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Leoas e Águias dividem louros da pista coberta

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Disputaram-se este fim-de-semana os Campeonatos Nacionais de Pista Coberta da I e II Divisões no Expocentro, em Pombal.

Quanto à prova da II Divisão, os vencedores foram o Grupo de Atletismo de Fátima, no sector feminino, e o AC Póvoa de Varzim, no sector masculino. Na Divisão principal o Sporting Clube de Portugal venceu de forma esclarecedora no quadrante feminino, enquanto que na vertente masculina Águias e Leões lutaram taco a taco, muito em parte devido ao precalço leonino na prova dos 400 metros, acabando o Sport Lisboa e Benfica por ser mais forte nas últimas 3 provas.

Como já vem sendo hábito, a equipa feminina do Sporting Clube de Portugal dominou a competição de forma incontestável, vencendo 11 das 14 provas disputadas: Lorene Bazolo (60 metros), Vitória Oliveira (3.000 metros marcha), Cátia Azevedo (400 e 800 metros) Olímpia Barbosa (60 metros barreiras), Evelise Veiga (triplo salto), Marta Onofre (salto com vara), Rosalina Santos (200 metros), Jéssica Inchude (lançamento do peso), Sara Moreira (3.000 metros) confirmaram o favoritismo que lhes era atribuído, com a estafeta 4×400, composta por Andreia Crespo, Dorothe Évora, Carina Vanessa e Filipa Martins, a ficar também no 1.º lugar da respectiva prova. Quanto às restantes 3 disciplinas, Yariadmis Arguelles (SL Benfica) venceu a prova do salto em comprimento, Catarina Queirós (ACD Jardim da Serra) foi primeira no salto em altura) e nos 1.500 metros foi Mariana Machado a dar 8 pontos ao SC Braga. Contas feitas, o Sporting CP terminou a competição destacadíssimo no 1.º lugar com 105 pontos somados, mais 26 pontos que o 2.º classificado, a Juventude Vidigalense.

O SC Braga fechou o pódio com 66 pontos somados, mais 1 que o SL Benfica e a metade inferior da tabela classificativa ficou assim ordenada: ACD Jardim da Serra (54 pontos), GD Estreito (53 pontos), GRECAS (46 pontos) e ACR Sra. do Desterro (34 pontos). As Leoas conquistaram assim o título pela 8.ª vez consecutiva, totalizando 23 triunfos em 25 edições da competição.

O SL Benfica fez a festa no final Fonte: SL Benfica
O SL Benfica fez a festa no final
Fonte: SL Benfica

Já nos masculinos a competição acabou por ser bastante equilibrada. Os Leões até venceram 8 das 14 provas, no entanto uma desqualificação acabou por equilibrar a balança, aproveitando as Águias para assegurar a vitória final. Ancuiam Lopes (60 metros), Miguel Paim Marques (salto em comprimento), Nuno Lopres (1.500 metros), João Vieira (5.000 metros marcha), Nelson Pinto (salto em altura), Rasul Dabó (60 metros barreiras), Rubem Miranda (saldo com vara) e Carlos Nascimento (200 metros) triunfaram nas respectivas provas, enquanto que do lado encarnado os triunfos surgiram por intermédio de Ricardo Dos Santos (400 metros), Pablo Picharo (triplo salto), Tsanko Arnaudov (lançamento do peso), Samuel Barata (3.000 metros) e da estafeta 4×400, composta por Mauro Pereira, João Coelho, Raidel Acea e Ricardo dos Santos.

Nos 800 metros o vencedor foi Nuno Pereira, do GD Estreito, Sandy Martins, do Sporting CP, foi 2.º e o benfiquista João Fonseca ficou no 3.º lugar. Nos 400 metros o atleta Jordin Andrade, do Sporting CP, conseguiu cortar a meta em 2.º lugar, contudo foi desqualificado, isto porque pisou a linha limite interior do seu corredor, algo que não é permitido, o que fez com que o Sporting CP não somasse qualquer ponto. No final, acabou por ser o SL Benfica a ter mais 1 ponto somado (100) que o Sporting CP, recuperando assim o ceptro que na temporada transacta havia sido recuperado pela turma verde e branca. O SC Braga fechou o pódio com 68 pontos averbados, enquanto que a Juventude Vidigalense ficou no 4.º posto com 61.50 pontos. Seguiram-se GD Estreito (56.50 pontos), ACD Jardim da Serra e CA Seia (45 pontos) e Maia AC (27 pontos).

