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Andebol – Posição injusta – mas, creio, ajustada – para a modalidade com maior crescimento e mais “esforçada” dos últimos anos. A contratação de Carlos Resende para homem do leme foi fantástica e tem dado resultados a certos níveis; nota-se uma tremenda evolução dos jogadores e de toda a estrutura, patente na crescente qualidade dos escalões de formação ou, por exemplo, no critério das contratações. Ainda assim, o título de campeão nacional continua fugido ao SL Benfica, andando a monte desde 2008.
O domínio de FC Porto e Sporting CP tem sido demasiado avassalador para que o clube da Luz o contrarie, sobretudo dada a forte aposta que os rivais fazem na modalidade, que contrasta com o projeto a médio-longo prazo dos encarnados. Esta época, note-se, o plantel das águias tem 12 portugueses e seis estrangeiros. Situação idêntica regista-se no FC Porto, que apresenta 12 portugueses e cinco estrangeiros. Todavia, o Sporting CP tem no seu plantel sete portugueses e dez estrangeiros, além de um treinador francês que, há duas épocas, disputou a final da Liga dos Campeões de Andebol. A aposta encarnada está longe de ser suficiente para ultrapassar o rival lisboeta na reta. Resta esperar por uma curva.
Até lá, incluindo esta temporada, o título deverá continuar a ser uma miragem para o grupo de Carlos Resende, apesar da boa réplica dada frente ao Sporting, na Luz. Contudo, parece existir um plano a médio prazo bem definido, bem estruturado e bem liderado, que tem tudo para dar certo a seu tempo. Se e quando resultar, o domínio do andebol luso poderá ser do Benfica ou ser repartido entre os três “grandes”.