Por entre o que há de novo no voleibol português, gosto sempre de, além de opinar, dar a conhecer a realidade da modalidade. No fundo, os meus artigos baseiam-se nisso mesmo, e em que o voleibol, dentro da realidade portuguesa dos fanáticos futebolísticos, não fique esquecido.
E porque não dar a conhecer as novidades no panorama competitivo internacional em que Portugal estará presente, em 2014? Pois bem, de forma resumida, os sorteios para os campeonatos europeus ditam o seguinte:
Seniores Masculinos: integram a Poule B da 2.ª Ronda de Qualificação para o Campeonato da Europa de 2015, com a Finlândia, a Áustria e o vencedor da Poule 1 da 1.ª Ronda, formada por Israel, Luxemburgo, Macedónia e Lituânia – 1.º Torneio da Poule estáagendado para os dias 22 a 25 de Maio de 2014, na Finlândia, e o 2.º Torneio para os dias 29 de Maio a 1 de Junho de 2014, em Portugal;
Seniores Femininos: integram a Poule B da 2.ª Ronda de Qualificação para o Campeonato da Europa de 2015, da qual também fazem parte a Bulgária, o Azerbaijão e a Grécia – 1.º Torneio agendado para os dias 22 a 25 de Maio de 2014, na Bulgária, e o 2.º Torneio para os dias 29 de Maio a 1 de Junho de 2014, no Azerbaijão;
Juniores masculinos: integram a Poule E da 2.ª Ronda de Qualificação para o Campeonato da Europa de 2014 (a realizar em Portugal), formada ainda por Bélgica, França e Suécia – disputada de 24 a 27 de Abril de 2014.
Juniores femininos: integram a Poule C da 2.ª Ronda de Qualificação para o Campeonato da Europa de 2014 (a realizar na Croácia), composta também por Turquia, Croácia e o 1.º Classificado da Poule 1 da 1.ª Ronda: Letónia, Suécia, Noruega e Inglaterra – disputada de 24 a 27 de Abril de 2014.
Portugal Campeão da Liga Europa 2010 Fonte: jcmyro.com.pt/
Guardem já nos marcadores este artigo, e não se esqueçam de que o voleibol é a segunda modalidade mais praticada do país e que em 2010 fomos vencedores da Liga Europeia. O sucesso de uma equipa em qualquer competição faz-se um pouco (e só um pouco, mas o suficiente) pela motivação. Somos nós, os portugueses, que devemos dar essa motivação e mudar o rumo da atualidade desportiva do país.
O projeto que nasceu de uma pequena brincadeira faz hoje 3 anos. Um pequeno programa de rádio inserido numa rádio universitária desenvolveu-se e tornou-se num espaço que conjuga o trabalho de muitas pessoas empreendedoras e talentosas. Hoje, o Bola na Rede celebra o seu terceiro aniversário porque se solidificou. Porque todos os que compõem esta fantástica equipa lutaram. E muito. Porque enfrentaram todas as adversidades que se depararam no nosso caminho. E agora estamos a seguir o rumo que traçámos. Em menos de um mês de site conseguimos superar as nossas próprias expectativas. E agora é prosseguir o que já foi feito e dar o melhor para que o que nos segue continue a ser do vosso agrado.
É um orgulho olhar para este projeto e ver no que se tornou. Ver que resistimos a todos os entraves que se colocaram no caminho e que agora estamos aqui. Todos. Uma equipa fortíssima, desde redatores a revisores, passando pelo departamento de comunicação e de relações públicas. Todos estamos de parabéns. O processo inicial está feito. Agora vem a segunda parte. E nós estamos preparados.
A todos os que sempre acreditaram em nós, só podemos agradecer e esperar que continuem sempre connosco.
Sinceramente não compreendo qual o objectivo do jornalismo desportivo em relação ao Sporting. Tratar-se-á simplesmente de falta de respeito? Será o fanatismo de algumas cabeças, que não consegue manter-se sigiloso? Ou será mais do que isso? Quero acreditar que não, embora às vezes seja difícil. Sempre assumimos que não somos candidatos ao título. Somos candidatos, sim, a ganhar cada jogo que semanalmente disputamos. Resultado: Polémicas zero, o que não é interessante para ninguém neste país.
