Beto já foi jogador e dirigente do Sporting CP. Agora tenta a sorte como treinador. A experiência no 1.º Dezembro já terminou, mas o antigo capitão dos leões tem ambição de crescer no meio desportivo.
BnR: Depois de terminar a carreira de jogador, já foi dirigente no Sporting e é agora treinador. Acha que o seu futuro passa pelo banco ou pelos bastidores?
Beto: Pelo banco, sem dúvida. Quando eu saí do cargo de diretor, sentia que me faltava alguma coisa. é muito giro estar como diretor do Sporting, para mim foi uma experiência gratificante e muito boa, uma aprendizagem muito forte. Mas depois falta o balneário, a adrenalina dos jogos. Não há nada que pague isso. Espero, sem dúvida, que o meu futuro e o meu caminho passe pelo banco.
BnR: Qual é o maior sonho que tem como treinador? Treinar o Sporting, estar pelo estrangeiro?
Beto: É óbvio que todos nós temos ambição na vida. Quem não a tiver, não está cá a fazer nada, seja profissional ou pessoalmente. A realidade é que eu acho que não devemos por grandes metas, devemos viver o dia a dia, pois não sabemos o dia de amanhã. Com tudo o que nós vemos a passar à nossa volta, não devemos estar a colocar metas muito elevadas. Acho que todos devemos ter um objetivo, sem dúvida. Mas eu sou uma pessoa ponderada e tranquila nessas coisas, acima de tudo acho que temos de ir com calma e com os pés bem assentes na terra para chegar o mais longe possível que é o desejo, obviamente, de qualquer treinador de futebol.
BnR: Com esta experiência que teve, como é que qualifica o Campeonato de Portugal, onde esteve a treinar, em comparação, por exemplo, com a Segunda Liga? Ultimamente até tivemos o bom exemplo do Caldas na Taça de Portugal. Existe assim tanta diferença entre a qualidade das equipas nos dois escalões?
Beto: Não creio, sinceramente. Pela qualidade que eu vi, por exemplo, na nossa série, há muito bons executantes, bons jogadores, jovens com muito talento. O Campeonato de Portugal é bastante competitivo. É óbvio que as condições das equipas de Primeira e Segunda Ligas, a nível de condições de trabalho, de infraestruturas e até mesmo de jogadores, são diferentes. Mas na realidade, não existe assim tanta diferença entre Campeonato de Portugal e Segunda Liga. Há diferença, mas não muito significativa, do meu ponto de vista.