Quanto aos destaques individuais, nota para Tsanko Arnaudov que bateu o recorde nacional de lançamento do peso em pista coberta, que já lhe pertencia (21.08 metros), com a marca de 21.27 metros. Realce também para o apuramento de Cátia Azevedo nos 400 metros para os Mundiais Indoor de Birmingham, com a marca de 53.13 segundos, batendo assim o seu recorde pessoal em pista coberta (53.30 segundos). Por fim, referir que também na estafeta 4×400 masculina o recorde nacional indoor caiu “por 2 vezes”, isto porque tanto Águias como Leões melhoraram esse registo, com os encarnados a estabelecerem o novo recorde em 3 minutos e 13,45 segundos.

Foto de Capa: Sporting CP

Slalom Gigante em Esqui Alpino: Arthur Hanse cumpre e Hirscher duplica a conta

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Depois de não ter terminado nenhuma das duas provas em que competiu em Sochi 2014, Arthur Hanse voltou aos Jogos Olímpicos com algo a provar a si mesmo e aos portugueses e, com mais quatro anos de experiência, apontava a um lugar no meio da tabela em Slalom e Slalom Gigante, provas do Esqui Alpino em que voltava a participar. O esqui alpino é uma prova contrarrelógio de descida de montanha em velocidade, com passagens obrigatórias por pórticos.

Para a prova de Slalom Gigante, a primeira das duas com presença lusa, o maior favorito era inequivocamente Marcel Hirsher, líder da Taça do Mundo de Esqui Alpino tanto em Geral como na disciplina e já vencedor do ouro na prova de Combinado Alpino. Entre os seus adversários, Henrik Kristoffersen era o mais cotado, ainda que somente Alexis Pinturault e Stefan Luitz tenham conseguido ficar à sua frente em provas de Slalom Gigante na Taça do Mundo deste ano. No entanto, o alemão falhou as Olimpíadas por lesão, privando a disciplina de um dos seus melhores intérpretes.

Logo na primeira manga, o suíço assumiu a liderança com uma boa vantagem com Pinturault a ocupar a 2ª posição a 0,63 segundos e mais quatro homens a menos de 1 segundo do líder. Bem mais para baixo, Kristoffersen foi apenas 10º e perdia já 1,31 segundos para Hirscher. A segunda descida fez-se a menor velocidade e viu Kristoffersen estabelecer um tempo forte e ir subindo na classificação à medida que os adversários iam descendo e se mostravam incapazes de o bater.  O surpreendente italiano Ricardo Tonetti que foi 4º na primeira ronda sem ninguém contar, caiu e viu esfumarem-se as hipóteses do sonho da medalha olímpica. Finalmente, faltavam apenas Pinturaul e Hischer para disputar a vitória com Kristoffersen. O francês fez um tempo aquém, apenas 12º da segunda manga e acabou por ficar com bronze, a apenas quatro centésimos de segundo do norueguês. Os mesmos quatro centésimos deram a Kristoffersen a honra da melhor segunda descida face a Hirscher, mas o suíço confirmou confortavelmente o seu segundo ouro olímpico, terminando com uma vantagem de 1,27 segundos.

Arthur Hanse a descer a alta a velocidade Fonte: Facebook Oficial de Arthur Hanse
Arthur Hanse a descer a alta a velocidade
Fonte: Facebook Oficial de Arthur Hanse

Com 110 esquiadores inscritos, Hanse precisava, acima de tudo, de reescrever a história dos últimos Jogos e dos últimos Mundiais e terminar a prova. A primeira ronda decorreu sem incidentes, mas a mais de 14 segundos de Hirscher e apenas no 76º lugar. Na segunda descida, o tempo voltou a não ser dos melhores, mas o luso-descendente aguentou a pressão, ao contrário de vários dos seus oponentes e aproveitou mais algumas desistências para escalar até ao 66º posto.