Sporting é mesmo candidato / Fonte: Jornal Record
No início da época, ao fim de quatro jogos (com três vitórias e um empate frente ao Benfica), os jornais desportivos nacionais noticiavam a presença do leão no lote dos candidatos ao título: “Temos candidato!” (nem vale a pena especificar, porque cada um dos três disse a mesma barbaridade à sua maneira); pois na semana seguinte, após um empate com o Rio Ave, o Sporting afinal já não seria candidato… o grandioso Sporting agora já era equipa de meio da tabela e tinha “descido à terra”. Óptimo. Fico contente porque, sinceramente, não quero que o meu clube seja massacrado diariamente com polémicas nos jornais, como acontece com os outros dois “clubes grandes” (embora sem metade do tamanho do clube que desce à terra semana sim, semana não: a grandeza também se vê nos detalhes). Pois bem, depois do empate com o Rio Ave, o Sporting voltou às vitórias indiscutíveis, e, de repente, como que por feitiço, tornou-se novamente num dos mais fortes candidatos ao título! Afinal, a magia do Sporting vai para além do sentido figurado da palavra. Mas esperem, que isto não fica por aqui: ontem, o Sporting perdeu com um Porto fraco, sem força nas canetas, talvez por carregar um frigorífico cheio de sorte às costas. O Sporting faz uma bela exibição, domina o jogo, tem azar e momentos de desconcentração, mas mostra a força e a capacidade de outros jogos: o Sporting, segundo os jornais desportivos, “cai na real”; o grande candidato ao título agora já está a cinco pontos da melhor equipa portuguesa (a melhor porque ganha sem jogar, e isso não está ao alcance de qualquer um), e já foi igualado pelo maior clube do mundo, que acaba de fazer a primeira boa exibição da época, levado às costas pelo novo Cristiano Ronaldo, ou melhor, o novo Eusébio! Mais uma das muitas brilhantes pérolas saídas da academia mais prestigiada do planeta: a Caixa Futebol Campus do Seixal! Já adivinho a capa de dois dos jornais desportivos para a semana: “Cavaleiro é opção para Bento!”. Mas não me vou dispersar, porque com as desgraças dos outros posso eu bem.
Sporting cai na real / Fonte: Jornal Record
Se as mudanças de intenção do Sporting em relação à Liga fossem apenas referidas pelos jornalistas propriamente ditos, seria ridículo, mas, de certa forma, compreensível. Acontece que tal não acontece. Como se não bastassem as suas próprias sentenças, os senhores jornalistas dos principais jornais desportivos nacionais distorcem as palavras e colocam-nas na boca de atletas e dirigentes leoninos. O objectivo é ridicularizar? Pois tenho a informar-vos que a vossa meta não foi atingida, porque ninguém neste clube jamais tirou os pés da terra. Neste clube trabalha-se arduamente com as armas que se tem, para, semanalmente, cumprir os objectivos e orgulhar os adeptos, o que tem sido 100% cumprido até agora.
Dão-me permissão para fazer mais um pouco de futurologia? Para a semana, Montero volta a marcar, e, como se aproxima cada vez mais a abertura do mercado, vão começar a surgir diariamente nos diários desportivos candidatos à sua contratação; porém, com valores completamente ridículos (não se pode perder uma oportunidade de tentar espezinhar o Sporting). Quanto a William Carvalho, amanhã já está tudo acordado com o Porto, por troca com Carlos Eduardo e Kadú. Daqui a duas semanas, o Sporting já é um sério candidato ao título. No decorrer das semanas seguintes, se empatarmos um jogo, chega o fantasma do Natal, e o título já é uma miragem: caímos novamente na real. Estou curioso para saber, em Maio, o que será concretamente “a real”.
Quanto a mim, acabei de me licenciar em jornalismo, e sempre tive como maior objectivo o de enveredar pelo caminho do jornalismo desportivo. Nos dias de hoje, sinceramente, o motivo mais forte pelo qual esse caminho ainda me atrai é o de tentar fazer parte da mudança, da mudança desta realidade específica dentro do universo da comunicação em Portugal.
Sou o único a achar que ler um diário desportivo, hoje em dia, é equivalente a ler uma revista cor-de-rosa?
Nunca é fácil escrever depois de uma vitória quando o nosso clube está em crise. Podemos inconscientemente achar que há volta a dar, que o importante contra o Olympiacos foi mesmo não perder, que a coisa tem como melhorar sem o Salvio e que o Ola John vai dar jogador. Podemos voltar a acreditar neste treinador derrotado, com aura de derrotado e discurso de… derrotado. Podemos fazer contas de cabeça, imaginar que temos de receber o Porto (quantas vezes lhes ganhámos nos últimos cinco anos, mesmo?) e eternamente dizer que é na próxima jornada que o rival perde pontos. Tudo certo, não fosse o futebol um desporto que se alimenta da paixão e da fé que nos move. Mas há coisas e sinais que, de tão evidentes que são, esmagam qualquer possível esperança do mais louco adepto. E este Benfica não engana ninguém para além de a si próprio e o quase-êxito do passado vai servindo de desculpa para encobrir este deprimente futebol. Havemos de chegar ao nível da época passada, assim como devemos estar quase a ter a hegemonia do futebol nacional. Está tudo quase, até a quarta época consecutiva sem qualquer título. Ah, as Taças da Liga, bandeira do “mandato desportivo”.
Jorge Jesus vai indo, vai aguentando e adiando o inadiável, envolto num discurso digno do seu Estrela da Amadora. Quando o treinador vê empates importantes – quanta demagogia e areia para os olhos – em jogos não decisivos (na Grécia, lá virá o mesmo discurso) contra o adversário directo na Liga dos Campeões, percebemos, conscientes adeptos, que o clube está no fundo. Não deixa de ser irónico constatar que é Cardozo quem tem constantemente salvo o lugar de Jorge Jesus (Estoril, Olympiacos e Nacional) e por aqui facilmente percebemos quem é que deveria ter abandonado o clube. Os sinais eram óbvios e ainda assim Luís Filipe Vieira decidiu arriscar. Mal, mais uma vez. Jorge Jesus é, hoje por hoje, a imagem do próprio clube: sem rumo, sem vida, um zero é goleada. Desde que não seja na Liga dos Campeões: aí estamos permitidos a achar que até um empate é goleada.
