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Campeão Mundial atolado na neve

Este ano as estradas estiveram ainda mais brancas do que em anos anteriores. Lá está, branco é o que nós aficionados esperamos de um rali de Inverno. Uma das atrações deste fim-de-semana viu os carros de rali mais rápidos do mundo voarem. Esta atração tem o nome de Colin’s Crest. O maior salto desta edição pertenceu ao norueguês Mads Ostberg, que tripula o Citroen C3 WRC pela primeira vez. Este “voou” 42 metros, para delírio da multidão, que todos os anos lá se junta.

Maior salto deste fim-de-semana pertenceu ao Mads Ostberg
Fonte: Rally Sweden

Mas passemos à ação. A primeira especial juntou dois pilotos ao mesmo tempo, sendo que o mais rápido pertenceu ao Toyota Yaris WRC de Ott Tanak, seguido do seu companheiro de equipa Jari-Mati Latvala e do norueguês da Citroen, Mads Ostberg, numa especial em Karlstad.

O segundo dia de prova foi totalmente dominado pela marca sul-coreana, Hyundai. Thierry Neuville, Andreas Mikkelson e Haydon Paddon formaram o pódio. A surpresa deste dia vai para as formações da Ford e da Citroen. Se no rali passado a Ford e os seus principais pilotos, Sebastian Ogier e Elfyn Evans, mostraram um bom andamento, na neve sueca a história foi completamente diferente. No fim do primeiro dia ambos encontravam-se fora dos dez primeiros classificados. O facto de Ogier abrir a estrada também contribuiu muito para que estivesse abaixo na tabela. Assim sendo, o melhor da M-Sport era Timmo Sunninem na sexta posição da geral.

O finlandês mostrava um bom ritmo, num ambiente quase caseiro para os pilotos nórdicos.
Na Citroen, Craig Breen e Ostberg completavam o top cinco no primeiro dia, enquanto Kris Meeke só conseguia décimo. Breen foi o que mais impressionou, apesar ter ido contra um banco de neve consegui acabar o primeiro dia como líder entre os carros da marca francesa e em quinto da geral. A Toyota colocava os seus três carros nos dez primeiros classificados, mas quem liderava era o mais novo dos seus pilotos, Esapekka Lappi.

Quinas de Ouro 2018: Como poderá o melhor do Mundo não ganhar mais um prémio?

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No dia 19 de Março de 2018, realiza-se a gala Quinas de Ouro 2018, realizada pela Federação Portuguesa de Futebol. No futsal, os três nomeados são: João Matos (Sporting CP), Nílson (SC Braga) e Ricardinho (Inter Movistar).

Para quem não sabe, as Quinas de Ouro premeiam os melhores de futebol, futsal e futebol de praia de cada ano, portanto as Quinas de Ouro 2018, premeiam os melhores de 2017. Os 3 nomeados de cada categoria são eleitos pelo conselho de quinas de Ouro, que teve este ano como presidente o ex-internacional português, Luís Figo. Já o vencedor final é eleito em 75% pelos agentes desportivos e 25% pelo público, que pode votar até dia 12 de março.

Começando pelo jogador do Sporting Clube de Portugal, João Matos, teve um ano quase perfeito, ao serviço do Sporting, faltando apenas a conquista da UEFA Futsal Cup (que perdeu na final frente ao Inter Movistar de Ricardinho) para ser a cereja em cima do bolo. Foi campeão nacional, ganhou a supertaça e a taça da Liga.

João Matos é uma peça-chave para Nuno Dias e Jorge Braz
Fonte: Sporting CP

O fixo dos leões é uma peça-chave no Sporting de Nuno Dias e na seleção nacional de Jorge Braz, tendo sido recentemente campeão europeu com a nossa seleção. Ao serviço da nossa seleção já conta com 126 internacionalizações, tendo marcado por 18 vezes. Não é um goleador como outros jogadores, mas é um jogador que dá muita consistência a qualquer equipa, que defende como poucos e sempre que pode, também marca os seus golos. Quem não se lembra da recente exibição pela seleção portuguesa, no Europeu, onde “bloqueou” completamente o poderoso pivot “russo” Éder Lima? Uma nomeação mais que justa.

