1.
Futebol profissional – Ao todo, são 17 propostas apresentadas pela lista de Rui Gomes da Silva no âmbito do futebol profissional. A gestão do futebol sénior masculino tem sido um dos principais motivos de críticas por parte do ex-vice de Luís Filipe Vieira, de maneira que várias das propostas apresentadas mostram soluções a fim de retificar as falhas que se têm verificado nos últimos anos.
A nível da estrutura, Rui Gomes da Silva propõe a criação do cargo de Director Geral para o futebol, a ser desempenhado por alguém que possua as competências técnicas necessárias, bem como o poder necessário para ser uma voz activa nas contratações do clube.
O treinador principal também deverá cumprir certos requisitos tais como ter capacidades de liderança e não ter medo de apostar em jovens; sendo que este será coadjuvado por homem que conheça profundamente o campeonato e o clube, cabendo-lhe a responsabilidade de transmitir a grandeza e a mística do Benfica ao plantel e à restante equipa técnica.
A nível da política de contratações, Rui Gomes da Silva defende um critétio mais rigoroso nas mesmas, contratando em menor quantidade, mas com maior qualidade, procurando construir uma relação sã e cordial com os empresários.
A lista propõe ainda a reformulação da rede de scouting, de modo a detectar jovens talentos numa fase embrionária das suas carreiras; bem como a contratação de jogadores experientes com capacidade para acrescentar qualidade ao plantel no imediato, bem como servir de referência para os jogadores mais jovens.
Ligada também à vertente desportiva, a lista também propõe a elaboração de protocolos com clubes dos principais campeonatos europeus e também de campeonatos como o belga e o holandês, de modo a podermos enviar jogadores por empréstimo a esses clubes. Esta é uma medida sobre a qual falarei melhor no próximo pilar.
Na componente financeira, Rui Gomes da Silva tem a ambição de tornar o clube financeiramente sustentável, com mais receitas operacionais e menos vendas de jogadores, permitindo apenas que estes sejam vendidos apenas pelo valor da cláusula de rescisão. Na minha opinião, esta é uma visão utópica, visto que entendo que a venda de jogadores é uma realidade que os clubes portugueses não podem evitar.
O que defendo que o Benfica deve fazer não é vender os jogadores à primeira oportunidade, nem evitar ao máximo a venda dos mesmos, mas sim implementar uma estratégia que permita ao clube acautelar-se de cada venda, algo que é possível com um projecto sólido e bem estruturado.
A nível administrativo e institucional, Rui Gomes da Silva pretende que o Benfica tenha uma voz mais activa nos organismos que governam o futebol português, como a Liga de Clubes e a Federação Portuguesa de futebol; defendendo, por exemplo, que a Sede da Liga de Clubes deveria situar-se em Lisboa e não no Porto.
Uma outra medida em relação ao futebol masculino digna de realce e que vai ao agrado dos adeptos, é que a Eusébio Cup seja realizada todos os anos e sempre no Estádio da Luz, sendo o jogo de apresentação do plantel aos sócios.
O futebol feminino também não é esquecido, sendo algumas medidas propostas pela lista a sua integração na SAD e o direito a utilizar as instalações do Benfica Campus no Seixal, de modo a que o futebol feminino possa usufruir dos mesmos recursos financeiros e infra-estruturais que o masculino. Estas são duas medidas que merecem inteiramente a minha aprovação.