Mundo rende-se ao Rei” (gazeta esportiva) “Eres nuestro Dios” (Sport) “Best player of the last decade” (Times India) “The most amazing career in Football history” (Eurosport) “Rey del Fútbol” (Sport) “Magique” (L’equipe)
Durante anos a fio foram estes os títulos dos jornais desportivos de toda a imprensa internacional. O que tinham em comum? Um nome, um protagonista: Ronaldinho Gaúcho.
Número 10 do Barcelona | Fonte: http://www.fcbarcelona.com/
Natural de Porto Alegre, Brasil, Ronaldinho foi muito provavelmente o jogador com a técnica mais apurada a que este planeta assistiu. Zanguem-se os adeptos de Maradona, Messi ou Zidane. Para mim, não é sequer discutível.
A verdade é que Ronaldinho ainda joga, não tanto como antes, obviamente, mas ainda encanta o povo brasileiro, povo esse que é a analogia perfeita do futebol puro, alegre e entusiasmante de Ronaldinho.
Até ao momento, o astro brasileiro pode orgulhar-se de ter um incrível museu de títulos, tanto individuais, como coletivos: Um Campeonato do Mundo (2002); Uma Taça da Confederações (2005); Uma Liga dos Campeões (2005/2006 – Barcelona); Duas Ligas Espanholas (2004/2005 & 2005/2006 – Barcelona); Um Campeonato Italiano (2010/2011 – AC Milan); Melhor Jogador do Mundo pela FIFA (2004-2005) e uma Bola de Ouro (2005). Estes são apenas alguns dos inúmeros títulos e prémios que Ronaldinho Gaúcho conquistou, divididos por clubes como Paris Saint-German, Barcelona, AC Milan e, evidentemente, pela Seleção Nacional do Brasil.
Ronaldinho a serviço da Canarinha | Fonte: http://www.telegraph.co.uk/
No entanto, o futebol é muitas vezes mais do que clubes e títulos; o futebol é um passe de morte, uma finta nunca antes vista, um chapéu perfeito ao guarda-redes. O Ronaldinho “europeu” tinha nos pés a magia pura que encanta milhões de pessoas e que faz deste desporto o mais amado do mundo. Quem nunca passou horas no Youtube a rever os melhores momentos do internacional brasileiro que se acuse.
Nessa imensidão dos Best Off de Ronaldinho, existe um que me preenche a alma e exprime, em poucos segundos, a razão e essência da minha paixão pelo futebol. Falo, obviamente, dos aplausos dos adeptos do Real Madrid ao craque brasileiro. Nada de estranho, não fosse Ronaldinho Gaúcho jogador do…Barcelona. Nesse épico jogo, em pleno Santiago Barnabéu, Ronaldinho fez, na minha modesta opinião, o melhor jogo de toda a sua vida. O Barcelona ganhou por uns indiscutíveis 3-0, mas foi mesmo isso que a memória preservou tão fielmente? Não, claro que não. O que ficou foi a exibição fabulosa, épica, soberba, sublime de Ronaldinho. Os aplausos merengues foram mais do que merecidos.
Infelizmente a tão apelativa rebeldia presente no seu futebol pulava – como diriam os brasileiros – para a sua vida privada e rapidamente se percebeu que Ronaldinho não tinha o profissionalismo necessário para se manter no topo do futebol europeu.
Essa não é, certamente, a forma como eu e muitos outros o recordam. Vejam Messi: “Tive a sorte de viver perto dele” ou Frank Rijkaard: “Ronaldinho é memorável” ou até Michel Platini: Ronaldinho é um talento antilógico”.
Quanto a mim, Ronaldinho é saudade, é lenda, é imortal. No meu onze ideal, Ronaldinho terá para sempre um lugar cativo.
Por acaso até é um tanto ou quanto mentirosa, esta frase; dado que sou fanático do Benfica, é complicado gostar muito de leõezinhos. No entanto, eis que me aparecem uns leõezinhos de que eu até nem desgosto, além dos meus queridos amigos sportinguistas: os Leões de Porto Salvo! O Clube Desportivo Leões de Porto Salvo tem lutado para ganhar um lugar no meu coração (eu sei que eles jogam só para me agradar), e, até agora, estão a conseguir. Pesquisei o nome do clube no Google e descobri que a sede da equipa é numa rua chamada Basílio TELES.
Ora, eu gosto de jogos com muitos golos, de equipas que jogam ao ataque e que dão espectáculo, e chamo-me Pedro TELES. Agora digam-me que estes leõezinhos não existem para me agradar. Moral da história, esta equipa de quem pouco se esperava está a intrometer-se nas contas do campeonato; já empatou com um potencial vencedor (o meu Benfica) e perdeu com os outros leões do campeonato, o Sporting. Mas foi isto, perderam e empataram contra os dois rivais da segunda circular que têm dominado o futsal nacional nos últimos anos; de resto, só têm volumosas vitórias. Em 8 jogos marcaram 54 golos… 54! Nem os outros Leões, que são campeões nacionais, têm tantos golos marcados – eu diria que era impressionante, mas isso sou eu!
