Diogo Neves é jogador de Hóquei em Patins. Atualmente ao serviço do A.D. Oeiras, o hoquista de 22 anos aceitou o convite do Bola na Rede e abordou o seu percurso no Hóquei até aos dias de hoje, falou da ligação desta modalidade com o seu curso universitário e, ainda, dá a sua opinião sobre o estado do Hóquei em Patins português.
Carreira como Hoquista
Bola na Rede (BnR): Há quantos anos é que estás ligado ao Hóquei em Patins?
Diogo Neves (DN): Eu comecei a jogar aos três anos de idade, logo levo já 19 anos a praticar Hóquei.
BnR: Como surgiu o gosto pelo Hóquei? E tens algum ídolo em que te inspires para ser melhor nesta modalidade a cada dia que passa?
DN: O gosto surgiu nos primeiros treinos que fiz e foi crescendo com o passar dos anos. É uma paixão grande por um desporto que desde cedo gostei. Em relação a ídolos, desde pequeno que tive os jogadores da formação do Paço de Arcos como grandes referências e exemplos, entre eles o João Rodrigues, o Gonçalo Suíssas e o Gonçalo Pestana.
BnR: Qual é a tua posição? Para quem não percebe nada de Hóquei, tens alguma função específica durante um jogo?
DN: Sou um jogador que gosta de atuar em qualquer posição. Quando jogo como avançado, tenho mais liberdade para criar jogo e oportunidades. Quando atuo como médio, sou um jogador que se preocupa em criar espaço para os meus colegas e ajudar ao máximo na defesa. Não existem muitas funções específicas no Hóquei, pois ou somos jogadores que se preocupam mais com a defesa, ou mais com o ataque, ou seja, não é como outros desportos em que existem jogadores específicos para determinadas tarefas.
BnR: O teu primeiro clube foi o Paço de Arcos. Lembraste do primeiro treino que foste fazer a este clube? E quem foi a pessoa responsável pela tua ingressão no clube da Linha de Cascais?
DN: Lembro perfeitamente, sim. Foi num sábado de manhã, como eram sempre os treinos dos mais novos em Paço de Arcos. Tinha três anos e acho que nesse dia o “bichinho” do Hóquei ficou logo cá dentro de mim. Um dos grandes responsáveis foi o pai do Gonçalo Suíssas, que, na altura, era colega de trabalho do meu pai e perguntou se eu gostava de ir experimentar um dia. No dia em que fui treinar pela primeira vez, surgiu outra das minhas grandes referências no Hóquei, o Jaime Santos. Na minha opinião, o Jaime era, e é, o melhor formador de jovens em Portugal, e foi ele que deu o meu primeiro treino. Fui treinado por ele durante quase seis anos e é sem dúvida um dos grandes responsáveis na minha ingressão no Paço de Arcos.
BnR: A tua primeira partida certamente foi ao serviço do Paço de Arcos. Onde foi disputada e qual foi o resultado final?
DN: Infelizmente não me lembro e nem tenho registo desse dia, mas foi com certeza um dia muito feliz. No momento em que começamos a jogar, o que menos importa são os resultados. E essa mentalidade foi algo que me acompanhou durante grande parte da formação com o Jaime Santos, que falei anteriormente. A exemplo disso, tínhamos um lema no Paço de Arcos que era “Amizade primeiro, Competição depois”.