Nílson, jogador do SC Braga, é a grande surpresa entre os três nomeados
Fonte: SC Braga

Nílson Miguel, é sem dúvida, a grande surpresa entre os três nomeados para melhor jogador de futsal português em 2017, mas premeia a excelente época que teve ao serviço do Sporting Clube de Braga, tendo ido com os arsenalistas, à final do campeonato nacional, eliminando o Benfica na meia-final. O fixo arsenalista, marca poucos golos, mas dá muitos a marcar e evita que entrem muitos na baliza da sua equipa. Já é presença assídua na seleção portuguesa, tendo sido ele também recentemente campeão europeu de futsal. Um jogador com apenas 25 anos, que ainda muito dará à nossa seleção nos próximos anos. Já conta com 19 internacionalizações, tendo marcado por uma vez.

Por fim, Ricardinho, que ganhou este prémio o ano passado. Em Espanha, foi campeão nacional e campeão Europeu com o Inter Movistar, que ganhou essa final ao Sporting por 7-0, tendo o internacional português marcado 2 golos. Esta época, mas ainda em 2017, já ganhou também a supertaça espanhola. Um jogador, que muitas vezes é só destacado pela “magia” dentro da quadra, mas que também defende como ninguém, não dando nenhum lance como perdido.

Foi eleito melhor jogador do mundo em 2010, 2014, 2015, 2016 e 2017. Pela nossa seleção já jogou por 158 vezes, tendo marcado 135 golos. Falar sobre Ricardinho é praticamente impossível, porque tudo que se diga sobre este jogador, será sempre pouco para o descrever. Num ano em que foi eleito o melhor do Mundo, como poderá não ganhar o prémio de melhor jogador português?

Para terminar, um MUITO OBRIGADO, a estes três jogadores e a todos os outros que contribuíram para a recente conquista do Europeu de Futsal.

E para vocês, quem merece o prémio?

Foto de Capa: Facebook Oficial de Ricardinho

 

Estrelas da formação: Romário Baró

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Romário Baró é uma das grandes pérolas da formação do FC Porto. O jovem atleta de 18 anos é um médio box-to-box muito talentoso, que no seu primeiro ano de sub-19 (júnior) é já utilizado na equipa B portista.

Chegou ao FC Porto na época 2014/15, vindo do Sporting CP e logo se percebeu todo o seu talento, sendo um indiscutível em todos os escalões de formação. Na sua primeira época no clube realizou 31 jogos e apontou nove golos demonstrando, logo ai, que estávamos na presença de um “predestinado”.

O jovem portista é também um indiscutível nas seleções jovens de Portugal, onde já leva 29 internacionalizações, com 1809 minutos de utilização, tendo apontado três golos. Romário Baró é um médio muito rotativo, que consegue chegar a zonas de finalização com facilidade. Dotado de uma excelente técnica individual, uma boa capacidade física e de uma capacidade de queimar linhas em posse fora do normal é o que chamamos, na gíria do futebol, um nº 8 completo. Enquadrando as suas características num sistema tático, diria que encaixa que nem uma luva no 4-4-2 do Sérgio Conceição.

Romário Baró, uma pérola do Olival
Fonte: FC Porto

A formação do FC Porto é, na minha opinião, a que possuiu atualmente mais talento no futebol português. Além de Romário Baró, nomes como João Costa, Diogo Costa, Diogo Dalot, Jorge Fernandes ou Rui Pedro são apenas alguns exemplos do abundante talento da formação azul e branca. Uma aposta continuada e consistente nos jovens “da casa” tem que ser a linha de estratégia do clube. As boas vendas de André Silva e Rúben Neves são a prova do retorno financeiro que essa aposta pode trazer, além da muita qualidade desportiva que acrescentam.

