Os 10 melhores dérbis de sempre

    2015/2016

     Sporting CP 0-1 SL Benfica

    mitroglou
    Fonte: SL Benfica

    O Benfica e Jorge Jesus seguiram caminhos diferentes, após seis anos de convívio marcados pelo sucesso – três campeonatos, uma Taça de Portugal, cinco Taças da Liga e uma Supertaça depois (número redondo de conquistas). Nenhum treinador havia conseguido ser tão preponderante no quotidiano do clube, como Jorge Jesus o foi. O Benfica estava profundamente marcado pela sua identidade, pelos seus conhecimentos e capacidades profissionais; pelas suas opções. Ao mesmo tempo, caía por terra o processo de renovação com Maxi Pereira, um dos capitães da equipa, com oito anos de casa, símbolo de raça e de talento. Seria absurdo afirmar ser o mesmo, do ponto de vista benfiquista, que qualquer um deles se mudasse para a China ou para um dos rivais. Não é o mesmo; tal como não o foi.

    Talvez se Jorge Jesus não tivesse assinado pelo Sporting; talvez se não tivesse tentado colocar o seu sucessor e os seus antigos jogadores “deste tamanhinho”; talvez se Maxi Pereira não tivesse assinado pelo FC Porto; talvez se não justificasse a sua opção com entrevistas caricatas e ingratas; talvez, digo eu, o Benfica não tivesse encontrado forças suficientes para ultrapassar todos os obstáculos que uma mudança de paradigma, com personagens e estratégias tão distintas, sempre colocam. O Benfica de Rui Vitória começou mal. Chegou a ter uma desvantagem de sete pontos para o Sporting, 1.º classificado e já visto como grande favorito. No entanto, o Benfica ganhou fôlego, recuperou distâncias e chegou a Alvalade, para a 25.ª jornada, a apenas dois pontos da liderança.

    A 5 de Março de 2016, o Estádio José de Alvalade, esgotado e muito confiante, voltou a receber um dérbi nomeado “jogo do título” – o que não acontecia desde 1994. Num contexto adverso (se empatasse ficaria em grande desvantagem; se perdesse ficaria em grandíssima desvantagem), o Benfica de Rui Vitória voltou a revelar segurança e qualidade. Com os jovens Ederson, Lindelof e Renato Sanches; com os polivalentes André Almeida e Pizzi; com os pêndulos Jardel e Fejsa; com os gregos Samaris e Mitroglou; e com os craques Gaitán e Jonas na equipa. O Benfica venceu por 1-0, com golo de Mitroglou (20′), isolando-se, pela primeira vez nessa época, na liderança do campeonato. Até final, uma série de 10 (!) vitórias consecutivas valeu a maior pontuação de sempre no campeonato (88 pontos), o 35.º título de campeão e o tricampeonato, 39 depois – tão inesperado, quanto justo.

    Texto revisto por: Carlos Valente

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