É um resultado com sabor agridoce, já que falha o objetivo traçado de chegar aos 50 primeiros, mas consegue terminar a prova e obtém um resultado bem positivo para aquele que é o seu estatuto na cena internacional do Esqui Alpino. O português volta a competir na madrugada de quinta-feira para disputar o Slalom. A primeira manga começará às 1h15 e a segunda pelas 4h45 (horário de Portugal Continental).

Foto de Capa: FIS

Alex Telles: Tomada de decisão vs. precisão

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Com a goleada frente ao Rio Ave FC Alex Telles mostrou, tal como tem sido habitual, ser um jogador fulcral no decorrer da partida, com duas assistências para golo. Contratado em julho de 2016 aos turcos do Galatasaray SK, e numa altura em que atravessa uma excelente forma no Dragão, o brasileiro trouxe força, técnica e velocidade ao corredor esquerdo portista. Após uma boa época de estreia de dragão ao peito, o lateral esquerdo tem continuado a afirmar-se no futebol europeu.

Tal como na época passada, o brasileiro tem contribuído de forma decisiva para os bons resultados que o FC Porto tem vindo a alcançar na presente temporada. Com assistências importantes, fruto da estratégia da equipa em dar profundidades às suas laterais e potenciar contra-ataques e cruzamentos dado à qualidade das suas alas, o lateral esquerdo é neste momento peça-chave no onze de Sérgio Conceição, revelando segurança, agressividade e qualidade tanto a nível atacante como defensivo.

Alex Telles é o "rei das assistências" da Primeira Liga Fonte: Facebook de Alex Telles
Alex Telles é o “rei das assistências” da Primeira Liga
Fonte: Facebook de Alex Telles

Com 36 jogos disputados esta época em todas as competições, Alex Telles é neste momento o rei das assistências da Primeira Liga 2017/18, com um total de 11, mais três do que a concorrência mais próxima. Estes números sustentam o facto de o FC Porto ser, neste momento, a equipa na Europa (principais ligas europeias) com mais duelos aéreos ganhos, 64%, sendo 57,2% destas disputas em momentos ofensivos.

De acordo com as estatísticas oficias da UEFA, e num momento que a equipa azul e branca enfrenta uma eliminatória complicada frente ao Liverpool FC confirma-se que os dragões foram, durante o período da fase de grupos, a sexta equipa com mais cruzamentos eficazes (atrás de clubes como Real Madrid CF e FC Bayern Munique), sendo que metade dos 30 contabilizados foram efetuados por Alex Telles.

Em ano de Mundial, e numa fase da época na qual apresenta excelentes números, Alex Telles atravessa o seu melhor momento desde que chegou ao Dragão sendo uma forte hipótese para agarrar um lugar na seleção brasileira para o Campeonato do Mundo, onde enfrenta a concorrência de jogadores como Marcelo e Filipe Luís. O defesa portista procura agora dar continuidade ao bom momento individual e coletivo, ajudando o FC Porto na luta pela conquista da Liga Portuguesa e da Taça de Portugal.

Foto de Capa: metro.com.uk

artigo revisto por: Ana Ferreira

Kwiatkowski coroado vencedor da Algarvia na dança do Malhão

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Terminou hoje a 44.ª Volta ao Algarve em bicicleta, que coroou Michal Kwiatkowski (Team Sky) como vencedor da prova. A organização está de parabéns quer pela escolha do percurso, que teve um pouco de tudo, quer pelo pelotão que se apresentou com muitos nomes sonantes.

Os destaques da corrida vão inevitavelmente para o vencedor mas há outros nomes que se destacaram na prova algarvia.