É sempre difícil prever o futuro de um jovem jogador, mas creio que Romário Baró pode, num espaço de dois anos, ser um titular da equipa principal do FC Porto. Tem muito talento, é evoluído taticamente, muito inteligente em todas as suas movimentações e possui um caráter e uma forma de trabalhar de um verdadeiro profissional.

Foto de Capa: FC Porto

artigo revisto por: Ana Ferreira

O Fim-de-semana Verde e Branco

Mais uma semana, mais um resumo. Período sem qualquer derrota para as hostes Leoninas, onde os destaques maiores são o Goalball, que juntou o tricampeonato ao título Europeu conquistado em meados deste mês, e o Tiro com Arco que se sagrou Campeão Nacional em Arco Recurvo nas três categorias de Seniores. Logo de seguida surge o Voleibol que fechou a primeira fase isolado no primeiro lugar ao vencer os dois encontros do fim-de-semana, o Ténis de Mesa que segue invicto e 100% pontuador no Campeonato Nacional ou o Andebol que segue firme na liderança do Campeonato Nacional, mas muito mais haveria para realçar, por isso o melhor mesmo é ler o resumo da semana de cada Modalidade do Sporting Clube de Portugal:

Andebol | Os Leões somaram vitórias em duas frentes: Taça de Portugal e Campeonato Nacional. Para a Taça, a turma às ordens de Hugo Canela venceu o GC Santo Tirso, formação que milita na II Divisão, por 17-36, prosseguindo assim para os quartos-de-final da prova, onde irá defrontar a AA Avanca. Para o Campeonato, a recepção à AA Águas Santas, revestiu-se de particular dificuldade 32-29, com a turma maiata a dar boa conta de si: ao intervalo os Leões venciam apenas por um golo (16-15), sendo que na segunda parte os forasteiros aproveitaram o maior desacerto verde e branco para passarem para a frente, chegando a deter três golos de vantagem (19-22). O Leão reagiu e aos cinquenta minutos chegou à igualdade (25-25), acabando depois por tomar a dianteira do marcador, chegando a um diferencial de cinco golos (31-26) aos 58 minutos; 32-29 foi o resultado final. Destaque para o guaridão Skok, um dos impulsionadores da turma de Alvalade nos momentos mais complicados da partida. O Sporting CP soma assim 69 pontos, mais quatro que os rivais FC Porto e SL Benfica, sendo que na próxima jornada os Leões deslocam-se a Aveiro para defrontar a Associação Artística de Avanca.

Skok foi um dos elementos em destaque na recepção à AA Águas Santas
Fonte: Sporting Clube de Portugal – Andebol

Basquetebol em Cadeira de Rodas | Os Leões venceram a APD Paredes por 48-33, selando assim o regresso aos triunfos. Os Especiais são o próximo adversário.

Futebol feminino | Goleada (6-0) na recepção ao Boavista FC com golos de Bárbara Marques, Tatiana Pinto, Carole Costa, Fátima Pinto e Carolina Venegas (2). As Leoas seguem na liderança isolada com mais cinco pontos que o rival SC Braga. Na próxima jornada, a turma orientada por Nuno Cristóvão desloca-se ao reduto do União Ferreirense.

Futebol masculino | Semana sofrida, mas positiva, para os comandados de Jorge Jesus. Empate (3-3) na recepção ao Astana que permitiu a passagem aos oitavos-de-final da Liga Europa e triunfo (1-0) frente ao Moreirense, com Gelson Martins a fazer já nos descontos o golo que possibilitou aos Leões não se atrasarem uma vez mais na luta pela liderança. Segue-se jogo grande, com o Sporting CP a deslocar-se ao Dragão para defrontar o FC Porto já esta sexta feira.

