As 20 maiores traições do Futebol Português (Parte II)

    Rui Águas (SL Benfica / FC Porto)

    Saí do Benfica para o Porto porque fui ganhar 11 vezes mais”. É assim que o ex-avançado ainda hoje justifica a sua mudança para a invicta. Filho de uma lenda encarnada, marcou golos que levaram as águias à final da Taça dos Campeões Europeus, onde se tornou um símbolo, mas o estigma de ter jogado no FC Porto ainda o persegue, passados 30 anos.

    Três anos na luz, dois no estádio das Antas, para depois regressar novamente ao clube encarnado onde ficaria mais quatro épocas. Um percurso nada usual, já que não me recordo de um outro caso em que um jogador tenha regressado ao clube depois de o ter trocado por um dos rivais. Pelo menos não em Portugal.

    O jogador acabou por sofrer nos dois lados: se alguns adeptos encarnados ainda hoje o apelidam de “traidor”, na invicta a integração não foi fácil – havia o estigma por ser ex-Benfica. O clube azul e branco tinha um grupo muito fechado, atletas com história, com títulos, pelo que vindo alguém exterior, e ainda por cima do rival, ficou com a vida dificultada. Referiu numa entrevista em 2017 – “há coisas que se sentem mesmo dentro do campo. Havia um ou outro que não gostava especialmente de me passar a bola – nem em treinos! E eram pessoas que eu já conhecia, éramos colegas de seleção. Mas nessa altura, a seleção não era como agora, um bloco, um espírito de união: eram dois clubes rivais que transportavam essa rivalidade para a seleção.

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