Dylan Groenewegen (Team LottoNL-Jumbo) venceu duas etapas, etapas essas dedicadas ao sprinters beneficiando de grande ajuda da sua equipa nas chegadas a Lagos e Tavira com comboios organizados e que ajudaram a que o holandês batesse toda a concorrência.

Na sua terceira participação na prova algarvia Groenewegen consegue não só ter a sua primeira vitória na prova, como consegue fazê-lo por duas vezes mostrando que é um ciclista jovem e com margem de progressão e que certamente irá ser um dos grandes nomes da sua geração.

Dylan Groenewegen consegue uma de duas vitórias na volta ao Algarve  Fonte: Nuno Raimundo
Dylan Groenewegen consegue uma de duas vitórias na volta ao Algarve
Fonte: Nuno Raimundo

No campo dos sprinters e em relação aos portugueses gostei de ver as prestações na primeira etapa de Luis Mendonça (Aviludo-Louletano) e João Matias (Vito-Feirense-Blackjack) que foram os melhores portugueses terminando no 10º e 13º  lugar respectivamente fora do núcleo das melhores equipas portuguesas, o que mostra a qualidade dos nossos ciclistas mesmo em equipas de menor dimensão.

FC Porto 5-0 Rio Ave FC: Golear sem nota artística

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Depois da pesada derrota a meio da semana frente aos ingleses do Liverpool FC e com muitas (pelo menos cinco) feridas para sarar, o FC Porto regressou hoje à Primeira Liga com a enorme responsabilidade de demonstrar que a Europa são águas passadas e que o principal objetivo continua intacto. Como adversário tinha o Rio Ave FC, seguro no 5º lugar, sem nada a perder e uma das equipas com um futebol mais entusiasmante em Portugal.

Uma vitória (e consequente recuperação do 1º lugar) e, não menos importante, uma exibição categórica era o que se pedia e exigia a uma equipa que, sob o leme de Sergio Conceição, tem realizado uma temporada assinalável. No onze inicial portista importa realçar a entrada de Casillas para a baliza, penalizando José Sá pela sofrível exibição contra o Liverpool FC e por não ter mostrado, à exceção do jogo com o SC Braga, qualidades suficientes garantir estatuto de imprescindível e, ainda, as titularidades de Maxi, Felipe e Corona em detrimento do lesionado Ricardo, Reyes (relegado para o banco) e Otávio (ficou na bancada), respetivamente. Portanto, o FC Porto entrou em campo com o seguinte alinhamento: Iker Casillas; Maxi Pereira, Felipe, Marcano e Alex Telles; Corona, Herrera, Sérgio Oliveira e Brahimi; Marega e Soares.

Por seu turno, Miguel Cardoso, timoneiro do Rio Ave FC, apresentou no Dragão um onze sem grandes alterações em relação ao passado recente da equipa: Cássio; Lionn, Nelson Monte, Marcelo e Yuri Ribeiro; Tarantini e Pelé; Barreto, Chico Geraldes e João Novais; Guedes.

Quanto ao filme do jogo, a partida começou com o golo inaugural dos dragões marcado por Sérgio Oliveira, logo aos 2 minutos, num remate seco e colocado. Um golo que deveria ter conferido tranquilidade à equipa pareceu embalá-la numa apatia geral que durou 15 minutos. Após um livre de Brahimi à trave da baliza de Cássio o FC Porto despertou e foi, acima de tudo, eficaz. Com posse de bola mas sem grande caudal ofensivo, as redes do Rio Ave FC voltaram a balançar ao minuto 22 num cabeceamento de Soares após canto (mais um) batido por Alex Telles e, ao minuto 34, quando um defesa do Rio Ave FC desviou para a própria baliza um cruzamento de Marega. Domínio total dos dragões no primeiro tempo mas um resultado exagerado e avolumado por via de uma tremenda eficácia do FC Porto.