Sprint final

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Com cinco pontos de vantagem sobre os mais diretos rivais, as perspetivas de sucesso do FC Porto são bastante otimistas. A esta distância pontual os dragões aliam uma qualidade de jogo infinitamente superior à apresentada por Sporting CP e SL Benfica. Embora com uma ideia de jogo muito mais física do que técnica, os comandados de Sérgio Conceição têm realizado um campeonato exemplar e, por esta altura, parece claro que o vencedor da Primeira Liga estará muito mais dependente do mérito ou demérito dos azuis e brancos daqui para a frente do que de quaisquer méritos que possam vir a ter os seus rivais.

Ainda assim, a presente edição da Liga Portuguesa está longe de ser favas contadas. Todos os candidatos jogarão entre si e restam ainda várias “pedras no sapato” a cada um dos “grandes”. Importa, portanto, perceber o que ainda falta jogar a cada um dos aspirantes ao trono e projetar as dificuldades que cada um poderá ainda sentir. Sendo certo que não há jogos fáceis (muito menos nesta altura da época), existe sempre a tentação, justificada, diga-se, de colocar ou prever graus de dificuldade distintos para cada jogo.

Antes de abordar a qualidade dos oponentes de cada um dos três candidatos ao título importa fazer a distinção entre jogos em casa e fora. Para princípio de conversa há que referir que enquanto que às águias faltam jogar seis jogos na Luz e apenas quatro jogos fora de portas, aos dragões restam cinco jogos em casa e cinco na condição de visitante. Neste capítulo o Sporting CP será quem enfrentará, na teoria, maior adversidade, visto que ainda terá que fazer seis deslocações e só jogará em Alvalade por mais quatro ocasiões. Este dado, por si só, representa uma importante vantagem para o SL Benfica, não estivessem o FC Porto e o Sporting CP a fazer uma prova praticamente imaculada no seu reduto.

A juntar a tudo isto considero que, em traços gerais, o calendário do SL Benfica será o mais acessível e que o do seu rival da Segunda Circular, por seu turno, será o mais complicado. No que toca aos jogos que o FC Porto terá ainda que disputar, parece-me que o grau de dificuldade se encontrará num nível intermédio.

O plantel às ordens de Sérgio Conceição já prepara a importante partida de sexta-feira frente ao Sporting CP
Fonte: Facebook do FC Porto

Vamos então percorrer, um a um, os oponentes do FC Porto até à “bandeira de xadrez”. Os azuis e brancos vão receber, na próxima sexta-feira, o Sporting CP, em mais um “Clássico” do nosso futebol que, em caso de vitória portista, deixará os leões praticamente arredados da luta pelo título. De resto, antes da visita ao Estádio da Luz na 30ª jornada, o FC Porto terá deslocações a Paços de Ferreira e Belém e receberá no seu reduto o Boavista FC (derby da cidade Invicta) e o CD Aves (primeira equipa a roubar pontos so FC Porto no presente campeonato). No sprint final os oponentes do atual líder serão Vitória FC (casa), CS Marítimo (fora), CD Feirense (casa) e Vitória SC (fora) É, portanto, um calendário com um nível de exigência relativamente elevado, com várias deslocações bastante complicadas sendo que, ainda assim, os portistas têm a importante vantagem de ter uma margem de cinco pontos para gerir.

Calendário do SL Benfica: CS Marítimo (casa), CD Aves (casa), Feirense (fora), Vitória SC (casa), Vitória FC (fora), FC Porto (casa), GD Estoril Praia (fora), CD Tondela (casa), Sporting CP (fora) e, por último, Moreirense FC (casa). Um calendário aparentemente acessível que terá como grandes obstáculos os duelos com FC Porto e Sporting CP.

