Durante a semana de 05 a 09 de novembro, os pilotos de Fórmula E regressaram à pista para fazerem os testes de inverno e conhecerem o novo GEN3 EVO.
A pista que receberia estas sessões foi mudada devido às chuvas e mau tempo que se fez sentir, passando para o Circuito de Jamara, em Madrid. Não só as equipas, mas toda a estrutura da competição, mostrou-se solidária com o que sucedeu, esperando regressar um dia, se possível, ao Circuito de Ricardo Tomo.
Mas falando dos testes, foi Mitch Evans, no seu novo Jaguar I-TYPE7, que conquistou o melhor tempo de toda a semana, com 1:27,461s. Já o campeão em título, Pascal Wehrlein, no Porsche 99X Eletric, fez o terceiro melhor tempo, com 1:27,658. O português António Félix da Costa, também da Porsche, terminou com o seu melhor tempo de 1.27.813, que o deixou na sexta posição.
Quem pouco impressionou foi a Andretti Formula E, que não chegou a nenhum primeiro lugar nas seis sessões e ficaram pela 16ª e 22ª posições, não dando um bom ar para o início da temporada.
A equipa surpresa destes testes foi a Kiro Racing Co, antiga NEON 333, que ficou muito bem posicionada. Dan Ticktum terminou na segunda posição e David Beckmann na quarta, com os melhores tempos a chegarem na última (1:27,602s) e na quarta (1:27,755s) sessões, respetivamente.
Outro novo nome no paddock é a Lola Yamaha ABT Formula E Team, a antiga ABT Cupra. Não mostrou grande força e competição, ao acabarem na 13ª posição, com Zane Maloney e na 20ª com Lucas Di Grassi.
Já a Maseratti, que trocou a sua dupla de piloto da temporada passada por Stoffel Vandoorne e Jake Hughes, ficou na melhor posição de oitavo com o piloto belga. Já o britânico terminou na 11ª posição.
Já no último dia de destes, completamente dedicado às senhoras, tivemos sete membros da F1 Academy atual, uma campeã da série, uma Wild Card e vários nomes conhecidos como Jamie Chadwick, Alice Powell e Simona de Silvestro (a única piloto feminina a pontuar nesta mesma categoria). Algumas das “convocadas” pelas equipas já tinham passado pela F-E para testarem algum carro e isso deu-lhe já alguma experiência extra para o GEN3 EVO.
Quem ficou com o melhor tempo foi mesmo Abbi Pulling, pela Nissan, com 1:30,889s. Atrás da britânica terminou a tricampeã da W Serie e piloto da Jaguar nestes testes, Jamie Chadwick, com 1:31,209s e na terceira posição Bianca Bustamante, pela Neom McLaren, com 1,31,715s
Carrie Schreiner e Tatiana Calderon, ambas da Maserati, terminaram na nona e décima posição, respetivamente. Já a ex-campeão da F1 Academy, Marta Garcia, ficou na oitava posição com o Porsche; a sua colega de testes, Gabriela Jílková, não esteve tão bem, ficando pela 14ª posição.
Ella Lloyd, pela Neom McLaren, terminou o teste na sétima posição, um resultado interessante para quem vai apenas no seu terceiro ano de competição. Viu a colega de equipa a ficar no “pódio” dos tempos, porém não deixa de ser um resultado muito positivo para a britânica. Outra piloto que surpreendeu foi Miki Koyama, que testou com a Lola Yamaha e terminou na quarta posição, com um tempo de 1:31,731s.
Mas o que é um GEN3 EVO? O carro, esteticamente mantém-se igual, tal como a sua construção. O que muda é a potência que ganhou. Para a temporada 11, estes novos carros tem uma aceleração os 0 aos 100 em 1,86s, sendo 30% mais rápido que um Fórmula 1 atual e 36% mais rápido que o antigo GEN3.
Para a temporada 11 da Fórmula E, ainda há algo que falta – com a saída do Modo de Ataque, espera-se a entrada das paragens obrigatórias para recarregamento dos fórmulas. Apesar de ainda estar em desenvolvimento, é um das alterações que puxa mais pela curiosidade e como as estratégias de corrida poderiam ser facilmente mudadas.
Dia sete de dezembro a Fórmula E regressa às pistas para começar o seu campeonato em São Paulo, no Brasil.