Sérgio Oliveira tem estado em destaque e hoje voltou a marcar Fonte: Facebook do FC Porto
Sérgio Oliveira tem estado em destaque e hoje voltou a marcar
Fonte: Facebook do FC Porto

Com um resultado confortável alcançado na primeira metade os azuis e brancos entraram na etapa complementar em ritmo de treino e poucos foram os motivos de interesse. O Rio Ave FC teimava em não criar dificuldades e o FC Porto avançou naturalmente para o quarto e quinto golos sem forçar a nota. Marega (aos 72 minutos) e Soares (golo validado pelo VAR) foram os marcadores. Importa ainda ressalvar a entrada de Óliver Torres, pérola esquecida no banco de suplentes que, na minha opinião, merece mais tempo de jogo, e do jovem Diogo Dalot, que fez a sua estreia na Primeira Liga.

Foi uma vitória expressiva e era importante que assim fosse para elevar e confortar os índices anímicos da equipa. No entanto, apesar da goleada, foi um FC Porto sem nota artística mas quanto baste para bater um Rio Ave FC que desiludiu esta noite no Estádio do Dragão. Foi mais uma batalha nesta longa caminhada que se espera e deseja que tenha o título nacional como destino final. Faltam onze. É fundamental, agora, mudar o chip e preparar a equipa física e mentalmente para a circunstância inédita que será defrontar o GD Estoril Praia na próxima quarta feira num jogo em que a equipa entra a perder e tem apenas 45 minutos para remontar.

O (en)canto do Cisne de Carlos Carvalhal

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Cabeçalho Liga Inglesa

Em Inglaterra, o prémio de melhor treinador do mês (referente a janeiro), foi entregue a Eddie Howe. Na minha modesta opinião, e solidariedades patrióticas à parte, houve quem tivesse sido melhor: Pep Guardiola ou Carvalhal. Talvez lá por Inglaterra já se tenham habituado ao ritmo vitorioso dos comandados pelo catalão, ou se tenham esquecido do quase milagre alcançado por Marco Silva, no ano anterior. Talvez a incrível derrota imposta ao Chelsea (0x3), em pleno Stamford Bridge, pelo Bournemouth, sustente essa atribuição.

O que o City está a fazer é de loucos, não há como negar. Já não serão invictos, mas o registo está constantemente a ser selado com o carimbo de vitória. Já são 16 pontos a separar os dois “Manchesters”. Há que achar outro para entregar o prémio, senão fica redundante e enfadonho, não? Não conheço os critérios, mas leva-me a crer que é assim que acontece.

Por outro lado, literalmente falando, temos o Swansea. No início do ano encontrava-se no fundo do poço, agora até já se vê à tona. Não digo em terra firme, mas com a dinâmica que estava escondida e foi colocada em prática pelo antigo treinador do Sporting, os ‘swans’ jogam a bola de uma maneira apaixonada, como se auto intitula o português, de apreciador e até embaixador do futebol romântico. Apaixonante. Penso que todos gostamos, apesar da crescente disciplina tática a ser posta em evidência. Penso que ambos têm de estar presentes, já que equipas que jogam com blocos emperrados e presos não costumam agradar aos seus adeptos. Bem, a não ser que ganhem, não é?

Fazer do Liverpool “um ferrari no trânsito de Londres às quatro da tarde”, a metáfora que deu que falar e bem espelha a inteligência e pragmatismo do técnico lusitano.

Fazer do Liverpool um ferrari no trânsito de Londres às quatro da tarde, a metáfora que deu que falar e bem espelha a inteligência e pragmatismo do técnico lusitano Fonte: Swansea City
Fazer do Liverpool um ferrari no trânsito de Londres às quatro da tarde, a metáfora que deu que falar e bem espelha a inteligência e pragmatismo do técnico lusitano
Fonte: Swansea City

Apaixonante é, também, cada vez mais, o cartão de visita dos treinadores portugueses. Desde os feitos de Mourinho no seu primeiro percurso no Chelsea, foi criada uma característica específica dos nossos nos olhos dos ingleses. Uma característica muito importante no mundo do futebol, que é a competência. Podemos nem sempre ser os melhores, mas somos sérios e temos ideias práticas que podem ser usadas na hora. Cada um com o seu estilo, mas os traços são comuns. Até Villas-Boas, que apesar de não ter deixado grandes admiradores por lá, ainda venceu uma Taça de Inglaterra (Chelsea, 2011/12),  e deixou esses traços, que caracterizam um futebol bem pensado e vivo, bem ao estilo tuga.

