Força da Tática: O Sucessor de Marcelo Bielsa

    Superioridade numérica em todas as fases do jogo

    Uma das características assentes no jogo desta equipa é a capacidade dos jogadores criarem superioridade numérica em determinadas zonas cruciais, para que a jogada prossiga e seja criado perigo.

    Primeiramente em zonas de construção, a linha de três permite criar superioridade em adversários com dois avançados. Por outro lado, cria atração e oportunidade para penetração com passe entre a linha mais ofensiva da equipa adversária, em caso desta pressionar com três avançados.

    Em zonas de criação, a rotatividade existente permite que, por exemplo lateral, extremo, médio ou até avançado estejam próximos e possam causar superioridade no corredor e criar perigo quando surgisse (por exemplo) cruzamento. São dinâmicas pensadas e muito eficazes que permitem à equipa desequilibrar num intervalo de tempo curto e surgir com perigo para o adversário. Para uma troca de bola eficaz é também importante a dinâmica do terceiro homem e a formação de triângulos que Cruyff e Guardiola defendem e que permite as várias combinações entre os jogadores, para de seguida explorar a profundidade (Imagem 5).

    Depois a chegada de zonas de finalização envolve também vários jogadores pela presença de avançados, médios e, por vezes, lateral do lado oposto.

    A capacidade de alterar o sistema faz deste Vélez uma das equipas mais difíceis de analisar e de perceber rotinas que já vi. O 3-3-1-3 pode transformar-se facilmente num 2-1-4-3, por exemplo.

    Os centrais e médio defensivo têm elevada importância na forma como conseguem perceber o timing para agir e executar determinada ação. Pela paciência de esperar o melhor momento, os avançados e médios sobem no terreno, a equipa adversária desce as suas linhas e o Vélez consegue colocar jogadores em espaços perigosos.

    Por exemplo, no vídeo seguinte podemos ver quatro jogadores do Vélez prontos para receber entre-linhas e criar perigo.

    Um dos treinadores mais influentes das últimas décadas é Marcelo Bielsa. Agora, parece ter um “discípulo” com enorme potencial para singrar: Gabriel Heinze.
    Triângulos em zonas de criação, permitem que o jogador tenha várias soluções para passe e facilita desequilíbrio da equipa adversária
    Fonte: SAF

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    Diogo Coelho
    Diogo Coelhohttp://www.bolanarede.pt
    Natural de Rio Maior. Adepto do bom futebol desde que se lembra. Gosta de dedicar o seu tempo à análise de jogo e dos seus intervenientes. Admirador do estilo de jogo de Guardiola e partilha da ideia que no futebol destacam-se aqueles que mostram mais inteligência.                                                                                                                                                 O Diogo escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.