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Michel Preud’homme – Recordo-me com especial carinho do ex-internacional belga. Lembro-me de uma vez no antigo estádio da Luz, num jogo contra o Salgueiros, perguntar ao meu pai qual a nacionalidade do guarda-redes do Benfica e questionar a sua qualidade, uma vez que era a primeira vez que o via.
Foi fácilmente percetivel a qualidade do mesmo. Michel Preud’homme era aquele tipo de jogador que reunia respeito, tanto dos seus próprios colegas como dos jogadores adversários. Um jogador muito ponderado em tudo que fazia dentro do campo, talvez por ser um jogador muito experiente nos grandes palcos ou por ser uma qualidade sua intrínseca. Foram cinco as épocas que vestiu de vermelho e branco até ter terminado a carreira, já com 40 anos de idade.
Quando chegou à Luz, o seu valor já lhe era reconhecido mas mesmo assim foi questionado se era o que o Benfica precisava, pois era um guarda-redes numa curva descendente da carreira. Pois bem, o belga fez questão de provar que não era verdade o que foi lançado pela imprensa, dando razão à estrutura encarnada que tinha apostado nele.
Lamentavelmente, Preud’homme não ganhou nenhum campeonato português, durante estas cinco épocas. Nunca soube o que era estar no Marquês e ver uma imensidão de adeptos encarnados. No entanto marcou uma era, não só no Benfica mas também no futebol português. É por isso que, com muita justiça, ocupa um lugar no meu pódio, ficando assim com o terceiro posto.
Anos no clube: 1994-1999