Além do futebol, a própria postura com a imprensa, por exemplo, é de realçar. O que faz, como o episódio bem recente de oferecer pastéis de nata, e inclusive brincar com os repórteres, torna a pressão menor no seio do seu trabalho, e faz-me acreditar que favorece todos. Carvalhal tem um certo carisma, um modo de encarar o seu trabalho muito à base do bom humor e boa disposição, tornando o ambiente de trabalho mais agradável e a sua pessoa mais respeitada. No Sheffield Wednesday, foi despedido, apesar dos registos notáveis alcançados, e agora tem oportunidade para os despedir a eles da FA Cup. Justiça poética, “como diz o outro”, e quão bem sabe, quando é servida.

O que Carvalhal está a fazer não pode ser ignorado. O Swansea, para quem não sabe, estava completamente afundado e agora, como disse acima, está à tona! Embora a nível de pontos não esteja muito além da linha de água, está numa posição inimaginável para qualquer adepto do Swansea, que já via a descida “ao fundo do poço”.

Foto de capa: Swansea Ciy

Artigo revisto por: Jorge Neves

Moreirense FC 0-1 GD Chaves: “Brincadeira” de Belkaroui define jogo

Cabeçalho Futebol NacionalO GD Chaves foi este domingo a Moreira de Cónegos vencer o Moreirense FC. Num jogo com pouca história, uma grande penalidade convertida por Bressan chegou para a equipa de Luís Castro levar para casa os 3 pontos.

Os transmontanos trocaram apenas o seu guarda-redes comparativamente ao onze que apresentou frente ao FC Porto na jornada anterior: saiu António Filipe para dar lugar a Ricardo. Do lado do Moreirense Alfa Semedo estava indisponível por castigo. Quem o substituiu no onze foi Boubacar.

As duas equipas entraram em campo em situações muito diferentes: o GD Chaves a espreitar o quinto lugar que pode dar acesso às competições europeias; o Moreirense FC a precisar de pontos para fugir à zona de despromoção.

O jogo começou com pouca intensidade. Dava a impressão que o 0-0 agradava a ambas as equipas, tal era a demora em todas as reposições de bola. Escassas foram as aproximações com perigo a ambas as balizas. O primeiro remate surge apenas aos 9 minutos, e foi de bola parada: Edno bateu para defesa fácil de Ricardo.

Ora a falta de inspiração, ora a falta de sorte iam evitando mudanças no marcador. Talvez Luís Castro e Petit tivessem assinado um pacto de não-agressão antes do início da partida. O jogo chegou ao intervalo empatado a zero e sem lances de perigo a assinalar.

O Moreirense somou a sua segunda derrota consecutiva Fonte: Moreirense FC
O Moreirense somou a sua segunda derrota consecutiva
Fonte: Moreirense FC

A segunda parte começou igual à primeira: com pouca intensidade. Ao minuto 54 surge o primeiro lance digno de realce: Edno serve Tozé à entrada da área que com espaço tenta a sua sorte. O remate do médio emprestado pelo Vitória SC embateu num defensor contrário e saiu pela linha final.

A partir desse lance, o jogo passa a pertencer ao Moreirense FC. Foram os Cónegos que mais ativamente procuraram desfazer o nulo, mas sem criar perigo para a baliza transmontana.

Ao minuto 68 um erro grave de Belkaroui custou caro ao Moreirense FC: o defesa argelino brincou em zona proibida e perdeu a bola para Bressan. Na procura de evitar males maiores, Belkaroui fez falta sobre Bressan que seguia isolado. O jogador do Moreirense FC foi expulso e, depois de analisadas as imagens do lance, foi assinalada grande penalidade a favor do GD Chaves.

