Sporting 2-1 SC Braga. One more time!

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    No rescaldo do jogo entre Leões e Minhotos, a contar para a 21ª jornada, fica para a história de mais uma vitória suada mas saborosa por parte do Sporting.

    Sem Adrien nem Montero, peças vitais no xadrez do Sporting de Leonardo Jardim, muito se falou durante a semana sobre quem seria o elemento a ocupar a chamada posição 8, tão importante na estratégia ofensiva da equipa. O escolhido foi Gerson Margrão.

    Perante 30 mil fiéis, a equipa da casa começou forte, ameaçando marcar cedo, tal como no jogo da primeira volta. Carillo e Mané entraram endiabrados e de olhos postos no gigante Slimani, desejoso de mostrar que pode ser titular mais vezes. Com o Braga a sair bem no contra-ataque, o jogo serenou e as equipas encaixaram no relvado. Numa dessas saídas, os arsenalistas chegaram ao golo num lance palerma, azarado, daqueles que parece que só acontecem ao Sporting – a bola rematada por Rafa bate em Cédric, depois bate no poste, depois bate em Rui Patrício e acaba por entrar… Enfim… Restavam 10 minutos à primeira-parte e o Sporting reagiu bem, ficando mesmo muito perto de marcar perto do apito para o intervalo.

    No descanso, a esperança misturava-se com o nervoso miudinho de que o Sporting ia precisar de ser enorme na segunda-parte para arrecadar os 3 pontos. Pedia-se mudança, pedia-se mais meio-campo, que estava a acusar muito a falta do seu almirante.

    Magrão não se conseguiu impor no miolo Fonte: Sporting.pt
    Magrão não se conseguiu impor no miolo
    Fonte: Sporting.pt

    Leonardo não mexeu ao intervalo e deu mais 10 minutos ao triângulo Carvalho-Magrão-Martins até fazer a primeira alteração. Adivinhava-se a saída de Magrão mas foi Martins que deu lugar a Heldon. Mané passou para as costas de Slim e Heldon ocupou o corredor. E de repente, o Sporting apareceu. William pegou no meio-campo e meteu-o num bolso (a sério, rapaziada, que monstro este miúdo se está a tornar). Mané, com mais liberdade para jogar, conquista uma grande penalidade após passe a rasgar de Slimani. Jefferson bateu bem e sacudiu o bruxedo.

    Jefferson marcou o primeiro. Um golo tão importante para si como para a equipa Fonte: Maisfutebol
    Jefferson marcou o primeiro. Um golo tão importante para si como para a equipa
    Fonte: Maisfutebol

    20 minutos para o fim, «’Bora Sporting!», gritava-se nas bancadas, em casa, nas tascas, um pouco por todo o mundo. Felizmente, não tivemos de esperar muito. 5 minutos depois, Slim, Slim, Slimani mete justiça no marcador e consuma a reviravolta do Sporting. O Argelino pode não ser um artesão ou um velocista, mas quando chega a hora de empurrar a redondinha lá para dentro, Slimani não desaponta.

    A partir daí e até ao apito final, a equipa recuou e juntou as linhas, sempre muito segura a defender. Houve ainda tempo para uma excelente defesa de Rui Patrício.

    Mais 3 pontos, mais um objectivo alcançado. Faltam 9. E sabem que mais, meus caros? Não me importo de perder uns aninhos de vida todas as semanas a ver o Sporting ganhar.

     

    Figura: Leonardo Jardim

    Perante a ausência de Adrien, o treinador apostou de início em Magrão. Não o fez à toa, lançou-o na equipa B na semana passada para o Brasileiro aguentar os 90′ esta noite. Correu lindamente? Não. Mas agora, depois do jogo, é fácil de analisar e criticar. Leonardo Jardim tinha um plano, foi tudo menos teimoso e adaptou-se ao que viu dentro das 4 linhas. Leu o jogo, percebeu o que estava a acontecer ao intervalo e mexeu na equipa com precisão de cirurgião. Mais uma vez, decisivo.

     

    Fora-de-jogo: O instinto goleador

    Curiosamente, pelo segundo jogo consecutivo, o Sporting faz a remontada no marcador após marcar um auto-golo. Na semana passada foi Maurício, hoje foi a vez de Patrício. Será azar ou teimosia que os nossos jogadores não querem mesmo deixar adversários marcar?

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    Jorge Oliveira
    Jorge Oliveira
    O Jorge é uma espécie de "enviado especial" do Bola na Rede. A viver em Londres, acompanha religiosamente a Liga Inglesa e sofre de longe pelo seu Sporting. A distância não esmorece, porém, a paixão pela bela da bifana, pela imperial gelada, pela queijadinha de Sintra e por tudo o resto que é sinónimo de bola e de Portugal.                                                                                                                                                 O Jorge não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.