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Américo – O guarda-redes foi contratado para jogar nos juniores do FC Porto em 1951 e no ano seguinte já se estreava na baliza da equipa principal, tornando-se aos 19 anos o mais jovem guarda-redes a estrear-se no Campeonato Nacional.
No entanto, na baliza portista ainda pontificava Barrigana e a inspeção militar obrigatória na altura adiaram a afirmação. O jovem teria assim de esperar ainda alguns anos até ser o dono da posição no onze. Contudo, mesmo dois anos longe do FC Porto não deitaram por terra a confiança que os dirigentes tinham no guarda-redes que permanecia nos quadros do FC Porto.
Depois da interrupção forçada, voltou para ser o terceiro guarda-redes portista e ainda precisou de um empréstimo no Boavista para se afirmar no seu clube. Em 1961/62 agarrou definitivamente o lugar na baliza com grandes exibições.
Muita segurança entre os postes, boa capacidade em sair aos cruzamentos e reflexos muito rápidos eram os cartões de visita de Américo que travou vários duelos com o benfiquista Eusébio.
Tal como o Pantera Negra, o guarda-redes também foi um dos Magriços no Mundial 66 que foi até ao momento a melhor participação portuguesa em Campeonatos Mundiais sem, contudo, se ter chegado a estrear. Ao todo, Américo teve 15 internacionalizações.
Já no FC Porto, fez 272 jogos, sendo o titular praticamente durante toda a década de 60. Apesar de só ter sido campeão nacional em 1958/59, o FC Porto foi em várias épocas a melhor defesa com o guarda-redes portista a receber o primeiro troféu “Baliza de Prata” que distinguia o guardião da equipa com a defesa menos batida do Campeonato.
A carreira duraria até aos 36 anos, altura em que ainda era dono e senhor da baliza azul e branca por uma lesão grave.