As estrelas
Masculino
A corrida dos homens volta a ter como favorito Geoffrey Kamworor (KEN) depois de ter conquistado os dois últimos títulos. No entanto, existem nomes de peso presentes que podem contrariar o favoritismo de Kamworor.
Para começar, o campeão irá ter que enfrentar o atual campeão mundial júnior, o atleta do Uganda, Jacob Kiplimo. A seleção do Uganda, é, aliás, fortíssima, com a presença de Joshua Cheptegei, atleta que foi Prata nos 10.000 metros dos Mundiais de Londres de há 2 anos e que venceu o Ouro nos 5.000 e 10.000 nos Jogos da Commonwealth do ano passado, mostrando ser hoje um atleta totalmente preparado para enfrentar Kamworor no Corta-Mato – ao contrário do que aconteceu há dois anos, onde desapontou na competição em casa. Albert Chemutai é outro jovem do Uganda já habituado a grandes competições.
Mas, claro, que como resposta a Kamworor, a Etiópia traz também um elenco de luxo. Mogos Tuemay venceu o Campeonato Nacional sénior, mas o nome que mais salta à vista é o de Selemon Barega.
Barega é atualmente o atleta que ocupa o lugar nº1 do ranking dos 5.000 metros e no ano passado venceu a final da Diamond League em Bruxelas nessa distância, em 12:43.02, um recorde mundial júnior e uma marca que o colocou como o 4º mais rápido de sempre nessa distância! Não venceu o Crosse nacional, mas é difícil crer que Barega não se apresentará aqui em melhor forma.
Por fim, Kamworor claro que não está sozinho do lado dos quenianos. Paul Tanui é sempre um nome a ter em conta – 3 Bronzes em Mundiais nos 10.000, 1 Prata no Rio e Prata no Mundial de Crosse em 2011 – e Amos Kirui e Richard Yator são nomes já reconhecidos no circuito internacional, mas grande parte das atenções estarão sobre Rhonex Kipruto, que foi o campeão mundial júnior dos 10.000 em pista no ano passado.
Quanto aos restantes países, existe a particularidade dos EUA terem uma equipa de 7 elementos, em que 5 nasceram no Quénia! Facto não muito diferente do que acontece no Bahrein, com alguns nomes conhecidos em prova (Albert Rop, Birhanu Balew…).
Além dos favoritos Quénia, Etiópia e Uganda, outras nações africanas, como a Eritreia podem apresentar atletas bem posicionados e até a surpreender a nível coletivo. Mohammed Mourhit, da Bélgica, foi o último atleta não-africano a vencer a competição (em 2000 e 2001), mas visto que Mourhit nasceu em Marrocos, o último atleta não nascido no continente africano a vencer a prova foi…Carlos Lopes em Lisboa, em 1985! Lopes venceu a competição por 3 vezes, pois já havia vencido em 1984 (New Jersey) e 1976 (Chepstow).