Ocon (Alpine) 13.º e Lance Stroll com um 14.º lugar para a Aston Martin. Bottas foi apenas 15.º (tirou a volta mais rápida a Verstappen e mesmo isso esteve quase a falhar), à frente dos Williams (George Russell à frente de Nicholas Latifi) e do Haas de Nikita Mazepin.

    Mick Schumacher (Haas) e Yuki Tsunoda (AlphaTauri) registaram os únicos abandonos da corrida, depois de um incidente na primeira volta em que ambos ensanduicharam Esteban Ocon, que continuou a prova, ao contrário do alemão e do japonês.

    Feita a corrida no México, a Fórmula 1 segue para São Paulo, Brasil, onde a Mercedes e Hamilton têm mesmo de dar resposta, sob pena de chegarem ao Médio Oriente com a Red Bull e Verstappen praticamente a festejar.

    Foto de Capa: Red Bull Racing

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    Bernardo Figueiredo
    Bernardo Figueiredohttp://www.bolanarede.pt
    O Bernardo é licenciado em Comunicação Social (jornalismo) na Universidade Católica de Lisboa e está a terminar uma pós-graduação em Comunicação no Futebol Profissional, no Porto. Acompanha futebol atentamente desde 2010, Fórmula 1 desde 2018 e também gosta de seguir ténis de vez em quando. Pretende seguir jornalismo desportivo e considera o Bola na Rede um bom projeto para aliar a escrita ao acompanhamento dos desportos que mais gosta.