Calendário do Sporting CP: FC Porto (fora), GD Chaves (fora), Rio Ave FC (casa), SC Braga (fora), FC Paços de Ferreira (casa), CF Belenenses (fora), Boavista FC (casa), Portimonense SC (fora), SL Benfica (casa) e, a fechar, CS Marítimo (fora). Um calendário de enorme exigência para os pupilos de Jorge Jesus que, para além dos confrontos com os outros dois “grandes” do nosso futebol, contempla ainda saídas de extrema dificuldade como Chaves, Braga e Portimão.

Importa relembrar, também, que para além da terrível batalha que se avizinha no campeonato há uma 2ª mão da meia-final da Taça de Portugal entre dragões e leões, um jogo para o FC Porto cumprir calendário em Anfield Road frente ao Liverpool FC e que o Sporting CP continua bem vivo na Liga Europa onde jogará os oitavos de final frente aos checos do FC Victoria Plzen.

Em suma, apesar do bom momento que se vive e de toda a (justificada) confiança que se sente no “Reino do Dragão”, é fundamental não embandeirar em arco e perceber que nos espera (digo “nos” porque a família portista está, hoje mais do que nunca, unida em torno da equipa) uma guerra (com 10 batalhas) feroz pelo primeiro lugar e na qual será necessária a ajuda, o trabalho, a dedicação e a competência de todos (dirigentes, treinadores, jogadores e adeptos) para que o FC Porto se possa, finalmente, voltar a sagrar-se campeão nacional.

Foto de Capa: Facebook do FC Porto

artigo revisto por: Ana Ferreria

Jagiellonia Bialystok quer ser grande na Polónia

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Faltam seis jornadas para o fim da fase regular do campeonato e no nordeste da Polónia vive uma equipa que quer, de forma inédita, escrever o seu nome na lista de campeões da liga polaca.

Bialystok, maior cidade do nordeste, bem próximo da fronteira com a Bielorrússia, tem no seu Jagiellonia o líder da Ekstraklasa (Primeira Liga Polaca), título que o clube fundado em 1920 nunca conquistou.

O treinador é Ireneusz Mamrot, de 47 anos, que registou carreira muito modesta como jogador e foi ascendendo também discretamente como treinador, na maioria ao serviço de clubes de patamares secundários da Polónia. Como técnico, apresenta um palmarés composto por uma terceira e quarta divisões ganhas na pátria polaca. As duas conquistas aconteceram em 2013/14 e 2010/11, respetivamente, ao serviço do Chroby Glogów.

O plantel também não tem, de longe, nomes sonantes e é isso mesmo que torna esta história particularmente bela. Neste último fim de semana, o Lechia Gdansk de Mato Milos, Steven Vitória, João Nunes, Romário Baldé e dos gémeos Paixão sentiu bem na pele a determinação que existe no ‘Jaga’ (alcunha do Jagiellonia) para desafiar o destino, pois, no Municipal de Bialystok, os locais aplicaram um inapelável goleada de 4-1!

São agora 11 as temporadas consecutivas do Jagiellonia Bialystok na principal divisão do futebol polaco e o crescimento do clube é também acentuado pelas conquistas da Taça, em 2009/10, e da Supertaça, em 2010, para além do 3º lugar no campeonato, em 2014/15, e o vice-campeonato almejado na temporada transata.

 

Adeptos do ‘Jaga’ querem ver equipa fazer o que ainda não foi feito!
Fonte: Jagiellonia Bialystok

O mais feroz adversário lá no topo tem os mesmos pontos do ‘Jaga’ e é o bicampeão Legia Warszawa que, nos últimos cinco anos, venceu quatro vezes o título. Empatou em casa do Cracovia Kraków no mais recente jogo e perdeu, assim, a liderança. Nos 3º e 4º postos, respetivamente, e também em igualdade pontual, estão Lech Poznan e Górnik Zabrze, a cinco pontos dos dois da frente, espreitando deslizes para lançarem emboscada.

