– Outro Sporting –
“Não sei se por opção de Keizer ou de lá de cima, deixei de jogar”
BnR: Como encontraste o clube quando voltaste ao Sporting?
J: Encontrei um clube diferente, com um estrutura também ela diferente. Mudaram tudo: o piso, o balneário… mas por mais mudanças que fizessem para ajudar a esquecer o que se passou, a televisão e a imprensa escrita continuavam a massacrar-nos com o ataque a Alcochete. Se não tiver psicológico forte, você desiste.
BnR: Foi com Marcel Keizer que deixaste de ser opção. Foi-te dada alguma justificação pelo treinador holandês?
J: Eu comecei jogando com ele – dois ou três jogos, se não estou em erro -, fiz duas assistências e ganhámos esses jogos. Depois, não sei se por opção dele ou de lá de cima, deixei de jogar e ninguém me justificou o porquê dessa opção. Ele apenas me disse, num jogo em Alvalade, “Você não vai jogar, vou pôr o Marcos [Acuña]”.
BnR: Muito se falou sobre a tua saída, que descreveste como uma “falta de respeito”. Antes disso, treinavas separado do grupo. Sentiste-te prejudicado pela boa relação que mantinhas com Bruno de Carvalho?
J: Senti. Um dia, quando regressar a Portugal, ainda vou contar o que aconteceu. Foi uma falta de respeito o que fizeram comigo.
BnR: Por exemplo?
J: Mudaram a data em que tinha de apresentar-me no clube e escreveram “Tem que se apresentar em tal dia”, quando sabiam que isso ia obrigar-me a alterar a data da passagem que já tinha comprado; pedi-lhes ajuda e disseram que tinha de resolver sozinho. Paguei um valor absurdo, mas “Ok, beleza”.
BnR: O teu vínculo ao Lugano termina no próximo mês. Vias com bons olhos um regresso a Portugal?
J: Se souber de um clube que esteja me querendo aí, me fala que eu vou! [risos]
Todas as fotografias usadas nesta entrevista foram retiradas
do Facebook do entrevistado de forma consentida