Outra equipa que me anda a piscar o olho desde que começou o campeonato, embora eu não vá na sua cantiga, é o Sporting Clube Vila Verde (é impressionante o facto de que os clubes são todos “inspirados” no Sporting Clube de Portugal… ou será que é da famosa canção do Caetano Veloso, que lançou uma onda de “leõezinhos”?).
Ora o Vila Verde tem tido uma brilhante prestação no campeonato, com umas fantásticas 7 derrotas em 7 jogos, com tareias dignas de Inatel. A única diferença era mesmo o número de braços e pernas partidas.
Por um lado apetece-me receber estas tentativas de engate por parte do clube de braços abertos, visto que eles cumprem uma das premissas! Premeiam-me sempre com golos; já vos disse que gostava de jogos com golos, agora, acho mais interessante é quando os marcam, não quando os sofrem.
O que é engraçado é que vocês leram isto tudo e nem se lembraram de que o Benfica perdeu 6-3 e eu não fiz referência, mesmo quando o devia ter feito. Pois bem, deve-se ao meu recente romance com os leõezinhos do campeonato. Já dizia o outro: “Gosto muito de você, leãozinho, para desentristecer leãozinho”.
O campeonato nacional da 1ª divisão de juniores, zona Sul, esteve ao rubro na disputa da liderança na tabela classificativa. Na primeira jornada da segunda volta, o SL Benfica recebeu a União de Leiria enquanto o Sporting CP se deslocava a Oeiras. Estes jogos aconteceram depois de anunciada a primeira convocatória da selecção nacional de futebol sub 18, atletas juniores de 1º ano, que nesta jornada teve 5 titulares da parte do S. L. Benfica (André Ferreira, Ricardo Carvalho, Romário Baldé, Gonçalo Guedes e Hildeberto Pereira) e 2 titulares da parte do Sporting C. P. (Bruno Wilson e João Serrano).
S. L. Benfica 3-3 U. Leiria
No campo nº1 do Caixa futebol campus, no Seixal, o Benfica começou a ganhar com um golo do camisola 11, Gonçalo Guedes, ao minuto 27. Porém, a equipa adversária não tardou muito em dar resposta, com Tito Junior (28′) a finalizar uma boa jogada de transição da U. Leiria. Os encarnados não se conformaram com este resultado e foi numa iniciativa individual de Romário Baldé que se construiu o segundo golo, da autoria de Raphael Guzzo (40′). A vantagem da equipa da casa ao intervalo assentava-lhe bem e reproduzia o resultado verificado na primeira volta.
Foi a equipa da casa que começou a segunda parte de melhor forma, criando diversas oportunidades de golo e estando próxima do 3-1. Porém, foi Carlos Oliveira, jogador da equipa do Oeste, que aos 54 minutos apareceu isolado na área do Benfica e garantiu a igualdade no marcador.
O Benfica, com muito tempo pela frente, partiu novamente à procura de vantagem, a qual materializou ao minuto 62 por intermédio de Diogo Rocha. A partir daqui e até ao final a U. Leiria, sem nada a perder, arriscou tudo, e, correndo por diversas vezes o risco de sofrer o quarto golo, teve o prémio do empate mesmo ao cair do pano. O número 6 da equipa visitante, Frederico Jesus, fez o 3-3 através de um remate de pé esquerdo que parecia ser um cruzamento para a grande área mas que se revelou um livre directo.
Com este resultado, a U. Leiria manteve o sexto lugar e o SL Benfica desceu ao quarto lugar, com 24 pontos. Os encarnados somam três empates numa semana muito complicada (dois em jogos do campeonato e um na UEFA Youth League frente ao Olympiacos).
A. D. Oeiras 1-3 Sporting C. P.
Em Oeiras encontravam-se 1º e 2º classificados da zona Sul do campeonato nacional de juniores da 1ª divisão. Por um lado, o surpreendente Oeiras procurava segurar a liderança conquistada na jornada anterior, aproveitando o empate entre águias e leões. Por outro, o Sporting, forte candidato à vitória final da prova, apresentava-se com forte disposição para reassumir o 1º lugar.
Estavam lançadas as bases de um jogo que veio a revelar uma clara supremacia da equipa leonina (no conjunto dos dois jogos realizados entre estas duas equipas o Sporting somou duas vitórias, num score global de 6-1).
A equipa da casa entrou receosa, com as linhas muito recuadas, procurando jogar no erro adversário. A equipa visitante, por seu lado, querendo assumir o controlo do jogo, instalou-se no meio campo contrário, embora sem criar oportunidades claras de golo. Ao minuto 23, João Serrano, o lateral esquerdo da equipa verde e branca, transformou um livre directo num golo de belo efeito e motivou a sua equipa para uma exibição de qualidade, a qual foi naturalmente materializada por mais dois golos – um na primeira parte, da autoria de Lisandro Semedo (38’), e outro já na etapa complementar, marcado por João Palhinha (70’). Daqui até ao final, viu-se um Sporting a comandar completamente a partida e a desperdiçar várias oportunidades de golo. Perto do apito final, a equipa de Oeiras ainda reduziu para 1-3, na conversão de uma grande penalidade apontada por Gonçalo Maria (85’).
Com estes resultados, o Sporting assume a liderança isolada, trocando de lugar com o seu opositor desta tarde.