Esta terça-feira há duelo lá dos de cima na capital da Polónia. Em Varsóvia, Legia Warszawa e Jagiellonia Bialystok, com os mesmos 45 pontos e a mesma diferença de golos, têm pela frente duelo de estofo de campeão depois do ‘Jaga’ ter vencido 1-0 a partida da primeira volta. Do lado da casa, reside uma equipa com o escudo de defesa do título de campeão, já do lado forasteiro está um outsider que quer fazer história…

A fase regular termina em abril, depois há o apuramento do campeão. Este é um tema que fica agora entreaberto. Voltaremos a ele, com certeza, dentro de algumas semanas.

Foto de capa: Jagiellonia Bialystok

 

Lobos vencem a Suíça e continuam invictos

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A Seleção Nacional de Rugby venceu, no sábado passado, a Suíça por 31-17. Os Lobos somaram a terceira vitória no Rugby Europe Trophy no Complexo Municipal de Atletismo do Vale da Rosa, em Setúbal. A seleção nacional não entrou bem na partida, e consentiu na primeira parte dois ensaios. O selecionador nacional, Martim Aguiar, foi obrigado, ainda na primeira parte, a fazer três substituições por lesão. Contudo, Portugal foi mais competente na segunda parte deu a volta ao resultado.

Depois de vencer os dois primeiros jogos da competição, frente à Republica Checa (45-12) e à Holanda (36-12), Portugal fez uma exibição menos conseguida contra os suíços. Os Lobos começaram o jogo contra o vento, e sofreram o primeiro ensaio aos 18 minutos numa jogada concluída por Ludovic Perrot.

Depois de fazer três substituições por lesão, os jogadores portugueses perderam o foco e, apesar de José Rodrigues ter convertido uma penalidade, os helvéticos voltaram a marcar, novamente por Ludovic Perrot, colocando o marcador num imprevísivel 3-17.

José Rodrigues foi o grande destaque da partida, arrecadando para a sua conta pessoal um total de 26 pontos
Fonte: FPR

Na segunda parte, a seleção comandada por Martim Aguiar mostrou vontade de reverter os acontecimentos. Com mais coração do que cabeça, os jogadores portugueses não desistiram de lutar pela vitória e deram a volta ao jogo, passando para a frente do marcador (26-17). O grande destaque da partida foi José Rodrigues, com dois ensaios e três penalidades. O abertura continua a mostrar um grande nível exibicional tanto na seleção como no seu clube, a Agronomia.

Com a vitória praticamente garantida, Portugal passou a jogar com mais tranquilidade mostrou no final da partida um bom nível de rugby. Prova disso foi o excelente ensaio de Hugo Valente, mostrando grande recorte técnico.

Os Lobos reforçaram a liderança do Rugby Europe Trophy e têm agora cinco pontos de vantagem sobre a Holanda, segunda classificada. Portugal encontra-se, assim, numa posição bastante favorável para revalidar a vitória na competição.

Foto de Capa: Rugby Photos by Luís Cabelo

Leiria sonha com a Segunda Liga

A equipa da cidade do Lis vai com dez vitórias consecutivas e ainda não sabe o que é perder, em 2018.

O extraordinário rendimento da equipa nesta temporada permite que a mesma se coloque no primeiro lugar da série C do Campeonato de Portugal, tendo o seu principal perseguidor a dez pontos de distância. Em 22 jogos, a UD Leiria perdeu apenas dois, contando ainda com dois empates e 18 vitórias. É, juntamente com o Sporting Clube Farense, o grande candidato a lutar pela promoção à Segunda Liga.

A 15 de Agosto de 2011, a equipa de Leiria recebeu a Académica de Coimbra na primeira jornada da competição máxima do Futebol Português. O jogo decorreu sem problemas e terminou com um resultado de 1-2, favorável aos visitantes. O golo da vitória foi marcado por Éder (sim, o Éder do golo à França no Euro, esse Éder). Este jogo não teria particular destaque se não fosse por, naquela noite, os leirienses – sem estarem preparados para tal – testemunharem o último início da participação da sua equipa na Primeira Liga.

