2.
172 golos pelo Benfica – 26 de fora da área (15%)
Óscar Cardozo (2007-2014) – Sempre foi adepto do porte de arma, e argumentava que essa era a segurança de que a equipa precisava e que só ele lhe conseguia dar em campo. Se as soluções de assalto ao golo não resultavam, lá vinha ele de arma no pé, em tiroteios letais que faziam da sua canhota como a autora de homícidios horrendos a zeros aborrecidos no marcador.
E tanto golo houve que é natural não ter a taxa de aproveitamento de outros, mas o melhor marcador estrangeiro da História benfiquista tinha tanta empatia com as redes que preferia movimentar-se na grande área, onde o seu instinto guiava rumo à bola perdida a pedir golo.
Só em casos específicos de dificuldade em chegar ao último terço é que ele era obrigado a recorrer à sua meia distância, vindo atrás pegar na redondinha e, abusando da força, fazer o favor de fuzilar o guarda-redes contrário. Mas nem sempre era dessa forma bruta: em Enschede, num play-off da Champions frente ao FC Twente, parte em contra-ataque no seu jeito descuidado na condução. Soluções de passe eram poucas, sem ser Aimar na procura do espaço; Óscar vê Mihaylov a querer controlar a profundidade e, com todo o cuidado, coloca-a em arco rumo ao buraco da agulha no canto inferior direito. Golaço.