Os candidatos à vaga na Alpine

    Nyck de Vries (piloto reserva da Mercedes) – 8/10 – tardou, mas aconteceu. Aos 27 anos, o antigo campeão de Fórmula 2 e Fórmula E teve finalmente a sua primeira oportunidade de mostrar credenciais no mais recente Grande Prémio de Fórmula 1, em Monza, e de imediato conseguiu dois pontos importantes para a Williams ao volante do carro habitualmente conduzido por Alex Albon. De imediato o seu “status” subiu junto dos mais altos responsáveis do paddock, e apesar de continuar contratualmente ligado à Mercedes o neerlandês já está em contacto com Helmut Marko (responsável da Red Bull, com vista a assinar pela AlphaTauri caso Gasly saia para a Alpine), e com a própria Williams, agora que foi confirmada a saída de Nicholas Latifi no final de 2022. Logan Sargeant, piloto da Fórmula 2, tem sido também apontado à Williams o que pode exercer influência na escolha de de Vries.

    Jack Doohan (F2, academia Alpine) – 6/10 – o talento emergente. Filho da lenda das duas rodas Mick Doohan, Jack fez uma excelente segunda metade de época na sua estreia na Fórmula 2, o patamar de entrada no pináculo do desporto motorizado. Tem a vantagem de ser um produto da “cantera” da Alpine, e nessa medida a subida do australiano de 19 anos à equipa principal iria dar credibilidade ao programa de jovens talentos da equipa, mas acarretaria pressão adicional sobre Esteban Ocon – se por um lado o francês iria passar a beneficiar do estatuto de piloto “número um”, por outro correria o risco de ver a sua reputação danificada caso Doohan confirmasse a expectativa que os responsáveis da Alpine (e os fãs da modalidade) colocam no promissor piloto da “Costa Dourada”. Ainda assim, a equipa francesa parece mais inclinada a apostar em experiência sobre juventude, o que pode funcionar contra Doohan e a favor dos três nomes seguintes na lista.

    Antonio Giovinazzi (Fórmula E, piloto reserva da Ferrari) – 6/10 – depois de uma época de estreia desapontante na Fórmula E, o italiano, que é também apontado à Haas, parece determinado a voltar à Fórmula 1 e a Alpine pode vê-lo como uma hipótese sólida enquanto parceiro de Ocon. O antigo parceiro de Kimi Räikkönen na Alfa Romeo será potencialmente mais errático que outros nesta lista, e talvez ligeiramente menos cotado que Ocon, mas encontra-se também no pico de carreira e pode ser uma solução mais barata (e menos disruptiva) que Gasly ou de Vries, e capaz de garantir pontos para a tabela de construtores.

    Nico Hülkenberg (piloto reserva da Aston Martin) – 5/10 – atendendo às prestações do experiente alemão sempre que foi chamado a intervir nas últimas épocas, talvez seja a opção mais fiável desta lista no que toca a garantir resultados competitivos e condução segura. Conhece a equipa do seu tempo na Renault e pode desempenhar dois papéis distintos: o de chefe de equipa ou, a hipótese mais provável, o de leal escudeiro de um Esteban Ocon determinado a agarrar o lugar de primeiro piloto deixado vago por Alonso.

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    Carlos Eduardo Lopes
    Carlos Eduardo Lopeshttp://www.bolanarede.pt
    Concluída a licenciatura em Comunicação Social, o Carlos mudou-se para Londres em 2013, onde reside e trabalha desde então. Com um pai ex-piloto de ralis e um irmão no campeonato nacional de karts, o rumo profissional do Carlos foi também ele desaguar nas "águas rápidas" da Formula One Management, onde trabalhou cinco anos. Hoje é designer numa empresa de videojogos, mas ainda não consegue perder uma corrida (seja em quatro ou duas rodas).