O decorrer da temporada deixou em particular evidência os problemas do clube e os conflitos internos na direção, levando a que a equipa descesse de divisão no final da temporada. Também um escândalo que envolve a administração do clube, em particular o então presidente, João Bartolomeu, não ajudou ao desempenho da equipa, que se mostrou muito pobre dentro de campo. Toda esta questão daria para realizar, em outra ocasião, uma revisão mais pormenorizada do passado da UD Leiria, mas o ponto ao qual quero chegar é: devido a conflitos não-futebolísticos, o Futebol Português viu um clube de grande valor histórico desaparecer do panorama desportivo nacional.

O incalculável prejuízo sofrido pela União de Leiria no início desta década foi tão grave que a única solução foi começar de baixo, ou seja, iniciar um projecto a partir do Futebol não profissional.

Desde esse momento até hoje, há apenas uma coisa na mente de toda a família unionista: colocar a equipa do Lis onde pertence: entre as melhores do país.

Os leirenses festejam um golo no estádio Dr. Magalhães Pessoa
Fonte: UD Leiria

Nos últimos três anos, o sonho da Segunda Liga escapou por pouco. Com a chegada da nova administração, liderada pelo empresário russo Alexander Tolstikov, o clube evoluiu no Futebol, nos aspectos de comunicação e na promoção de novas disciplinas desportivas.

Ao longo destas últimas temporadas, formou-se um grupo forte que combina bem a experiência com o novo sangue. Para complementar a engrenagem, foi adicionada a última peça no verão passado, o treinador Rui Amorim, que tem sido tão essencial como qualquer elemento de campo para conseguir as tão ambicionadas vitórias.

Tendo já uma equipa a trabalhar a cem por cento para atingir o objectivo, esta temporada trouxe outro aliado: os adeptos. Mérito que se pode dar também à administração leiriense. Este ano, o número de espectadores também aumentou e, como consequência (ou não), o Magalhães Pessoa tornou-se, não literalmente, numa fortaleza. As únicas duas derrotas da temporada foram com o estatuto de visitantes, contra o Sport Benfica e Castelo Branco e CS Marítimo B.

Com um registo imbatível em casa, dez vitórias consecutivas na série C, uma Armada Ultra pronta a apoiar jogo a jogo e uma direcção capaz de gerir um clube desta importância, aliando ainda o excelente Futebol que está a demonstrar, a União de Leiria sonha – mais do que nunca – com a promoção para a Segunda Liga.

A forma de alcançar o objetivo não será fácil. Antes de cumprir o sonho, a equipa de Rui Amorim terá ainda que garantir o acesso à fase final e disputá-la.

Até que chegue a hora da verdade, o sonho irá continuar a ser forjado no sopé do castelo de Leiria, com a ideia intacta nos jogadores, se for necessário, de deixar as suas vidas em campo para que o emblema da UD Leiria volte para o lugar de onde nunca deveria ter saído.

Foto de Capa: UD Leiria

artigo revisto por: Ana Ferreira e Ana Rita Cristóvão

Está na hora de perder

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No pós-All Star chega a altura das decisões da NBA. A vantagem caseira ou a simples entrada nos playoffs, nem que seja para conseguir fazer mais uns quatro míseros jogos na temporada, estão em jogo para várias equipas. Mas não são apenas essas que contam. Na cauda da tabela, perder é a palavra de ordem para quem quer assegurar o futuro. E este ano, a NBA tem tido equipas a perder como nunca.