O FC Porto e o Sporting disputaram hoje o grande clássico deste fim-de-semana. Os dragões acabaram por vencer por 3-1, com golos de Josué, Danilo e Lucho. William Carvalho fez o tento solitário dos leões. O Bola na Rede apresenta-vos o seu primeiro “Especial Clássico”, em que têm a opinião de um portista (Francisco Manuel Reis) e de um sportinguista (João Almeida Rosa) sobre o encontro.
Futebol Clube do Porto
FC Porto e Sporting protagonizaram hoje um grande jogo de futebol, correspondendo às expectativas que se tinham gerado. Inicialmente, ambas as equipas entraram a pressionar muito alto, com as defesas muito subidas. No primeiro quarto de hora, houve muita luta, pouco espaço e muita bola para a frente. A partir do primeiro golo, as equipas soltaram-se mais e houve mais espaço em ambos os meios-campos. O FC Porto dominou a primeira parte, tendo obtido o dobro dos remates do Sporting e bastante mais posse de bola. Depois do intervalo, os leões vieram cheios de vontade e tiveram algumas ocasiões de perigo. Até que, com o golo de William Carvalho – provavelmente o melhor em campo do lado leonino –, o jogo prometia abrir ainda mais. Isso não aconteceu porque logo a seguir, Josué soltou brilhantemente para Danilo disferir um potente remate e recolocar os azuis e brancos na liderança. A partir daí, o jogo partiu e o FC Porto ainda teve tempo para marcar o terceiro, o melhor golo da partida, por Lucho. O FC Porto foi um justo vencedor. Pese embora o equilíbrio que o Sporting conseguiu impor em alguns momentos, o FC Porto foi sempre mais seguro, mais clarividente e mais incisivo em todas as acções. Conseguiu criar superioridade numérica no meio-campo na maior parte das vezes, defendeu com bastante solidez e falhou muito menos passes, no ataque. Foi mais equipa e, por isso, mereceu os três pontos.
Josué com Jackson Martínez / Fonte: Maisfutebol
Helton: 7 – redimiu-se do mau alívio com os punhos que permitiu a William Carvalho rematar para golo quando fez a defesa da noite, a cabeceamento de Montero. Transmitiu serenidade.
Danilo: 7 – Uma boa exibição, coroada com um grande golo. Defendeu bem e envolveu-se no ataque tanto quanto pode, apesar de o Porto ter atacado mais pelo lado oposto. Confirmou as melhorias que tem tido esta época.
Alex Sandro: 7 – Intransponível na defesa (só me lembro de um duelo individual perdido) e muito forte a atacar. Ao seu nível: muito bom!
Mangala: 7 – Começou a época abaixo do que já havia mostrado, mas parece estar de regresso à boa forma. Um muro. Forte, rápido e concentrado. Mais uma grande prestação do jovem francês.
Otamendi: 6 – Algumas falhas defensivas e uma insistência inexplicável nos lançamentos longos, especialmente na primeira metade, que deram a bola ao adversário mancharam a ‘performance’ do central. Não comprometeu mas podia fazer melhor.
Fernando: 8 – O “Polvo”. É um jogador fabuloso e hoje voltou a prová-lo. É muito difícil ultrapassá-lo. Antecipa-se sempre bem, sabe sempre onde tem de estar e está cada vez melhor com a bola no pé. Que bom era se ficasse…
Herrera: 7 – Jogo inteligente do mexicano, muito aplaudido no regresso ao Dragão. Muito bem no posicionamento defensivo e um autêntico tractor a atacar – ninguém lhe consegue tirar a bola a progressão.
Lucho: 8 – Fez jus ao cognome “El Comandante”. Muitos remates, muitos passes, muita inteligência táctica e emocional, um golo e uma exibição personalizada do capitão portista.
Josué: 8 – Fundamental no jogo de hoje, tal como tinha antevisto, por permitir ao FC Porto criar superioridade numérica no meio-campo. Aguerrido, como sempre, a defender, foi essencialmente preponderante no ataque. Um golo, uma assistência (e que assistência!) e mais uma oportunidade agarrada pelo jovem Dragão.
Varela: 8 – Finalmente, o Varela dos velhos tempos! Definitivamente, talhado para os grandes jogos. Grande jogada no terceiro golo, muita dinâmica, muita força, muita técnica, excelente atitude. Está de volta!
Jackson: 7 – Bom jogo. Teve muito trabalho no meio dos centrais leoninos, mas trabalhou bastante em prol da equipa. Fulcral a fazer de ‘pivot’.
Licá: 7 – Entrou em grande, cheio de determinação. Deu profundidade ao jogo do FC Porto e teve pormenores técnicos deliciosos. Solução mais do que válida.
Defour: 7 – Substituiu Herrera e esteve igual a si próprio, impedindo desequilíbrios defensivos e dando rotação a um meio-campo já ligeiramente desgastado.
Ghilas – Pouco tempo em campo.
Francisco Manuel Reis
Sporting Clube de Portugal
Nos últimos cinco anos, pode-se dizer, o Sporting nunca havia chegado ao Dragão com os índices de confiança tão altos. Durante o jogo provou-se, contudo, que a confiança é uma importante peça no que ao Futebol diz respeito, mas quase que irrelevante se desacompanhada de outras características fulcrais. Então, o que faltou à equipa de Alvalade?
