Depois das derrotas frente a Ajax e FC Bayern Munique na jornada inaugural da Liga dos Campeões, AEK e SL Benfica encontraram-se no Estádio Olímpico, em Atenas, para a segunda parelha de jogos da liga milionária.
Do lado grego, verificaram-se duas alterações, com a entrada de Chygrynskiy e Bakasetas para o lugar de Lambropoulos e Cosic. Do outro lado, as lesões de Jardel e Gabriel obrigaram a mexidas no onze, que contou com a inclusão de Conti, Gedson e Salvio, que rendeu Cervi.
Na primeira parte, verificou-se uma toada atacante dos encarnados durante os primeiros 30 minutos, que foram disputados a uma intensidade muito elevada. A primeira oportunidade surgiu aos cinco minutos, com o cabeceamento de Conti para defesa de Barkas. No instante seguinte, aos seis minutos, Seferovic aproveitou o remate de Gedson e a defesa com os pés do guardião grego para, na recarga, enfiar a bola com precisão nas redes adversárias e apontar o primeiro da partida.
Com a vantagem do seu lado, foi a vez de Fejsa, aos 10 minutos, cabecear para uma defesa impecável de Barkas.
Fruto da qualidade irrepreensível em campo, os encarnados apontaram o segundo tento, que nasceu de um cruzamento largo de Pizzi na direita para a cabeça de Grimaldo, que se desmarcou ao segundo poste para fazer o 0-2 e alcançar o primeiro tento numa competição europeia.
A partir daí, foi tempo para alguma gestão dos encarnados, que mantiveram a posse e o domínio de bola, com o objetivo de entrar na defesa contrária e obrigar o AEK a ceder à pressão.
No entanto, a direção foi outra, porque os gregos conseguiram, aos poucos, causar perigo à equipa adversária. Com subidas frequentes pelas laterais, Bakakis, Mantalos, Hult e Bakasetas foram particularmente insistentes e os dois últimos protagonizaram as oportunidades mais flagrantes dos gregos no primeiro tempo.
Perante uma pressão alta, os encarnados facilitaram um pouco e permitiram aos gregos apoderar-se do ritmo atacante da partida.
Antes do fim do primeiro tempo, Rúben Dias, que já tinha um cartão amarelo, cometeu uma entrada dura sobre Ponce e recebeu ordem de expulsão, deixando o SL Benfica refém de um elemento importante no centro da defesa.
Aos 53 minutos, aproveitando-se da fragilidade encarnada, o AEK chegou ao primeiro golo, com uma assistência na área de Hult para o remate eficaz de Klonaridis, que bateu Vlachodimos.
Numa altura difícil para os encarnados, o AEK não descansou e alcançou o empate aos 63’, de novo por Klonaridis, que finalizou de forma perfeita o excelente cruzamento de Oikonomou.
Os 10 minutos seguintes foram dominados pelo AEK, que procurou desempatar e chegar ao tão desejado 3-2. Klonaridis (73’) voltou a ser incansável e protagonizou mais um grande lance, que só não passou por Vlachodimos, que negou o golo.
E como quem não marca sofre, Alfa Semedo, que entrou aos 62’, progrediu com a bola no meio campo e, tal como Éder na final do Euro 2016, chutou cruzado com toda a confiança e bateu Barkas, aos 74’. O golo terminou com o desespero encarnado, que era de todo escusado se a exibição fosse mais consistente e alguns erros, como a expulsão de Rúben Dias, fossem evitados.
Com o resultado fechado, o apito final ditou a vitória benfiquista, após muito sofrer durante todo o jogo. Os primeiros 30 minutos foram dignos de uma qualidade excecional. A partir daí, e com a expulsão de Rúben Dias, a direção alterou-se e o AEK tomou conta da partida durante largos minutos. Com a partida empatada, valeu um golpe de génio para garantir a primeira vitória do SL Benfica na Liga dos Campeões.
Na próxima jornada, dia 23, o SL Benfica desloca-se a Amesterdão para defrontar o Ajax, enquanto o AEK recebe o FC Bayern Munique.
Onzes iniciais:
AEK: Barkas; Bakakis, Oikonomou (Cosic, 68’), Chygrynskiy e Hult; Galanopoulos, André Simões (Rodrigo Galo, 79’), Bakasetas, Klonaridis e Mantalos; Ponce (Giakoumakis, 60’)
SL Benfica: Vlachodimos; André Almeida, Rúben Dias, Conti e Grimaldo; Fejsa, Pizzi (Alfa Semedo, 62’) e Gedson; Salvio (Lema, 45’), Rafa (Cervi, 84’) e Seferovic