5. Graham Potter
A maleabilidade tática que apresenta no surpreendentemente positivo Brighton – onde é uma das sensações da Liga fora dos Big 6, ao lado de Lage – adquiriu-a de forma proporcional à coragem e audácia que demonstra no comando da sua própria carreira profissional.
Em 2011 aceita o convite do Ostersunds, que tinha caído á 4ª divisão sueca e é com eles que interpreta o mais realista ‘save’ de FM dos últimos tempos, com três promoções quase consecutivas e a chegada à elite nacional, à Allvenskan, em 2016. Primeiro ano entre os melhores? 8º posto na tabela e conquista da Taça nacional.
Ano seguinte? Ultrapassa Galatasaray, PAOK ou Herta de Berlim para chegar á fase a eliminar da Liga Europa, onde caiu aos pés do Arsenal não sem antes vencer no Emirates a segunda mão.
Além da competência técnico-tática, sobressaiu na gestão de recursos humanos e foi assente nessas suas qualidades que também baseou o sucesso na Escandinávia: em Ostersund, a 550 quilómetros de Estocolmo, o evento desportivo com mais espectadores era normalmente o snowcross.
O futebol, jogado na Jamtkraft Arena, puxava apenas umas poucas centenas. A queda da equipa não incendiava qualquer paixão nos habitantes locais – até chegar Graham e os métodos pouco convencionais, que se caracterizaram pelo uso da Arte para potenciar o lado humano dos jogadores e a união entre plantel e população.
Concursos de dança, concertos ao vivo, workshops de teatro – os jogadores eram constantemente expostos a situações fora da sua zona de conforto para maximizar a coragem e subverter quaisquer complexos na perfomance em público. Retumbante.