O Sporting perde no terreno do Porto porque perde quase todos os duelos individuais. A equipa orientada por Paulo Fonseca mostrou-se mais tranquila, apesar de teoricamente passar um momento pior do que o do Sporting. Mostrou-se mais decidida e incisiva, mas também mais conhecedora do adversário. Otamendi e Mangala nunca deram a Montero, por exemplo, os espaços que os elementos mais defensivos do Sporting proporcionaram a quem surgia nos seus últimos 30 metros. Adrien esteve sempre muito bem acompanhado pela dupla Fernando/Herrera, e essa foi outra das chaves deste sucesso Portista. A ocupação de espaços e capacidade de pressão fez da equipa da casa mais forte e merecedora da justa vitória alcançada.
William Carvalho celebra o golo do Sporting com a equipa / Fonte: Maisfutebol
Rui Patrício: 6 – Sem culpa em qualquer dos golos sofridos, o titular da Selecção Nacional falhou somente num canto que acabou por dar apenas outro canto, mas poderia ter tido consequências bem piores.
Cédric: 5 – Responsável pela marcação a Varela, deu sempre espaços demais. Quando apertou na marcação ganhou praticamente todos os lances, dando a ideia de que poderia ter perfeitamente anulado o extremo contrário. Ofensivamente arriscou pouco e viu-se muito menos do que o habitual.
Maurício: 4 – Faz a grande penalidade que acaba por desbloquear o jogo num lance mal avaliado pelo defesa central que, até aqui, tinha estado seguro em dupla com Rojo. Não conseguiu lidar com a pujança de Jackson que saiu vitorioso deste duelo individual.
Rojo: 5 – Melhor do que Mauricio, equilibrou as contas no que aos duelos se tratou. Jogou muitas vezes, e bem, em antecipação dando dessa forma volta à alta capacidade de jogar corpo-a-corpo que o ponta de lança colombiano do Porto tem. Perde no ar com Varela no terceiro golo e foi batido por Danilo no lance do segundo golo, mas aí o desequilíbrio já estava causado e não lhe podem ser atribuídas responsabilidades.
Piris: 6 – Continua como o conhecemos: seguro e intenso a defender e limitado ofensivamente por estar a jogar no flanco contrário àquele a que está mais habituado. Viu um amarelo mal mostrado e tentou chegar à frente sempre que possível tendo sido até mais perigoso do que Cedric.
William Carvalho: 8 – O melhor jogador do Sporting e possivelmente do encontro. Mostrou o que faltou aos seus companheiros: tranquilidade, estofo e a qualidade reconhecida. Sempre sereno e de cabeça levantada na hora de decidir. Quase sempre bem posicionado e eficiente no desarme. Fez o golo mas não precisava do mesmo para ser reconhecido como o melhor do Sporting.
Adrien: 5 – Amarrado pela dupla Fernando/Herrera, quase sempre sem espaços e algo nervoso na hora de decisão. Só mostrou a influência que tem tido no lance em que assiste Capel, na 2ª parte, num dos lances mais perigosos do lado leonino. A equipa sentiu em demasia a sua falta.
André Martins: 7 – Foi, enquanto a sua condição física o permitiu, o construtor de jogo do Sporting. Colmatou o afastamento de Adrien do jogo e assumiu, como devia, um papel entre linhas. Ligou bem o meio-campo ao ataque mas faltou-lhe alguma capacidade de remate para criar mais perigo no último terço.
Wilson Eduardo: 4 – Pouco em jogo, o extremo português nunca conseguiu desequilibrar a seu favor os poucos lances de que dispôs. Mostrou, mais uma vez, que na direita torna-se menos perigoso por não poder flectir para o meio. Desinspirado e sem capacidade para apoiar Montero.
Carrillo: 4 – Já havia escrito que o jovem peruano peca pela inconsistência das suas exibições. Hoje foi mais um daqueles dias em que faltou à chamada e em que decidiu quase sempre mal. Lento a largar a bola, incompreensivelmente pouco confiante nos duelos com Danilo. Não usou a maior velocidade e até algum espaço que lhe foi dado. Conseguiu desequilíbrios numa das pouquíssimas vezes em que foi para cima de Alex Sandro, servindo Capel já dentro da área.
Montero: 5 – Foi ofuscado pela falta de bola da sua equipa mas também pelo rigor dos centrais adversários. Tentou vir atrás, e fê-lo bem, mas apareceu menos do que o habitual. Na única grande ocasião, cabeceou bem mas Helton esteve melhor negando o golo com uma defesa fantástica.
Diego Capel: 5 – Entrou para agitar o jogo num momento em que o Sporting perdia. Conseguiu-o a espaços mas esqueceu-se de acompanhar Danilo no momento mais preponderante da partida. Às vezes basta errar num lance para perder um jogo, e este foi um desses casos.
Vitor: 6 – Substituiu André Martins quando Adrien era aquele que menos dava à equipa. Conseguiu segurar a bola quando a teve, distribuiu bem mas não é um jogador que por si só mude um jogo. Mostrou bons apontamentos e parece pronto para uma oportunidade no 11 inicial.
