3. Weldon: 27 jogos, 19 como suplente utilizado – seis golos
O SL Benfica perdia em casa com o CS Marítimo. Depois da melhor pré-época em 15 anos e da histeria generalizada, agora instakava-se a depressão na massa adepta. Contudo, havia uma carta na manga.
Weldon, o protége de Jesus que viera do CF Os Belenenses e que não tinha o talento dos artistas principais, surgia como salvador e empatava perto do fim. Menos mal. Passemos à frente até Abril.
Quatro dias depois do 2-1 ao Liverpool de Gerrard e Torres e quatro dias antes da implosão em Anfield, Jesus comandava as tropas na Figueira da Foz. Obviamente que era urgente fazer descansar peças importantes – Ramires e Saviola ficaram no recobro, Amorim e… Weldon eram apostas.
O brasileiro, que estivera fora das opções de forma regular, voltava a ser chamado e era titular pela primeira vez na Primeira Liga. Augusto Inácio tinha preparado, nos laboratórios da Naval 1º de Maio, tática mortífera para fazer apagar a chama das restantes estrelas titulares – Aimar e Di Maria, principalmente.
Correu tudo excecionalmente bem até aos 11 minutos, quando os da casa aumentaram para 2-0, o que provocou um sentimento generalizado de escândalo inadmissível. Weldon não gostou da brincadeira, vestiu-se novamente de salvador e em sete minutos colocou o jogo empatado, antes de Di Maria fazer o terceiro e Cardozo o quarto.
Duas semanas depois, nova batalha de proporções épicas, num Municipal de Coimbra à pinha: o 2-3 final reflete bem a dureza do desafio, durante o qual Weldon teve de fazer mais dois para manter o SL Benfica à tona do título. Os seus golos garantiram sete pontos – o SC Braga, segundo lugar, acabou a seis. Sintomático.