Foi Bressan quem converteu o castigo máximo. Jhonatan ainda adivinhou o lado, mas não conseguiu evitar o golo inaugural da partida. 1-0 para o GD Chaves.

Depois do golo o jogo continuou a ser do Moreirense FC, agora com mais pressa em subir no terreno e nas reposições de bola. Mas, tal como aconteceu durante toda a partida, não conseguiu construir lances de perigo. Ao minuto 92 o Estádio Comendador Joaquim de Almeida Freitas chegou a festejar: com uma grande confusão na área, Boubacar cabeceou para o fundo das redes de Ricardo, mas o golo foi anulado por falta ofensiva do médio Guineense.

O GD Chaves sai assim vitorioso de Moreira de Cónegos e aproxima-se à condição do quinto lugar detido pelo Rio Ave. Já o Moreirense FC está ainda mais em apuros: mantém os 19 pontos e a penúltima posição da Primeira Liga.

SC Covilhã 0-2 Leixões SC: Da serra para o mar com os três pontos

Cabeçalho Futebol NacionalPrevia-se um duelo intenso esta tarde no Estádio Santos Pinto, na Covilhã, para a 25.º jornada da Segunda Liga, entre a equipa da casa, Sporting da Covilhã, e a equipa que viajou de Matosinhos para a Serra da Estrela, o Leixões SC. Duas equipas separadas apenas por dois pontos eram um aperitivo enorme para quem se deslocou ao estádio, mas a verdade é que o jogo foi um jogo totalmente dominado pela equipas do Leixões que sem surpresa venceu assim num campo difícil por duas bolas a zero.

Primeira parte de sentido único, a equipa de Matosinhos dominou completamente o meio-campo serrano e merecia ir para o intervalo em vantagem. Primeira oportunidade do jogo aconteceu aos 16 minutos, depois de um erro do guardião covilhanense, Igor Rodrigues, que dominou mal a bola e aproveitou Evandro Brandão que passou imediatamente a bola para Bruno Lamas que rematou por cima, oportunidade flagrante desperdiçada pelo Leixões.

A única oportunidade de registo do Sporting da Covilhã, nesta primeira parte, surgia à passagem do minuto 23 pelos pés de Reinildo, remate de fora de área que passou a rasar o poste da baliza leixonense. Seria a primeira e única vez que a turma serrana iria aproximar-se com perigo da baliza de André Ferreira. A partir daqui só deu Leixões e um jogador destacava-se, o sub-capitão Bruno Lamas era o mais inconformado. No minuto seguinte ao remate de Reinildo, canto para a equipa do Leixões, Bruno Lamas a marcar e quase que acontecia o golo de canto direto, tirou a bola Igor Rodrigues, a bola ia direitinha para dentro da baliza.

O sub-capitão leixonense não parava e seria dos pés dele que sairia a próxima ocasião de perigo para a equipa de Matosinhos, grande remate aos 41 minutos que passou muito perto da baliza de Igor Rodrigues.

Fonte: Bola na Rede
Fonte: Bola na Rede

Segunda parte que não trouxe nada de novo, o treinador José Augusto descontente com a exibição da sua equipa na primeira parte ainda fez uma substituição ao intervalo com a entrada de Renato Reis, mas não havia nada a fazer e este seria definitivamente um dia não para a equipa do Sporting da Covilhã. Se na primeira parte havia sido Bruno Lamas o mais inconformado, nesta segunda parte foi Breitner quem mais se destacou, o número 10 da equipa do Leixões começou logo aos 52 minutos a querer dar ares da sua graça com um remate perigoso, mas seria à passagem do minuto 64, após tanto domínio, que a turma de Matosinhos chegaria ao golo da vantagem. Livre marcado por Breitner e Zarabi com um corte infeliz a introduzir a bola na sua própria baliza, golo muito festejado pelos 150 adeptos que se deslocaram esta tarde à Covilhã.

