Rafa Silva: o TGV da Luz fica no estaleiro até 2020

    Adquirido pelo SL Benfica ao Sporting Clube de Braga, em 2016, por 16,4 milhões de euros – uma transferência recorde entre clubes portugueses -, Rafael Alexandre Fernandes Ferreira Silva – conhecido no mundo do futebol como Rafa – não teve um início de carreira fácil no clube da Luz. No entanto, três anos passaram e a sua preponderância nas “águias” aumentou abruptamente.

    Atualmente, Rafa é um jogador fulcral na manobra ofensiva dos encarnados, pelo que a sua paragem devido a lesão – sofreu uma desinserção do tendão médio adutor à esquerda, frente ao Olympique Lyonnais, em jogo a contar para a terceira jornada da fase de grupos da Champions League – irá ser uma grande dor de cabeça para Bruno Lage, que só deverá poder voltar a contar com o médio em fevereiro de 2020.

    A evolução de Rafa é algo digno de registo: passou de um extremo puro, que procurava sempre o jogo exterior e que fazia da sua capacidade de drible o principal cartão de visita, para um médio ala que, para além de ser extremamente veloz, sabe jogar em espaços interiores, onde o metro quadrado é mais caro,cujos movimentos de rutura “diagonais” entre o central e o lateral adversários o tornam numa ameaça constante às redes dos seus oponentes.

    O médio leva 30 golos e 18 assistências de águia ao peito
    Fonte: SL Benfica

    Para além de toda a qualidade que apresenta no plano ofensivo, o médio português também é um jogador comprometido com as tarefas defensivas, ajudando o seu parceiro de flanco, Alejandro Grimaldo, a “trancar” o lado esquerdo encarnado.

    Cabe então a Bruno Lage encontrar a melhor solução para colmatar a ausência do craque ribatejano. As alternativas diretas – e mais lógicas – são Caio Lucas, Franco Cervi ou Jota, que são alas de raiz. No entanto, nenhum deles tem a capacidade de desequilíbrio e de jogo interior que Rafa apresenta.

    Outra alternativa poderá ser a adaptação de um médio criativo à ala, como Taarabt ou Chiquinho. Nesse caso, os encarnados perderiam velocidade e poder de explosão, mas ganhariam mais presença no meio-campo.

    No meio de tantas dúvidas, há uma certeza: o Benfica não tem, neste momento, uma alternativa que ofereça a qualidade que o português proporciona, pelo que Bruno Lage terá de adaptar as dinâmicas da equipa de modo a atenuar a ausência de Rafa.

    Foto de capa: SL Benfica

    Artigo revisto por Inês Vieira Brandão

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    João Pedro Coelho
    João Pedro Coelhohttp://www.bolanarede.pt
    O João não sabe escrever biografias. Posto isto, apraz apenas dizer que estuda Jornalismo na Escola Superior de Comunicação Social, e que tem um amor incondicional pelo Sport Lisboa e Benfica.