Gerson Magrão – Entrou porque Carrillo tinha de sair e não havia mais nenhum extremo no banco. Fechou o flanco esquerdo mas pouco podia fazer nos poucos minutos em que esteve em campo.
Foi assim que Jorge Jesus, na flash interview, respondeu à pergunta se estava ou não satisfeito com a exibição dos encarnados.
Quem viu os 90 minutos deste Domingo, contra os “Negros” da Madeira, também percebeu – tal como Jesus politicamente tentou não dar a entender – que houve mais “vitória” e mais “golo” do que “jogo” propriamente dito. Mas vamos andando. Um pouco como o tempo: que não chove, nem faz sol. Que chateia, mas até agrada.
A Luz fez dez anos. Nuno Gomes foi relembrado por lá ter marcado o primeiro golo. E, talvez por já termos vivido melhores dias, lembrámo-nos também da derrota contra o Beira-Mar no primeiro jogo oficial a acontecer no nosso reduto. Junte-se a isto a necessidade de ganhar, o clássico a Norte e a estreia a titular, no Campeonato, do Cavaleiro Ivan. Concluindo: noite de emoções fortes.
E foi assim que o Benfica entrou: forte. Com uma atitude completamente diferente daquela com que nos “presenteou” na quarta-feira contra os gregos do Olympiakos. Já a estrutura da equipa foi similar: o típico 4-4-2, com Matic e Enzo ao centro, Gaitán à direita e o supracitado estreante à esquerda. A defesa manteve-se, com o regresso de Maxi e a insistência em Siqueira. No ataque, Rodrigo à ajuda e Cardozo na artilharia. Sem complacências encostou-se o Nacional às cordas e dominou-se com ritmo relativamente elevado até aos primeiros 10 minutos. O problema foi o “autocarro” madeirense. E agora? Soluções? Com calma a coisa faz-se…pela esquerda. Brasileiro e português afinaram a voz e, juntos, deram show – não de cantoria, mas de bola. Tanto que aos 15 minutos Siqueira arma-se em número 10 e em combinação com Cardozo faz o primeiro da tarde. Espectáculo…pela primeira vez nas últimas semanas de jogos do Benfica. Depois disto deu para ir à casa-de-banho sem pressas, porque novo lance de perigo só mesmo aos 35 minutos com um falhanço de Cardozo, que achou boa ideia ajudar ao treino de solo de Gottardi. Vamos para intervalo.
Cardozo no bom e no mau Fonte: soubenfica.pt
Ao voltar manteve-se a estrutura…mesmo no Nacional. Muita concentração – como prometera Manuel Machado -, mas pouca raça e pouco atrevimento por parte dos visitantes. Entra Diego Barcellos para dar alguma força e algum equilíbrio ao meio-campo e a ideia até resultou, porque Enzo Pérez foi lentamente perdendo influência na partida e Matic, em consequência, baixou jogo em termos gerais. As alas, no entanto, mantiveram-se em alta rotação e tanto Gaitán como Ivan Cavaleiro subiram claramente de forma com tentativas constantes, ainda que por vezes frustradas. O segundo golo encarnado surge de uma que, pelo contrário, resultou da melhor forma possível: Gaitán serpenteia da direita para o meio, isola Cardozo e o Paraguaio tem tempo para ligar à família a pagar no destino e ainda rematar pelo meio das pernas do azarado guarda-redes do Nacional – que até mostra qualidade, mas não tem oportunidade de realmente…a mostrar.
Para fechar, uma última reflexão – que não passou ao lado dos jornalistas e comentadores: o Benfica acaba um jogo sem sofrer golos, com bola no pé e sem preocupações de maior. Mas terá sido por mérito de uma equipa que joga em casa e que tem a obrigação de ganhar – independentemente de estar ou não a jogar contra o ex-quarto classificado da Liga -, ou por demérito de um conjunto insular que se deixou quebrar pela maior enchente benfiquista deste ano? Agora é ligar a Norte. Desejos de bom jogo!
Uma surpresa táctica falhada, um árbitro com fobia a grandes penalidades, muitas oportunidades falhadas, uma pitada de classe e a sorte do jogo a sorrir a apenas um dos lados. Assim foi a estória do grande clássico espanhol da noite passada, que viu o Barcelona bater o Real Madrid por duas bolas a uma. Um resultado que acaba por ser justo, dado que o Barcelona foi a equipa que apresentou um futebol mais consistente e objectivo durante os 90 minutos. Do lado madrileno, uma segunda parte muito melhor do que a primeira, mas em que faltou alguém com clarividência para “desengatar” o nulo no marcador…
Uma surpresa táctica falhada
Se a equipa do Barcelona se apresentou em campo naquele que já é o seu sistema habitual, o mesmo não se pode dizer do Real Madrid. Um meio-campo claramente defensivo, com Khedira e Modric no miolo apoiados por Sergio Ramos a trinco, e uma frente de ataque com 3 “cavalos de corrida”, passo a expressão. Ronaldo, Dí Maria e Bale, com o argentino a encostar a um dos lados e com Bale e Ronaldo a alternarem entre a frente de ataque e a ala restante. Ainda que em termos teóricos esta pudesse ser uma táctica inteligente – aposta clara num meio campo que conseguisse recuperar a bola e lançar rápido para o trio ofensivo com velocidade e capacidade técnica em sobra – a verdade é que o futebol está longe de ser matemática. Como tal, o resultado foi uma primeira parte em que o Barcelona esteve mais forte, com os madrilenos a terem francas dificuldades em sair para o ataque. Iniesta, o grande comandante do ataque do Barça, aproveitou um espaço à entrada da área madrilena para servir Neymar, que com um ressalto feliz conseguiu bater Diégo Lopez à passagem do 19º minuto.
