11.
Islam Slimani – da Argélia para o mundo por 300.000€. Lembro-me da primeira vez que o vi: ele transpirava uma postura desajeitada e pedante e remetia-me para o Corcunda de Notredame. O engano era meu, somente. Apercebi-me da raça numa das aceções da palavra, da corrida desenfreada por ser o primeiro homem a defender, da pouca qualidade técnica dos membros posteriores transformada no necessário e suficiente, da cabeçada como sentença de morte e da esperteza dentro da grande área. E, se um jogador já é assim e conquista o nosso coração, imaginem quando ele bate no peito e morde a língua aquando do festejo. Não me vou alongar, tremo só de falar nisto… Não há justiça no futebol.
Artigo revisto por Inês Vieira Brandão