São oito no total (o que seria um recorde da NBA) as equipas que, aparentemente não chegarão às trinta vitórias na temporada 2017/18. Umas porque assim o planificaram no início da temporada, outras porque simplesmente não têm qualidade para mais. Um objetivo as une neste momento: ficar o mais abaixo possível na tabela classificativa para ter a maior chance de conseguir a escolha mais alta no próximo draft da NBA. A isto os americanos chamam de tanking e muitos adeptos têm olhado para o fenómeno com quase tanto entusiasmo como olham para o título. Porque os campeões sempre precisaram de ser maus para se tornarem bons. Os Warriors foram buscar Curry, Thompson e Green no draft. Os Cavaliers escolheram LeBron, apesar deste ter saído e voltado a Cleveland. Os Spurs escolheram Duncan, Parker e Ginobili. Os Heat escolheram Wade. Os Mavericks optaram por Nowitzki. E podia ficar aqui o dia todo…

Há, este ano, mais equipas que já o sabiam e que planearam toda a época a pensar em Doncic, Ayton, Bagley ou Porter Jr.. Os Phoenix Suns, que parecem andar em remodelação todos os anos e que têm em Devin Booker a única peça capaz de mudar a equipa no futuro. Booker que foi, curiosamente, escolhido pelos Suns no draft no ano em que falharam os playoffs por uma unha negra. Os Hawks viram toda a equipa sair em dois anos sem receberem nada em troca (excetuando no caso de Korver) e que necessitam de mudanças extremas. Os Chicago Bulls trocaram a sua maior estrela, Jimmy Butler, por uma escolha no draft (Lauri Markkanen) e duas esperanças para o futuro (Lavine e Dunn). E os Sacramento Kings, que trocaram DeMarcus Cousins há um ano para poderem voltar a renovar o plantel e com aparentes passos na direção certa, depois de vários anos na mediocridade.

Dennis Smith Jr. e De’Aaron Fox, dois dos novatos mais explosivos da NBA
Fonte: Dallas Mavericks

No entanto, há equipas cujo planeamento parece confuso ou que, simplesmente, não sobrestimaram as suas capacidades. Os Dallas Mavericks partiram para a nova época com intenções de lutar pelos playoffs, mas não foram necessários muitos jogos para se perceber que isso não aconteceria. Os Orlando Magic continuam um gigante pedaço de nada, sem rumo aparente e a viverem há demasiados anos à espera de algo que nunca chega. Para que se perceba a dimensão do vazio que têm sido os Magic, a turma de Orlando não é relevante na liga desde a saída de Howard, quando ainda era o melhor poste da NBA. Os Memphis Grizzlies viram boa parte dos seus veteranos procurarem outras paragens, despediram o treinador cedo na temporada e tiveram de terminar a época do base Mike Conley mais cedo do que o esperado. Os Brooklyn Nets são os únicos que não beneficiarão de perder, já que a sua escolha no draft irá para os Cavs, mas que simplesmente não têm qualidade para mais. O negócio com os Celtics continua a assombrar o Barclays Center e os Nets só desejam sair desta situação o mais rapidamente possível.

Para sete destas oito equipas, começa agora o sprint na direção das derrotas, para que, com uma boa escolha no draft e alguma sorte, possam um dia voltar à luta pelo anel que hoje em dia parece tão longe. Apenas os Nets deverão continuar a lutar pela vitória, mas isso continua a ser bem diferente de ganhar.

Foto de Capa: NBA

As grandes figuras dos Jogos Olímpicos de Inverno 2018

Terminadas que estão as XXIII Olimpíadas de Inverno, é tempo de se fazerem rescaldos e olhar para os atletas que marcaram esta edição da prova rainha do Desporto e que garantiram o seu lugar de destaque na história. Houve, como é habitual nestes certames, um pouco de tudo, grandes campeões que confirmaram o seu estatuto, novas promessas que se revelaram ao mundo e veteranos a mostrar que ainda estão aí para as curvas. A maior semelhança é o domínio dos países do Norte da Europa, com a Noruega a voltar a reinar no quadro das medalhas.

De entre os 2922 participantes oriundos de 92 nações, estas são as figuras que ficam para a posterioridade.