Da glória bracarense à espera de oportunidades – Entrevista a Domingos Paciência

    “O nome Paciência já não atormenta o Gonçalo”

     

    (BnR): Acha que o Gonçalo sente mais pressão por ser seu filho?

    (DP): O peso nas costas é maior. Lembro-me quando o Gonçalo ou o Vasco estavam comigo e alguém se cruzava connosco a primeira coisa que lhes diziam era que iam ser como o pai como se ele fosse obrigado a isso. É crueldade das pessoas, sem má intenção, mas numa criança, numa fase de crescimento causa uma grande pressão, mas já está ultrapassado. Quando acontecem coisas boas ou falam nele vem sempre que é meu filho mas já não o atormenta como o poderia ter atormentado numa fase inicial. Cada um tem de seguir o seu caminho e ser feliz, independentemente do caminho que siga.

    (BnR): É fácil separar o Domingos treinador do Domingos pai quando aconselha os seus filhos ou uma junção dos dois é importante para o crescimento deles?

    (DP): Eu não sou muito de dar palpites. Às vezes meto-me a jogar à bola com eles mas não aprofundo muito. Eles vão crescer e vão perceber as dificuldades que têm e o que precisam de trabalhar. Uma vez ou outra chamo a atenção para uma situação mas não entro muito por ser meu filho, não quero meter pressão e não sou exigente, dou-lhes liberdade.

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