4.
Bruno Lage (SL Benfica) – Começando do mesmo modo que iniciei em relação ao seu congénere do FC Porto, digo que um técnico que está no segundo lugar – depois de várias jornadas em primeiro –, tendo feito a primeira volta que fez, tem de figurar neste top. Em certas alturas, o SL Benfica fez partidas muito boas, destruindo os seus adversários. O problema é que, nesta época, também já fez jogos muito maus, e foram esses que ficaram mais na retina.
Atribuo a culpa a Bruno Lage, porque o plantel do SL Benfica é, de longe, o melhor da Primeira Liga Portuguesa, com imensas opções e com muitos jovens a render bastante no Seixal. Parece-me que o seu 4-4-2 preferido está esgotado e que os treinadores da nossa liga – sempre astutos – já perceberam que há falhas graves nas transições defensivas dos encarnados, procurando infligir mais dano nesse momento do jogo.
O que menos gosto nele é a incapacidade de mexer na equipa durante o jogo, fazendo quase sempre más substituições. Junta a isso o facto de passar a ideia, para quem vê os jogos de forma regular, que tem alguns “preferidos”. Parece que, por pior que sejam as suas exibições, nunca saem do onze. Percebia essas opções se o seu plantel fosse fraco, mas, como já referi, não é esse o caso.
Aquilo que mais admiro é a forma como não fala de arbitragens (quer ganhe ou perca) e como comunica, falando de tática, de opções, sem medos – coisa rara em muitos treinadores. Talvez seja por isso que alguns adeptos estavam com vontade de ouvir explicações sobre as “recentes” pobres exibições e sobre o facto de ter perdido sete pontos de vantagem para o seu rival.