SISTEMA TÁTICO
Por partes: nas duas primeiras temporadas de Rui Vitória à frente dos destinos do Benfica, o sistema tático utilizado foi o mesmo que o do seu antecessor. Um esquema 4x4x2, com dois médios, um mais defensivo e outro mais ofensivo, dois extremos puros, um avançado móvel e um fixo.
Em relação às ideias de Jorge Jesus, que deram frutos inequívocos, Rui Vitória decidiu aproveitar o legado do seu homólogo e apresentou, na sua primeira temporada, poucas nuances. As referências nas zonas de pressão, o controlo da profundidade ou os movimentos ofensivos não sofreram alterações. Na segunda época – 2016/2017- notou-se já uma ligeira mudança: graças a um perfil de jogador diferente, mais criativo e menos físico, o Benfica passou a oferecer ao seu médio de criação outra liberdade para se mover. Não só com bola mas também sem ela.
A derradeira alteração deu-se, no entanto, no decurso da presente temporada. Após um arranque titubeante, Rui Vitória decidiu colocar de parte o 4x4x2 – que nunca antes tinha trabalhado na sua carreira até chegar ao Benfica – e apostar no 4x3x3. Não se pode dizer, com total certeza, que esta alteração tenha melhorado, de sobremaneira, o jogo encarnado. As variações do modelo anterior, salvo algumas exceções, permaneceram.