Neymar radiante depois de ter marcado o primeiro golo da partida / Fonte: http://static.guim.co.uk/
Um árbitro com fobia a grandes penalidades
Foram 3 as situações de grande penalidade que ficaram por marcar pelo árbitro Undiano Mallenco. Se o resultado ficou em 2 a 1 a favor dos catalães, nesta “categoria” foi o Real que ganhou, com dois penaltis por assinalar contra um do Barcelona. Em cima do final da primeira parte, um cruzamento tenso de Ronaldo pela esquerda resulta num remate à queima-roupa por parte de Khedira, que termina com uma grande defesa de Valdez. Na confusão junto à linha de golo, Adriano toca com o braço na bola e permite ao guarda-redes da casa agarrar a bola perdida. Ainda que algo discutível é difícil de ver e Adriano não tem propriamente intenção de jogar a bola com o braço, a situação era para penálti. Já na segunda parte, Pepe (sempre ele) pisa Fábregas na área merengue e o árbitro manda seguir. Lance novamente duvidoso dado que Fábregas consegue fazer o passe antes de sofrer a carga, mas mais um penalti que fica por assinalar. 71 minutos – situação clara de golo, Ronaldo em posição perigosíssima quando Mascherano dá um encontrão ao jogador português que cai redondo no chão. Será que é desta ? Nem por isso. O árbitro espanhol manda jogar, deixando para trás o capitão madrileno a barafustar. Se as outras situações podem suscitar algumas dúvidas, esta é para grande penalidade claríssima. Não sei se Undiano Mallenco tem alguma espécie de complexo em apontar para a marca de penalti, mas deu a impressão que não o faria nem que os jogadores praticassem boxe no meio da área.
Ronaldo inconsolável depois do árbitro não ter assinalado penalty pela carga de Mascherano / Fonte: Albert Gea/Reuters
Muitas oportunidades falhadas
Depois de uma primeira parte com domínio catalão e poucas oportunidades de golo, a segunda foi quase o contrário. O Real Madrid voltou ao seu sistema mais tradicional, com Benzema a render Bale na frente de ataque, Illarramendi a entrar para o lugar de Sérgio de Ramos e Ronaldo a encostar à ala esquerda. Khedira teve nova oportunidade para empatar aos 59 minutos prefere cruzar em vez de rematar, e 5 minutos depois é Ronaldo que com um tiro fulminante em passada vê Valdez fazer a segunda grande intervenção da noite. Do outro lado, um Barça menos dominante mas nem por isso menos perigoso. O jogo estava mais aberto e fluído, e quase que se conseguia cheirar o golo em Camp Nou.
Uma pitada de classe
Aos 72 minutos, foi a vez de Benzema tentar a sua sorte – tiraço do meio da rua e a barra a roubar aquele que teria sido um dos melhores golos da carreira do ponta-de-lança francês. E como já diz a velha máxima do futebol, quem não marca, sofre. A dez minutos dos 90, Alexis Sanchez, que entretanto entrara para o lugar de Fábregas, faz um chapéu perfeito a Valdés naquele que foi o golo da partida. 2 a 0 para o Barcelona, é a festa total nas bancadas, um golo para ver e rever. Mas o futebol bonito não ficou por aqui. 3 minutos depois Daniel Alves arranca no lado direito do campo, faz um túnel a Ronaldo (Que maldade, Sancidino!) e atira para a defesa de Diégo Lopez. O capitão português seguiu o exemplo e após grande arrancada no lado esquerdo serve Jesé que remata por entre as pernas de Valdez e fixa o resultado final em duas bolas a uma.
Sanchez marca chapéu de antologia
A sorte do jogo… e mais algumas coisas.
O Barcelona foi o justo vencedor da partida, ainda que tenha contado com a sorte do jogo e beneficiado dos erros de arbitragem. Numa noite em que se esperava mais um intenso duelo entre os dois melhores do mundo, Messi e Ronaldo tiveram uma noite muito aquém do esperado, ainda que o extremo português tenha feito uma assistência e participado em mais jogadas de perigo do que o argentino. O tiki-taka continua a fazer sorrir os adeptos catalães, e Ancelloti deve ter aprendido que não é com invenções tácticas que vai conseguir derrotar este Barcelona. Mais do que sorte ou boa arbitragem, ficou a sensação de que aquilo que faltou hoje ao Real Madrid foi alguém que conseguisse dar sentido ao ataque da equipa. Alguém que tirasse um coelho da cartola, alguém com uma maior visão de jogo que conseguisse servir Ronaldo e Dí Maria. Alguém que faça aquilo que Iniesta fez hoje com o Barcelona, um líder criativo do meio campo que ponha todos os outros jogar.