O Sporting da Covilhã sentiu o golo sofrido e foi aproveitando esta equipa perdida em campo que o Leixões chegou ao segundo golo da tarde, apenas dois minutos após o primeiro golo, outra bola parada, desta vez um canto outra vez marcado por Breitner que viu o capitão Luís Silva desviar a bola com o pé, ao segundo poste, para dentro da baliza.

Refletia-se assim o domínio leixonense em campo com a vantagem de dois golos muito merecida, o Sporting da Covilhã ainda tentou entrar na luta, mas uma tarde muito desinspirada não desaparece assim do nada e apesar de uma maior posse de bola a turma covilhanense pouco perigo criou na baliza de André Ferreira. O Leixões entrou em gestão e controlou os últimos 20 minutos de jogo, vitória justa e merecida da melhor equipa em campo.

Como seria o jogador de ténis perfeito? – Versão pós 1990

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Cabeçalho modalidadesUm desafio recorrente lançado às pessoas ligadas ao ténis é a “construção” daquele que seria o melhor jogador, somando as qualidades de todas as estrelas que passam e passaram pelos courts. Devido à dificuldade do exercício, e à injustiça em que iria incorrer no caso de colocar todos os jogadores no “mesmo saco” decidi separar as águas e debruçar-me, primeiro, sobre o ténis e os seus protagonistas mais recentes. Por isso, aqui vai aquele que para mim seria o mais completo dos atletas, ponto a ponto, entre os atletas que brilharam de 1990 para a frente.

Serviço:

Fonte: Mark Conrad Photography
Fonte: Mark Conrad Photography

Pete Sampras – O norte-americano, nascido em 1971 é, sem margem para dúvidas, um dos grandes nomes do Hall of Fame do ténis mundial. Do alto dos seus 1,85 metros, Pete foi protagonista de uma geração executando de forma quase irrepreensível o serviço-rede que, desde então, é cada vez mais uma raridade quer no circuito profissional, quer nos escalões de formação. Muito graças ao seu serviço tão explosivo como colocado, Sampras logrou vencer 2 edições do Australian Open, 5 US Open e… 7 edições de Wimbledon.

Vitória FC 1-0 FC Paços Ferreira: No fim, vence a eficácia

Cabeçalho Futebol Nacional

O Vitória recebeu o Paços de Ferreira no Bonfim, nesta tarde com cheiro a Primavera. Ao contrário do tempo, o jogo não estava tão bom. Durante a primeira meia hora, o jogo contou com poucas oportunidades de golo e um ritmo muito àquem do desejado. O primeiro remate de verdadeiro perigo surgir apenas aos 31 minutos, por parte do clube da Capital do Móvel.

O Vitória pareceu querer crescer, começando a apostar na construção do jogo, mas, ainda assim, não conseguiu levar grande perigo à baliza de Defendi. Sem lances com grande interesse ou dignos de análise, foi-se caminhando até ao intervalo, sem grande entusiasmo.

A segunda parte começou como um seguimento da primeira. Jogo lento e bola dividida: assim se pode descrever o que estava a ser o jogo. Assim, cria-se que só um lance de bola parada poderia mudar o placard. E assim foi. Aos 49 minutos, Podstaski sofre falta à boca da área e Patrick Vieira, chamado para bater o livre, abriu um marcador, atirando a bola diretamente para as redes de Rafael Defendi.

O golo não foi o suficiente para dar mais ritmo à partida. O Paços continuou a jogar lento e, o Vitória, mais tranquilo, seguiu o adversário. Aos 61 minutos, Edinho levou perigo até à baliza dos pacenses, mas Defendi negou o golo com uma grande defesa, que resultou num canto a favor dos sadinos. O lance de bola parada não deu em nada e foi batido diretamente para as mãos do camisola número um.

O Paços de Ferreira, nos últimos vinte minutos de jogo, ficou mais atrevido e tentou procurar o golo do empate, sem sucesso.

Os sadinos acabaram mesmo por vencer a partida e a eficácia foi a melhor amiga do Vitória, num jogo “assim-assim”, com mias de quatro mil adeptos do Bonfim.

Foto de Capa: Bola na Rede